22/10/2020

Processo de classificação do Estádio Nacional - pedido de esclarecimentos à DGPC

Exmo. Sr. Director-Geral do Património Cultural
Eng. Bernardo Alabaça


CC. MC, SEC, CMO e media

Vimos por este meio solicitar a V. Exa. um ponto de situação sobre o processo de classificação do Estádio Nacional, designadamente sobre eventuais pronunciamentos de terceiros ocorridos durante a fase de audiência de interessados ao Anúncio nº98/2020, DR, 2.ª série, n.º 80, de 23-04-2020, que revogou parcialmente o acto de abertura do procedimento de classificação do “Estádio Nacional: Estádio de Honra, court de ténis central, edifícios anexos e mata, integrados no Centro Desportivo Nacional do Jamor”.

Mais propriamente, no que se refere à Zona Geral de Protecção e à apreciação por V. Exas. dos eventuais pedidos de suspensão da entrada em vigor do estatuto Em Vias de Classificação, que tenham sido submetidos a essa DG, com vista à aprovação de empreendimentos urbanísticos que poriam seriamente em risco a área Em Vias de Classificação, na tentativa, esperemos que vã,de reduzir a classificação do Estádio Nacional a uma patética classificação das suas bancadas.

Aproveitamos o ensejo para vos questionar sobre a integração do edifício do antigo Instituto Nacional de Educação Física, assim como a famosa ruína da zona conhecida como Quinta da Graça, que seria a primeira residência universitária ali instalada, na área Em Vias de Classificação.

Na expectativa, apresentamos os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Rui Pedro Barbosa, Inês Beleza Barreiros, Eurico de Barros, Jorge Pinto, Virgílio Marques, Filipe Teixeira, Rui Pedro Martins, Pedro Henrique Aparício, Fátima Castanheira, Pedro Jordão, Fernando Jorge, António Araújo, Pedro Janarra, Beatriz Empis, Alexandra de Carvalho Antunes, Maria do Rosário Reiche


Foto: IPDJ

1 comentário:

  1. OBRIGADO.
    Esta ajuda é importante, porque os 200 hectares estão expectantes há espera que que os reduzam. A CMOeiras está ávida. A prerrogativa do Estado ter começado por ter posto em hasta pública o parque de estacionamento "peça" integrante de todo o projecto que compunha a edificação do Estádio Nacional começada em 1939 e inaugurado em 1944 em que Francisco Caldeira Cabral e Miguel Jacobetty Rosa entre outros paisagistas e arquitectos se empenharam e da persistência de Duarte Pacheco é um precedente que levou à construção da "ridícula" chamada "Cidade do Futebol", onde só foi possível construir três campos e sem estudos de impactos ambientais numa geografia sensível, evocando um pretexto que convenceu alguns caxienses, de terem eliminado um foco de "marginalidade homossexual". Ridículo e inteligente estratégia futurista de construir Cidade.
    Perdeu o Estádio Nacional e os seus 200 hectares, perdeu Portugal e a Área Metropolitana, mas ganharam os respeitosos "patos bravos do betão".
    Uma nova centralidade surge e assim se constrói Cidade, promovendo a destruturação de territórios adjacentes e hipotecando património valioso paisagístico e de quintas que foram da realeza.
    Bela República desconhecedora dos seus ideais fundadores avança para a destruição de solos únicos e trazendo o caos ao planeamento urbanístico, onde o grande objectivo a médio e a longo prazo será retirar o Estabelecimento Prisional e dar lugar a extraordinários e luxuosos condomínios. Assim se constrói as "favelas dos ricos" e apaga-se a memória de Orlando Ribeiro ou Ribeiro Teles e claro de Francisco Caldeira Cabral.
    Faltará a encosta da pretendida "Cidade Judiciária" que está prometida para não menos imponentes condomínios.
    Não há pressa. Portugal não precisa de medalhas olímpicas, nem desporto escolar e assim o Estádio Nacional prescinde dos seus hectares a favor do turismo, pelo que o Vale do Jamor e o Vale da Boa Viagem pode serem desqualificados, cercando definitivamente Laveiras e Caxias e destruído para sempre o seu enquadramento com o deslumbrante, mas desnecessário para quem dirige, Estuário do Rio Tejo.
    Aguardarão os que ainda são sensíveis a Portugal que o Ministério da Cultura dê vagos e escondidos esclarecimentos.




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