Dr. Fernando Medina
C.c. AML, Ver MS, JF e media
No seguimento do agendamento para a Reunião Privada da CML do próximo dia 13, da discussão da mais recente versão do projecto intitulado "Terraços do Monte", da autoria do atelier ARX e do promotor Claude Berda ("Vanguard Properties"), no lote vago imediatamente ao lado do "Via Graça" (celebérrimo edifício mas pelas piores razões urbanísticas), na Rua Damasceno Monteiro/Escadinhas do Monte, nºs 11-13;
E considerando que:
1. Estamos perante um terreno que, ao que se sabe, foi objecto de expropriação a privados, nos anos 80, pelo executivo então presidido pelo eng. Krus Abecassis, com fins de utilidade pública;
2. O mesmo terreno terá sido posteriormente cedido à EPUL, a qual anunciou inclusivamente a construção de um silo automóvel no local;
3. O terreno foi objecto de hasta pública, tendo sido adquirido pela firma francesa acima referida;
4. O projecto em apreço envolve também um lote do domínio público;
5. O projecto em apreço representa uma carga excessiva de betão numa colina relativamente frágil (vide o sucedido na mesma rua, por baixo do condomínio "Vila da Graça");
6. Existe uma disparidade entre as projecções virtuais existentes nos sites do atelier e do promotor (ex. fotos em anexo, em que numas aparece o novo empreendimento como sendo 4 prédios e noutras 3, e próprio número de pisos varia consoante os casos);
7. Das projecções virtuais referidas, vê-se claramente o impacto negativo que se passará a ter desde o vale do Martim Moniz mas também desde a Colina de Santana;
8. Das projecções virtuais referidas não se vislumbra qualquer projecção feita a partir do Miradouro de Nossa Senhora do Monte, o que nos parece grave;
9. Observada a vista no local, desde este miradouro, facilmente se imagina que a vista para o Martim Moniz será irremediavelmente afectada;
Somos a solicitar a V. Exa., Senhor Presidente, que indefira o respectivo projecto, e considere a instauração de uma sindicância de facto aos serviços do Urbanismo, para que doravante se eximam de propor superiormente homologações como a presente ou como outras que vão sendo do conhecimento público.
Com os melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel de Sepúlveda Velloso, Fernando Jorge, Jorge Pinto, Maria do Rosário Reiche, Virgílio Marques, Miguel Atanásio Carvalho, Júlio Amorim, Helena Espvall, Pedro Ribeiro, Jorge D. Lopes, André Santos, Inês Beleza Barreiros, Inês Santos, Pedro Machado, Nuno Caiado, Fernando Silva Grade, Bruno Palma, Jorge Lima, José Maria Amador
Mais betão, NÃO!
ResponderEliminarMuito obrigado pela ação, Forum Cidadanoa Lx.
ResponderEliminarQuando o Miradouro de Santa Luzia recebeu os seu bancos, azulejos e pérgola teria também uma vista espetacular sobre Alfama, S Vicente e o Tejo.
ResponderEliminarConstruíram até à sua base e perdeu o seu valor paisagiagico. Agora, para usufruir da paisagem, vai-se para dois terraços no Largo das portas do Sol, que de carismáticos e bonitos têm muito pouco.
Cometer erros faz parte da evolução humana, repeti-los não abona a inteligência dos decisores.
Para calar a boca do povo, ainda havemos de ver argumentar que a enorme area de terraços do topo dos edificios serão contíguas ao atualamiradouro e de uso livre com esplanadas e espaço farto de vista sobre a cidade...
Pena a vertente ser instável. Até se estranha não estar classificada como REN
Seria muito mais interessante seguir o projeto do jardim da Cerca da Graça e fazer neste local uma espécie de "extensão" do primeiro. Com tanta pedra já se torna sufocante. Uns espacinhos verdes no centro não faziam mal...
ResponderEliminar5. O projecto em apreço representa uma carga excessiva de betão numa colina relativamente frágil (vide o sucedido na mesma rua, por baixo do condomínio "Vila da Graça");
ResponderEliminarBetão este que pode e vai consolidar a colina.
6. Existe uma disparidade entre as projecções virtuais existentes nos sites do atelier e do promotor (ex. fotos em anexo, em que numas aparece o novo empreendimento como sendo 4 prédios e noutras 3, e próprio número de pisos varia consoante os casos);
Existe uma coisa que se chama desenvolvimento. O que está no site do atelier é claramente uma versão anterior
7. Das projecções virtuais referidas, vê-se claramente o impacto negativo que se passará a ter desde o vale do Martim Moniz mas também desde a Colina de Santana;
Subjectivo
8. Das projecções virtuais referidas não se vislumbra qualquer projecção feita a partir do Miradouro de Nossa Senhora do Monte, o que nos parece grave;
Há, e estão publicadas até no Público
9. Observada a vista no local, desde este miradouro, facilmente se imagina que a vista para o Martim Moniz será irremediavelmente afectada;
A vista para o Martim Moniz não é afectada.
O tuga prefere ver um lote vazio, cheio de mato, completamente inútil, com a rua estrangulada do que se fazer alguma coisa que inclusivé melhora o espaço público. É uma cidade, porra. Ela cresce, muda, evoluí. Se questionassem a legalidade do projecto, ainda percebia, agora porque acham feio? Tenham juízo.