19/12/2007

Bloqueamento de veículos mal estacionados irrita moradores

In Diário de Notícias (19/12/2007)
RODRIGO CABRITA (imagem)

«Margarida Mestre, moradora na Calçada da Tapada, em Lisboa, acordou ontem de manhã com o marido a avisá-la de que "a polícia estava na rua a bloquear os carros". Margarida, que tinha o seu estacionado em cima do passeio, saiu apressadamente de casa. Mas quando chegou à rua, já o seu veículo tinha um bloqueador amarelo numa das rodas. O seu e cerca de outros cinquenta, de acordo com uma testemunha no local.

A Polícia Municipal (PM) de Lisboa não confirmou, porém, que tovessem sido bloqueadas ali ontem de manhã meia centena de viaturas. Mas justificou a operação alegando que vários moradores se tinham queixado às entidades camarárias de que os automóveis estacionados em cima dos passeios "impediam a circulação dos peões" aquando da primeira reunião pública descentralizada da autarquia, ocorrida no dia 5.

Ontem, foi a vez de outros residentes na zona se queixarem ao DN: "Isto não pode ficar assim. Nós, os moradores, temos que nos juntar para reclamar. Toda a gente que aqui vive estaciona em cima dos passeios, não há espaço suficiente para tantos carros", protesta uma habitante da zona, que preferiu não se identificar, enquanto pagava a coima de 60 euros por estacionamento indevido aos agentes da PM.

Margarida Mestre também pagou os 60 euros. "Faz diferença ao orçamento familiar, » ainda mais nesta altura do Natal", desabafa.»

Irrita e ainda vai irritar muito mais. Força! Multem-nos e reboquem-nos a todos!

30 comentários:

  1. "Toda a gente que aqui vive estaciona em cima dos passeios, não há espaço suficiente para tantos carros"

    Pois é...... não há espaço suficiente para tantos carros. Talvez o Pai Natal traga uma cidade nova......?

    JA

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  2. comportamento tuga caracteristico : eu decidi ter um carro, escolha pessoal, por isso a sociedade tem de se adaptar e fornecer-me, de graça ou a baixo custo, tudo o que é preciso para satisfazer o minha escolha : auto-estradas gratis e sem engarrafamentos desde a porta da minha casa até qualquer sitio onde eu queira ir, gasolina barata, estacionamento mesmo à porta de casa e do trabalho para eu não ter de caminhar mais que 1 metro e 50...

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  3. Caro Paulo Ferrero, diga-me a sua mui iluminada mente, onde aconselha estacionar o carro, quando não existem lugares disponíveis.

    Sabia que é uma das competências da câmara criar estacionamento para os moradores? Aguardo a manifestação da sua muito grande sabedoria.

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  4. Em boa cidadania e para tudo, a competência não cabe só aos outros.

    Se assim fosse, seríamos todos uns INcompetentes, sendo certo que alguns sê-lo-ão sempre, não tenho uma migalha de dúvida.

    Mário Miguel

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  5. ...quando não existem lugares disponíveis, aconselha-se a estacionar o carro num stand, vendê-lo rapidamente, comprar o passe social, utilizar o restante em táxis sempre que necessário, e deixar de lixar a vida a quem quer ou tem de andar a pé (não tão poucos quanto isso)

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  6. Nas grandes cidades europeias (exemplo : Paris) apenas metade dos agregados familiares têm automovel. Porquê? Porque não faz sentido em grandes metropoles com redes eficientes de transportes publicos ter um automovel.
    Jà estou a ouvi-los : Lisboa tem uma rede de transportes publicos debil. Erro tremendo se formos relamente a ver o estado dos transportes publicos noutras grandes urbes europeias. So que em paises mais civilizados que Portugal: nao se criam tuneis rodoviarios no coração das cidades ou, quando estes foram criados nas décadas de 60-70, agora tapam-se ; nao se criam lugares de estacionamento à toa, pois sabe-se que quanto mais estacionamento mais incentivo para usar o automovel E castiga-se quem estacionar no passeio, a priori com pilartes, a posteriori com multas bem pesada e rebocamentos.

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  7. Não vale a pena explicar porque o sr. Filipe Melo Sousa nunca vai perceber que há mundo para além do seu umbigo...

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  8. Caros Leitores,

    Quando não há lugares a malta deve estacionar onde calha, de preferência atrapalhando o trânsito, os peões, colocando entraves à entrada de pessoas nas portas dos seus prédios, impedindo o socorro eficiente de ambulânicas, colocando obstáculos a quem circula de cadeira de rodas, etc, etc.

    É esta a visão mui iluminada de um menino mal-educado ignorante, pedante e pateta que dá pelo nome de pipinho.

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  9. O espaço público assim se chama por alguma razão. E deve entender-se por público o livre acesso a peões.
    Os passeios são para os peões, para cadeiras de rodas, para carrinhos de bebés e não para carros.
    Se não existe lugar para estacionar, acho bem que a CML tente arranjar soluções alternativas, mas tendo em conta o excesso de veículos na cidade, a CML tem é que promover a utilização dos transportes públicos e reivindicar juntos das entidades competentes (Carris, Metro) uma melhor rede.
    Queremos avançar para a frente e não para trás...
    Quem acha que um veículo é prioritário em relação ao peão, não vale a pena explicar o contrário.

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  10. É por demais notório o alheamento de certos comentadores perante a necessidade de alguém se deslocar. Existe um país real de pessoas que não têm tachos públicos a dois passos de casa, e com estacionamento privativo. Para muitas pessoas, a alternativa de ida para o emprego seria de comprar não um, mas 2, 3 ou 4 passes sociais, e sujeitar-se a um tempo de espera de 4 horas, mais outras tantas ao regresso, com os normais tempos de espera entre ligações, esperando claro que nenhum dos 3 ou 4 esteja em greve nesse determinado dia.

    Também para quem não se apercebe do país real, recomendo-os a visitar os estaleiros de obras da câmara, nos quais se deposita o entulho ao longo de largos lugares de estacionamento onde no passado (na altura em que compraram a casa) os moradores poderiam estacionar. Obras essas, já agora embargadas por falta de dinheiro que se considera mais bem empregue a pagar os assessores do Zé.

    Já não basta para a horda de burocratas estatais viver à conta, ainda se queixam da circulação daqueles que os sustentam.

    Ocupam demasiado espaço.

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  11. claramente o sr pipinho nunca andou de transporte publico pois se já tivesse andado saberia que existem passes multimodais e saberia que ninguém está 4 horas à espera para ir para lado nenhum e se os transportes públicos demoram tempo é porque as estradas estão entupidas com transportes individuais tanto em circulação como estacionados em 2ª fila!

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  12. Caro anonimo, desafio-o a dar uma proposta de deslocação a alguém que comprou uma casa na baixa (zona da casa dos bicos) em 1997, a espera da abertura do metro no ano seguinte, e que neste momento trabalha na Moita.

    Pode jogar com as assinaturas, passes combinados que diz existir etc. Diga-me qual o tempo do trajecto e o custo mensal :) boa sorte

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  13. Não vale mesmo a pena tentar explicar nada ao sr. Filipe Melo Sousa. Adora provocar sem nada dizer e desconhece a palavra (e o seu significado) CIDADANIA. Anda por aqui por engano...

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  14. ò Pipinho, apanhas o barco, a camioneta e estás na Moita...não é tão complicado assim?

    e pedes ajuda porque não sabes fazer contas, é?

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  15. Começa-se a perceber de facto quem é que nunca andou de transportes.

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  16. ó Pipinho tu não acertas uma rapazote....

    uma tirada tua, talvez autobiográfica:
    "Começa-se a perceber de facto quem é que nunca andou de transportes." - Ó Pipinho, o menino apanha o barco para o Barreiro. No Barreiro tem a carreira 327 para a Moita!

    Percebeu, ou quer desenho ?

    podes ir ao site e vês os horários, o passe, etc

    Agora podes abandonar o bridge e juntar-te à working class
    http://www.tsuldotejo.pt

    ps - esta é que é de rebolar de rir, o Pipinho coitado no meio dos transportes de Sul e Tejo

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  17. casa - terreiro do paço 10 min
    Espera pelo barco 15 min
    travessia 25 min
    espera pelo 327 30 min
    Barreiro-Moita 30 min
    Moita - middle of nowhere (a pé) 60 min

    TOTAL: 2 horas e 50 minutos

    A carreira 317 tem três autocarros por dia. Excelente. Mas de qualquer forma obrigado pela proposta de andar 6 horas por dia em transportes. Muito obrigado.

    A carreira que tem último transporte à hora de saída de um funcionário público poder-lhe-ia ser muito útil a si. Ou se calhar o seu tacho é tão bom que basta enviar a factura pelo correio. Deve ser assessor do zé.

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  18. Ó pipinho,

    e o menino ainda não percebeu que a oferta de transporte é o caminho mais racional e inteligente?

    já agora:
    - essas contas são contas de merceeiro
    - deves ter um complexo qualquer com o Zé....
    - Esse de tentares advinhar perfis (mais uma coisa em que nunca acertas) é truque pateta e fuga para a habitual falta de argumentos da tua parte
    - porque estás triste com o teu trabalho, pode justifcar-se o estacionamento em cima do passeio?
    - a carreira 315 também serve a Moita
    - idem a 318
    - idem a 326

    Aproveita e refaz os teus cálculos, porque não demorarias 2 horas e 50 minutos no teu trajecto

    e continuas a levar baile, e a provar-se que o menino não anda de transportes públicos

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  19. Caro sr. Melo Sousa,

    no meu caso, que não tenho nem tacho nem sou assessor do Primeiro-Ministro, vou para trabalho e para qq outro lugar de transportes. E sabe o que vejo? Muitos Idosos, imigrantes, alguns turistas e outros, muitos outros como eu que trabalham sem tachos.

    Quando vivia longe, num concelho diferente ao do trabalho, sabe o que fazia? Acordava ás 6horas, saía ás 7h e via, pela janela do comboio, as filas intermináveis de carros e na maior parte das vezes, com uma única pessoa lá dentro.

    Está engando quanto ao "alheamento de certos comentadores perante a necessidade de alguém se deslocar".

    Penso que as suas observações revelam o total alheamento em relação ao exercício da cidadania.

    Não basta colocar posts nos blogs...

    António Cardoso

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  20. Basta fazer as contas - ao preço que esta a gasolina e o gasoleo - para se perceber quem é o sr. melo e que, definitivamente, não anda de transportes públicos!

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  21. Acresce ainda, tinha-me esquecido, duas horas de trajecto a pé até a um restaurante a beira-mar em Alcochete. À hora de almoço também tenho necessidades de deslocação. A insatisfação não é com o emprego, é apenas com o meio de transporte alternativo que me propõem.

    Refazendo assim as contas: 8h por dia em transportes públicos.

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  22. "duas horas de trajecto a pé até a um restaurante a beira-mar em Alcochete. À hora de almoço também tenho necessidades de deslocação." ?! só pode estar a gozar, é claro...

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  23. Estou a falar muito a sério. Pois quando se trata de fazer valer os seus grandessíssimos direitos, não se prescinde de uma bica. E o trajecto até ao restaurante demora de facto duas horas a pé.

    Quando se intervém num forum civil, em vez de mandar postas de pescada feito artista, há de pensar no que as suas ideias malucas implicariam no dia a dia dos lisboetas.

    Já agora, gostaria de ver aqui o Paulo Ferrero a defender com o mesmo ímpeto o "reboque" de todos os que ocupam apartamentos sem pagar rendas (não chamo a 2.5 € uma renda). E a deliciar-se com o despejo dos velhotes e famílias irritados. Despejem-nos a todos! Força que é gatuno!

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  24. O QUÊ?! AGORA COMPARA "VEÍCULOS MAL ESTACIONADOS" COM "todos os que ocupam apartamentos sem pagar rendas (não chamo a 2.5 € uma renda). E a deliciar-se com o despejo dos velhotes e famílias"?!...

    O sr. Melo é de facto um guionista de humor em potência!

    FELIZ NATAL A TODOS!

    José Costa
    Lisboa

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  25. De facto a comparação é um pouco injusta. Os automobilistas sempre pagam IA, I. Selo, ISP, Multas, Parquimetros, e IVA sobre todos os anteriores. Entendo que tenham pago largamente o espaço que utilizam.

    Já os oKupas...

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  26. já a palermice não paga nenhum imposto

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  27. Meu Deus, tanta discussão...

    Primeiro o peão, o resto corre-se a bloqueador.
    Simples.


    Cumprimentos.

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  28. IRRITADOS!? e quando eu e a minha familia somos IMPEDIDOS de sair da nossa casa por causa de carros estacionados em cima dos passeios?!! sinceramente! egoistas!

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  29. Rua da Alfandega-Moita?
    R Alfandega-Sul e Sueste, a pé, o sr pipinho demora 6 minutos, contando já com o sinal da passadeira fechado. À hora de ponta entre Lisboa e o Barreiro há barcos de 5 a 5 ou de 10 a 10 minutos, numa travessia que demora (não 25 mins como o sr pipinho diz) mas demora, pela tabela, 20 minutos. Mas os barcos raramente levam 20 minutos, fazem a travessia em cerca de 14 a 15 e depois as manobras dão uns 17 a 18 minutos. No Barreiro há comboio para a Moita sr Pipinho, de 30 em 30 mins na hora de ponta e 60 a 60 fora dela, contando ainda com reforços à hora de ponta. A viagem não demorará mais de 20 minutos, é uma questão do pipinho ir ao site da CP Lisboa.
    Passe? CP/Soflusa!

    Boa viagem e deixe-se de tanta palhaçada.

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  30. Caro anónimo, temos de facto uma abissal discordância técnica. Mas eu atribuo o diferencial a uma grande desonestidade intelectual da sua parte.

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