Dr. Fernando Medina
C.C. AML, JF Arroios e VMS
Constatada a existência de um projecto de adaptação do antigo Hospital do Desterro a hotel, divulgado no site do arq. Samuel Torres de Carvalho (https://www.stc-arquitetura.com/project/148-Hotel-in-Desterro), afigura-se-nos como inexequível o projecto anunciado anteriormente pela CML e que dizia respeito à adaptação daquele imóvel a um projecto de índole cultural pela empresa Mainside (https://ocorvo.pt/novo-polo-cultural-no-antigo-hospital-do-desterro-talvez-so-mesmo-no-final-de-2018/)
Acrescentamos que já decorrem medições técnicas nos logradouros dos prédios limítrofes, designadamente naqueles com traseiras confinantes ao Pátio das Indústrias, o que nos faz antever que o novo projecto de hotel implicará a construção de um edifício novo ao longo do Pátio das Indústrias e de estacionamento subterrâneo, e, como tal, a destruição do que resta das antigas e históricas olarias (Olarias do Desterro) que ali existiram, e que a CML deveria ter classificado de interesse municipal oportunamente.
Nada nos move contra a adaptação do Desterro a hotel, desde que tal não implique a destruição da “velha Lisboa” e novas construções como a que agora se prevê ao longo do Beco das Indústrias, que nos parece forte e desnecessariamente intrusiva, apesar de nos parecer ser mais premente e oportuno, tendo em conta até o facto de o edifício ser do Estado, a garantia de uma componente de habitação a custos controlados.
Solicitamos a V. Exa. que confirme publicamente esta situação, ou seja, que confirme se o futuro do Desterro passa agora pela sua adaptação a hotel e pela construção de um novo corpo no Beco das Indústrias, em vez do “pólo cultural” anunciado, se o promotor se mantém e qual o regime de concessão que está agora previsto, uma vez que o Desterro é propriedade do Estado.
Melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Rui Martins, Virgílio Marques, Júlio Amorim, Jorge Pinto, Gonçalo Cornélio da Silva, Helena Espvall, António Araújo, Fernando Silva Grade, Fátima Castanheira, Irene Santos, Miguel de Sepúlveda Velloso
Fotos em anexo: Arquivo Municipal, blogs Lérias e Velharias, e Os Dias em Voam
Mais do mesmo e com os protagonistas do costume...
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ResponderEliminarHá que estarmos atentos ao que se pretende deste magnífico edifício maneirista do séc XVI e XVII, infelizmente não classificado.
São negócios de muitos milhões ...
Tudo isto, e palácios como o Unhão Niza e tantos notáveis monumentos em degradação pela cidade de Lisboa deveriam ser objecto de um PLANO URGENTE DE SALVAGUARDA, que incluísse novas reutilizações para o bem público.
Neste caso do antigo mosteiro e hospital do Desterro, passados estes ANOS, é lamentável a incúria e a incompetência desta CML.
Que palhaçada urbana !!
ResponderEliminarO Desterro foi há uns anos o Hospital esquecido da Colina de Santana.
Será que continua esquecido?
E como vai a grande barraca do ex Hospital de Arroios ??
Que desprezo pela cidade e seus moradores!
Esta gente tem de ser penalizada.
Boa Noite,
ResponderEliminarExiste desenvolvimentos sobre este pedido de esclarecimento?
Grato
Nada. Cumps. PF
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