27/09/2007

Protesto por não ter sido permitido usar da palavra em sessão da CML:


Exmo. Sr. Presidente da CML
Exmos. Srs. Vereadores da Câmara Municipal de Lisboa,

Assunto: Campo de Tiro em Monsanto

Por motivos vários não nos foi possível usar da palavra hoje em sessão de câmara, ainda assim gostaríamos de apelar ao vosso bom senso e chamar à atenção para o seguinte, a propósito da proposta dos Senhores Vereadores do PSD sobre o Campo de Tiro em Monsanto.

Este equipamento representa o maior foco de violência e poluição existente no Parque Florestal de Monsanto. Violento porque agride de forma sistemática quem frequenta aquele local, com constante queda de chumbo e restos de pratos em cerâmica que são estilhaçados pelos tiros. São já inúmeros os casos de acidentes ocorridos e as queixas apresentadas. Lembramos que grande parte dos frequentadores daquele local são crianças em idade escolar que ali têm aulas de sensibilização ambiental. Isto é de uma incoerência injustificável. Poluente porque, com o chumbo contamina os solos e origina um ruído insuportável, audível bem longe daquele equipamento.

Existem já estudos que comprovam a contaminação dos solos e, quanto ao ruído e violência que este equipamento provoca, basta ir ao local para o comprovar.

O campo de tiro é incompatível com tudo o que os técnicos ensinam em Monsanto, é incompatível com todos os investimentos feitos, é incompatível com a opinião da esmagadora maioria das pessoas que frequentam o Parque Florestal de Monsanto.

O PFM mudou radicalmente nestes dez anos, embora muita coisa tenha ainda de ser feita e melhorada, é cada vez mais procurado por cidadãos que ai vão à procura de sossego e contacto com a natureza.

A incoerência e o atrito que este equipamento provoca é tão grande que a força da opinião pública se encarregará de o tirar do sítio onde se encontra.


Lisboa, 26 de Setembro de 2007

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