07/01/2008

O Senso e a Cidade l Os sorrisos livres


aqui na página 7 ou

Porque é a primeira vez que escrevo esta coluna em 2008 gostaria de o fazer não apenas sobre, mas também para o maior património de Lisboa: os viajantes que todos os dias inundam as ruas da cidade. Aplicável a todos os outros centros urbanos de Portugal, o poder do ser humano como factor indispensável à energia de uma Lisboa mais feliz é suficientemente valioso para lhe dedicar estas linhas.

Muitas são as promessas no novo ano, muitas são as expectativas que vamos desejando conquistar. Muitas são as pedras que nos engrandecem e muitos são os desafios que nos vão construindo. Determinados na tarefa de alcançar os objectivos a que nos propomos e a atitude com que o faremos será sempre o grande factor diferenciador. A palavra “difícil” poderá aparecer pelas esquinas inesperadas, mas esse ingrediente dará às vitórias uma outra luz mais transbordante.

Num país abraçado pelo Fado, e onde se vive o constante sentimento de faltar sempre alguma coisa observo muitas vezes os sorrisos tristes, transportadores das palavras “impossível” ou “complicado”. Seremos sempre seres humanos mais inteiros se mantivermos a capacidade de sonhar e seremos habitantes mais felizes quando nos entregamos com auto-estima e confiança ao papel a que nos propomos desempenhar na sociedade.

Num novo ano que agora começa atrevo-me a registar que qualquer capital europeia é sempre mais luminosa quando consegue transportar o movimento diferencial de quem simplesmente acredita.

É que o poder de uma cidade estará sempre nos sorrisos livres.
As cidades portuguesas merecem. E a nossa identidade também.

coluna de opinião publicada a 7 de Janeiro no Meia Hora

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