O PARQUE MAYER
O Parque Mayer, junto à Avenida da Liberdade, ocupa o espaço que fora o dos jardins do Palácio Mayer ( Prémio Valmor de 1902). Este espaço, que inicialmente pertenceu a Adolfo de Lima Mayer, foi vendido em 1921 a Luís Galhardo, personalidade ligada ao meio teatral, que aí criou um local de diversão, espectáculo e representação que veio a tornar-se muito popular e designado por Parque Mayer, inaugurado em de 15 de Junho de 1922 com a entrada em actividade do Teatro Maria Vitória, ainda hoje em funcionamento.
O Parque Mayer, recinto dos teatros de revista, com quatro teatros a actuar ininterruptamente, e dotado de restaurantes, carrosséis, esplanadas, pavilhões, casas de fado, barracas de tiro e outras, e onde também se exibiu cinema, luta livre e boxe, era um local de boémia por excelência, onde tanto ocorria o povo folião, como a elite politica ou os intelectuais de Lisboa.
Sofrendo um processo de degradação durante décadas, actualmente prepara-se para uma nova reabilitação.
O JARDIM BOTÂNICO DA ESCOLA POLITÉCNICA
O Jardim Botânico da Escola Politécnica, com uma área de cerca de 4 hectares, foi criado para o ensino e investigação da botânica na Escola Politécnica. Pertence Ao Museu Nacional de História Natural e da Ciência e tem a sua entrada principal pela Rua da Escola Politécnica.
O local escolhido pelo Conselho da Escola Politécnica, para a instalação do Jardim Botânico, foi o Monte Olivete, com mais de dois séculos de tradição no estudo da Botânica, iniciado com o colégio jesuíta da Cotovia, aqui sediado entre 1609 e 1759. Contudo, o primeiro jardim utilizado pelos alunos da Politécnica para o estudo da botânica foi o Jardim Botânico da Ajuda, cuja tutela passou para a Escola Politécnica em 1839.
Para a instalação do Jardim Botânico, foi elaborado um projecto de regulamento em 1843. No entanto, é só a partir de 1873 que se iniciaram as plantações, por iniciativa do Conde de Ficalho e de Andrade Corvo. Os diferentes microclimas existentes neste jardim devidos à sua localização topográfica, permitiram o desenvolvimento de plantas vindas de todos os continentes.
A 4 de Novembro de 2010 o Jardim Botânico foi classificado como Monumento Nacional, integrando todo o património artístico e edificado que nele se encontra.
O QUE SE PRETENDE
Os terrenos do Parque Mayer são desde Janeiro de 2014 pertença da Câmara Municipal de Lisboa, após a polémica que começou em 1999 quando a Bragaparques comprou à Câmara Municipal de Lisboa os terrenos do Parque Mayer por 13 milhões de Euros. Após várias vicissitudes, a Câmara Municipal de Lisboa, em Janeiro de 2014 comprou à Bragaparques os terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer por mais de 100 milhões de euros.
Pretende-se agora que, para usufruto dos lisboetas e melhoria da qualidade do ar e da biodiversidade da cidade de Lisboa, se proceda à expansão do Jardim Botânico para as traseiras do Parque Mayer, criando aí um jardim temático dedicado à flora autóctone de Portugal.
Tem por base esta pretensão a vocação daquela instituição científica e o interesse para a cidade de Lisboa em possuir no Jardim Botânico, um espaço dedicado à nossa flora específica, tendo em conta ainda o carácter de salvaguarda que a legislação vigente determina para aquele espaço por se encontrar abrangido pela Zona Especial de Protecção do Jardim Botânico, Classificado Monumento Nacional.
João Pinto Soares
Excelente proposta
ResponderEliminarTêm algum comentário a fazer acerca da destruição do Jardim da praça da alegria?Dois lódãos centenários abatidos em poucas semanas.
ResponderEliminarHá alguma coisa mais desenvolvida sobre esta proposta? É que o terreno das "traseiras" não é assim tão grande e está pelo menos a uns cinco metros abaixo da cota do jardim.
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