13/09/2018

Em defesa da integridade do Largo do Chafariz de Dentro - apelo à CML, JF, EGEAC e ATL


Exmo. Senhor Presidente da CML, Dr. Fernando Medina
Exmo. Senhor Presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, Dr. Miguel Coelho
Exma. Senhora Presidente da EGEAC, Dra. Joana Gomes Cardoso
Exmo. Senhor Director-Executivo do Turismo de Lisboa, Dr. Vítor Costa


C.c. AML e media

Foi noticiado no princípio do ano (vide https://ocorvo.pt/criacao-de-posto-de-turismo-do-largo-do-chafariz-de-dentro-esta-a-dividir-alfama) que a Junta de Freguesia de Santa Maria Maior estaria a preparar a instalação de um quiosque de turismo no centro do Largo do Chafariz de Dentro, largo histórico cuja denominação tem por base o chafariz homónimo, classificado de Interesse Público.

Como o próprio jornalista constatou, os residentes e os comerciantes são unânimes na necessidade de se melhorar a informação turística aos visitantes (nacionais e estrangeiros) mas a opção “ocupação do centro do Largo Chafariz de Dentro”, não faz sentido nem colhe apoios.

Assim, é com enorme espanto que constatamos que, existindo um equipamento cultural, propriedade da CML e pólo turístico naquele largo - o Museu do Fado -, com bastante espaço livre para o efeito, a Junta de Freguesia pretenda estragar a unidade e beleza daquele Largo único na cidade, destruindo as perspectivas que dele têm quem lá está e quem a ele chega!

Acrescente-se ainda que:

1 - O Museu do Fado só ganharia com uma maior afluência de turistas e visitantes.
2 – O Museu do Fado tem espaço disponível, nomeadamente a área lateral do Museu (fronteira ao Largo) que é usada como bilheteira para alguns eventos, que pode ser posto turístico, sem colidir com a logística do Museu.
3 – O Largo já é diminuto para o tráfego diário de locais e visitantes, pelo que a colocação de um quiosque implicaria a redução dos espaços de esplanada prejudicando os comerciantes locais e a fruição do espaço para além de colocar novos desafios às equipas de emergência (já bastam os carros estacionados nos becos no eixo da Rua Terreiro do trigo – Rua Jardim do Tabaco para os quais a Junta a CML e a EMEL não implementaram ainda as restrições que os residentes reclamam há vários anos).
4 – Os 50.000€ estimados para o quiosque poderão ser utilizados para fins mais importantes como, por exemplo, a sinalização dos percursos de interesse cultural no Bairro (vestígios da Muralha Fernandina, antiga Judiaria, etc.).

É com igual espanto que constatamos a total e evidente falta de articulação entre Junta de Freguesia, Associação de Turismo de Lisboa, EGEAC(nomeadamente com a Direcção do Museu do Fado) e CML, que, a não ser assegurada, inviabiliza assim a que se opte pelo local natural para a existência de um posto de turismo: o Museu do Fado.

Face ao exposto, serve o presente para apelar à CML, à Junta de Freguesia de Santa Maria Maior, à Associação de Turismo de Lisboa e à EGEAC (e ao Museu do Fado) para que se articulem e abram aquele que será o posto de turismo de Alfama, certamente necessário, no local certo, sem ferirem a integridade a um dos largos mais belos de Lisboa, cujo chafariz, aliás, foi recente e extraordinariamente restaurado, para gáudio de todos os que estimam esta cidade, ou seja, a abertura do posto de turismo no Museu do Fado e não no meio do Largo.

Melhores cumprimentos


Paulo Ferrero, Bruno Palma, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Pedro Cassiano Neves, Mariana Carvalho, Miguel Atanásio Carvalho, Rui Pedro Barbosa, Helena Espvall, Virgílio Marques, Luís Mascarenhas Gaivão, João Oliveira Leonardo, Bárbara e Filipe Lopes, Miguel de Sepúlveda Velloso, Eurico de Barros, Jorge Santos Silva, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira, Rui Martins e Odete Pinto

Foto de minube

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Resposta do Director Executivo da ATL:

Exmos Senhores


Acuso a receção da vossa comunicação, que agradeço.

Informo que desconhecemos o assunto nela referido.

Estamos disponíveis para equacionar a instalação de um Posto de Turismo na zona, no local que indicam ou noutro que seja considerado adequado, suportando os respetivos custos.

Nesta hipótese, o Posto de Turismo seria integrado na rede de informação turística de Lisboa, beneficiando das sinergias dessa integração, para além de fornecer informação de interesse local.

A nossa rede integra atualmente 15 unidades: Aeroporto, Palácio Foz, Jardim do Regedor, Belém (Torre), Belém (Jerónimos), Terreiro do Paço (ala nascente), Terreiro do Paço (ala poente), Parque das Nações, Rossio, Pilar 7, Lisboa Shop, Ericeira, Arrábida, Sintra (estação) e Sintra (Vila).

Além destes, a rede de informação turística de Lisboa irá contar com mais cinco unidades, que estamos a instalar:

Alcântara, Campo Pequeno, Estação do Rossio, Estação do Cais do Sodré e Estação de Santa Apolónia.

Com os melhores cumprimentos

Vitor Costa

4 comentários:

  1. Obrigado pela ação!

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  2. Contra a humilhação de Lisboa e dos seus moradores.
    Contra a barbárie e a eliminação da nossa identidade cultural !!

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  3. Este magnífico Largo, ou Praça,
    precisa RESPIRAR

    Que ideia bizarra e obscurantista.

    Utilizem o desaproveitado Museu chamado do Fado!

    O fado dos lisboetas é ser perseguido por esta CML


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