Director-Geral da Imobiliária Avenue
Eng. Aniceto Viegas
C.C. AML, DGPC, Vereador do Urbanismo
Chegou-nos a informação de que não serão instalados os neóns do letreiro cimeiro da fachada do antigo edifício-sede do Diário de Notícias, e por isso nos dirigimos a V. Exa. para que nos confirme, ou não, esta informação.
A ser verdade, é grave que não sejam instalados, porque os néons em causa fazem parte integrante do projecto original de Porfírio Pardal Monteiro, e tal era uma novidade tecnológica da altura muito usada nas cidades.
Escusado será lembrarmos que se trata de um Imóvel de Interesse Público (Decreto n.º 1/86, DR, I Série, n.º 2, de 3-01-1986), com todos os direitos, deveres e responsabilidades que tal acarreta para todos nós.
O facto de já se ver uma espécie de calha contínua montada na base das letras que compõem aquele célebre letreiro, faz-nos pensar que a mesma seja para iluminar com LEDs as letras no topo da fachada, o que reforça a nossa preocupação.
Como será do conhecimento de V. Exa. a fachada original projectada por Pardal Monteiro incluía também linhas de néons que sublinhavam as linhas de força da composição da fachada (existem fotos de arquivo e desenhos que ilustram isso, basta consultar o Arquivo Municipal de Lisboa). A fachada modernista da antiga sede do DN, iluminada com néons, é um verdadeiro ícone urbano da Avenida da Liberdade, da capital Lisboa. A remoção dos elementos em néon constituiria um empobrecimento injustificado no âmbito de um imóvel com valor patrimonial de interesse público.
Igualmente, perguntamos se o néon do alpendre da porta principal se irá manter (foto2)?
Congratulamo-nos por nas traseiras, no antigo edifício das oficinas, terem voltado a instalar o letreiro em néon do DN por cima da porta. E congratulamo-nos por ter sido reposta a loggia modernista do último piso, que terá sido fechada nos anos 60 e 70, faz toda a diferença!
Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos
Paulo Ferrero, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Bernardo Ferreira de Carvalho, Miguel Atanásio Carvalho, Virgílio Marques, Maria Teresa Goulão, Irina Gomes, António Araújo, Eurico de Barros, Pedro Jordão, Helena Espvall, Maria João Pinto, Sofia de Vasconcelos Casimiro, Maria do Rosário Reiche, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Paulo Lopes, Maria Ramalho
Eu já disse e repito: a melhor solução para o edifício do "Diário de Notícias" é colocar lá a Hemeroteca Municipal!
ResponderEliminarO edifício é particular e muito tem feito o promotor para recuperar o edifício da selvajaria provocada pelo DN durante anos. Se queriam lá a Hemeroteca, pq é que não lutaram para que a CML exercesse o direito de opção quando o DN vendeu o edifício. É mt fácil querer mandar no património dos outros.
ResponderEliminarCaro anónimo
ResponderEliminarSe tivessem colocado lá a Hemeroteca, a mesma ficaria num lugar bastante central da cidade e muito mais acessível ao público.
Mas o que eu realmente queria era que o "Diário de Notícias" nunca tivesse saído de lá!
Cumprimentos
Álvaro Pereira