09/07/2008

Prioridade aos peões? II

Praça do Saldanha, centro nevrálgico de uma zona com enorme movimento pedonal. A travessia na fotografia liga os dois lados da praça, do CC Monumental ao CC Atrium Saldanha. São várias dezenas de pessoas que a atravessam em cada sinal verde.
A senhora na foto apenas quer ir daqui ali, passar para o outro lado, mas está a cometer uma ilegalidade (infelizmente poucos a cometem). O que o desenho urbano "manda" é esperar 3 vezes por semáforos e fazer 3 travessias:
Tudo em nome do Sagrado Fluxo Automóvel. Note-se que ainda há poucos anos era permitido fazer a travessia na primeira fotografia. E este é apenas um exemplo do que acontece na grande maioria dos grandes cruzamentos da cidade.

23 comentários:

  1. Miguel
    Foi a pensar nesse problema que a ACA-M lançou um livro ´(que eu saiba o único estudo existente em Portugal) sobre os fluxos pedonais:

    "UMA PRAÇA ADIADA- ESTUDO DE FLUXOS PEDONAIS NA PRAÇA DO DUQUE DE SALDANHA.
    http://ocarmoeatrindade.blogspot.com/2007/01/livro.html

    Brevemente sairá outro estudo sobre local, mas do mesmo darei notícia quando for publicado.
    ISABEL
    http://www.ocarmoeatrindade.blogspot.com/

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  2. Cara Isabel
    Esse livro é de fácil aquisição? Não sabe qual o editor?

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  3. CAro Arquitecto,
    Já dei o meu exemplar e vou ter que comprar um para mim.
    Espero que seja fácil comprá-lo
    Com os meus cumprimentos
    ISABEL
    Autoria: Hélène Fretigné
    Coordenação: Manuel João Ramos
    Introdução: Manuel Delgado (Universitat de Barcelona)
    Público: urbanistas, cientistas sociais, olisipógrafos, técnicos de segurança rodoviária e todos os interessados no estudo das relações peões-automobilistas
    Distribuição: Assírio & Alvim Editores (www.assirio.com)
    Preço de capa: 14 euros
    Número de páginas: 125
    Número de fotos: 25
    Vários mapas, plantas e quadros
    ISBN: 972-37-1090-0

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  4. Isabel,
    eu conheço o livro.. só lhe dei uma vista de olhos infelizmente.

    Ele está disponível online na página do Manuel João Ramos.. espero que não esteja a fazer algo que não devia ao divulgá-lo.

    http://iscte.pt/~mjsr/html/publicacoes_risco.htm

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  5. Claro.
    Não faz mal nenhum :)
    ISabel

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  6. Obrigado Isabel e Miguel
    Cumprimentos aos dois

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  7. Não há qualquer problema. A ACA-M não pretende ganhar dinheiro com o livro, e a autora também não se opõe à divulgação da versão PDF.
    MJR

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  8. Só neste fim-de-mundo se publica um livro e se fazem "estudos" (e se prometem mais publicações...)sobre um nó de trânsito de peôes!
    É do mais surrealista que aqui tenho visto,neste país e neste blogg!
    A ACA-M tem tido intervenções importantes ao nível do Des-Ordenamento do Território(Des-OT) e do caos do tráfego,em geral.
    É aí,no Des-OT ,que a ACAM deve continuar a batalhar,não se deixando envolver no insolúvel caos urbano de Lisboa...
    (Claro que apoio a denúncia desta incrivel situação!Mas daí a publicar livros e estudos,sobre uma rotunda urbana,vai um fim-de-mundo...).Manuel João Ramos...

    9-7-08 Lobo Villa

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  9. Hehe.....bem-vindo ao Norte da Europa, onde poderá encontrar muitos estudos deste tipo.

    JA

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  10. E não é apenas no norte da Europa. A ACA-M colabora com a universidade de Barcelona num projecto de estudo de fluxos pedonais em Portugal e Espanha, pago pelo Minstério de Educação e Ciéncia espanhol. O trabalho publicado é aliás parte dos resultados desse projecto.
    Estamos também integrados numa Acção COST da Fundação Europeia de Ciência, que estuda a nível pan-europeu as necessidades qualitativas dos peões (ver http://www.walkeurope.org/).

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  11. Claro que um estudo sobre detrminada zona ou local específico, pode ser transformado num bom livro técnico; então até sobre recuperações de determinados edifícios, se publicam livros...

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  12. isto não se faz.. coitadas das criancinhas que até choram quando têm de atravessar a praça? e já pensaram nos idosos? por isso é que o velhinho do adeus nunca atravessa, e fica ali a acenar para as pessoas.

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  13. Fale à vontade, do alto de toda a sua saúde.

    Um dia você chega lá.

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  14. é incrível como as pessoas de esquerda desejam tudo de pior aos outos para poder nivelar a sociedade por baixo

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  15. Pessoas de esquerda?
    Filipe, não o julgava assim tão tacanho.

    Lembrá-lo que um dia também será um idoso não é desejar-lhe mal, se vir bem até é esperar que viva muitos e bons anos... e que nessa altura, que já não terá tanta agilidade, ainda consiga fazer a sua vida em Lisboa sem qualquer problema.

    A isto chama-se cidadania, não puxe para aqui "esquerdas" nem "direitas" porque só torna ainda mais ridiculo o seu ponto de vista.

    Cumprimentos

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  16. é por demais óbvio o conceito colectivista de "cidadania" que aqui é defendido. essa lógica de bem comum e de viver para os outros sempre me fez espécie. quanto tempo será preciso para que o homem deixe de carregar as misérias dos outros às costas?

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  17. E a anarquia não faz especie a ninguém...

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  18. lamento, a passagem dos peões e carros está regulamentada. não vai é de acordo com as conveniências do meu amigo

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  19. Sim, regulamentada e bem... (ler em tom irónico)

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  20. a regulamentação que voce propõe ia entupir a circulação e colocar milhares de pessoas a espera no transito. não sei se sabe, mas milagres não existem. mais vale deixar as coisas como estão do que embarcar nas fantasias romanticas de gente desocupada

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  21. Atenção que eu não propus rigorosamente nada, disse-lhe apenas que excluir os idosos de um processo do qual fazem parte - como viver em Lisboa - não é o mais correcto a fezer.

    Têm tantos direitos como você e eu, mas muito mais dificuldades.

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  22. não estão excluídos da vida na cidade. apenas não acho sensato que um caso individual faça parar o transito. mas nestas coisas há falta de sensatez. por isso é que a gestão municipal costuma ser péssima. tende-se a olhar para a ervilha

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  23. O que eles dizem:
    "In its initial conclusions, the groups says, "...we found that much good research is being done, but the emphasis is mainly on optimising existing technologies, and the motivation for the research often seems to be to create a technological solution without fully analysing the needs that exist. We believe that the citizens should be consulted at all stages of research, and that there should be much greater emphasis on including anthropological and sociological research in the scope of technological projects.""

    http://ec.europa.eu/research/transport/news/article_7002_en.html

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