01/08/2007

Avenida Duque de Ávila


Neste momento, as obras de expansão da linha vermelha do Metro de Lisboa já esventraram a quase totalidade da Avenida Duque d’Avila.
Esta avenida forma um eixo é crucial para o atravessamento circular da cidade, cruzando os principais eixos viários radiais da cidade (Av. António Augusto Aguiar, Av. República, Av Almirante Reis) e está transfigurada há já alguns anos.

Acresce que a sua situação de anterior degradação viária complicava a sua função distribuidora de tráfego:
a) ainda existiam os carris da falecida linha de electrico 24;
b) o estacionamento selvagem dificultava a circulação;
c) a placa central encontrava-se vandalizada por estacionamento;
d) encontrava-se sufocada com excesso de carreiras da Carris.
Este abandono impedia um completo usufruto desta avenida, onde ainda resistem alguns dos belos exemplares de arquitectura do Sec XIX das Avenidas Novas.

No entanto, desde que as obras do Metro começaram que o caos instalou-se e promete durar até 2008 (pelo menos).
Depois de inúmeros árvores arrancadas, edifícios degradadados e ruas esventradas, ainda não se sabe que arranjo será feito à superfície.
Iremos ter uma avenida feita auto-estrada, despida de árvores e estacioamento selvagem, à semelhança de todo o centro financeiro da cidade – moribundo aliás - a caminho de se tornar a um qualquer subúrbio?


5 comentários:

  1. Se Lisboa fosse, de facto, uma cidade europeia, estariam disponíveis em vários pontos da avenida "visuais" para informar os cidadãos do resultado final das obras à superfície. Mas isso são coisas que Londres, Paris, etc. fazem por consideração e respeito pelos seus cidadãos. Aqui impera ainda o estilo dos países de terceiro-mundo, ou seja, a ditadura dos poderosos (Porto de Lisboa, Metropolitano, etc)

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  2. Esta avenida foi bastante bonita nos tempos em que a placa central não era parque de estacionamento...
    Depois disso só tem piorado......tristeza.


    JA

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  3. Há também o "azar" de não estar no caminho dos VIP's que vêm a Lisboa por ocasião da Presidência Portuguesa da UE, senão teria uma obra de fachada como a da Praça do Comércio.

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  4. «Encontrava-se sufocada com excesso de carreiras da Carris.»

    Pois claro. Mas haja esperança: Talvez quando a normalidade voltar à Duque d’Ávila a faixa de “BUS” não seja reposta (tal como não o serão os carris de eléctrico).

    Ai, o transporte público colectivo — esse empecilho à mobilidade dos “cidadãos”!

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