11/07/2007

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«Causas Públicas, Virtudes Privadas

Em comunicado, José Miguel Júdice lamenta que «quem decide dar parte do seu tempo e da sua energia a causas públicas, sem daí tirar qualquer vantagem que não seja a honra e o prazer de contribuir para melhorar a cidade que o acolheu há mais de 30 anos, seja atacado por meras razões eleitoralistas, como se o bom nome, a honra e a consideração devidas a um cidadão desapareçam no momento em que ele decida servir a Res Publica».

(Da imprensa do dia 10 de Julho de 2007.)

Pergunta-se a José Miguel Júdice se ao defender, enquanto advogado do Grupo Amorim, o abate das árvores do Convento dos Inglesinhos bem como a remoção do seu “coberto vegetal”, contrariando o disposto no artº 14º “Logradouros” do Regulamento do Plano de Urbanização do Núcleo Histórico do Bairro Alto e Bica, estava a “dar parte do seu tempo e da sua energia a causas públicas” e a servir da melhor maneira a Res Publica ou os seus interesses profissionais.
Ou acaso acha que a sua intervenção neste caso, da qual resultou um indiscutível atentado ao património e ao ambiente, com a destruição de árvores centenárias e a remoção irreparável de mihares de toneladas de coberto vegetal, num bairro histórico de Lisboa, constituem, para si “ a honra e o prazer de contribuir para melhorar a cidade que o acolheu há mais de 30 anos ?”

O que está a ser posto em causa neste momento é exactamente a sua postura em relação ao que deve ser a cidade que o acolheu, tendo em conta o modo como José Miguel Júdice a tem tratado até à data.
Refira-se que, da sua intervenção, resultou a ocupação da Rua Nova do Loureiro como estaleiro do seu cliente Grupo Amorim- que entretanto vendeu o empreendimento à firma espanhola “Chamartin Imobiliária” - autorizada a utilizá-la a seu bel-prazer pela Câmara Municipal de Lisboa de Santana Lopes e Carmona Rodrigues, com prejuízos incalculáveis para os seus moradores e todos os cidadãos que por ela tenham que circular, a partir da qual está a ser construído um prédio com três pisos abaixo do solo e outros três acima, mediante o rebentamento de parte de um muro cuja concepção e implantação é atribuída a Carlos Mardel, um dos arquitectos de Lisboa ao serviço do Marquês de Pombal depois do terramoto de 1755, construção subsequente ao corte de frondosas árvores e à remoção de coberto vegetal já acima referido e que jamais poderão ser repostos onde antes embelezavam a rua dos jardins suspensos do Bairro Alto que era a nossa.


Habitantes da Rua Nova do Loureiro
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