15/12/2008

O que farias se não houvesse carros na rua?

Algumas crianças nova-iorquinas responderam à pergunta, what would you do if there were no cars on the streets.
Ou fazendo a pergunta de um modo mais "razoável", o que farias se o espaço urbano não fosse pensado com o sacro-santo fluxo automóvel como primeira prioridade? O que farias se a grande maioria das pessoas se deslocasse na cidade de um modo racional em vez de monopolizar 50 m² (carro em andamento) do espaço urbano? O que farias se o espaço público fosse realmente para todos e bem planeado?
Vale a pena ver este curtíssimo filme (1 minuto) da StreetFilms e pensar no que eram as cidades há umas décadas, e do que estamos a privar às crianças.

20 comentários:

  1. Se o google earth não me engana, 99,95% do território do planeta está isento de estradas ou carros.

    Existe muito por onde satisfazer os interessados. Que se mudem para essas zonas, em vez de tentar proibir os outros que não pensam como eles de circular livremente.

    ResponderEliminar
  2. Este senhor realmente acha que está tudo bem neste país e nesta cidade! Que feliz que ele deve ser!

    ResponderEliminar
  3. Caro Filipe, no caso das nossas cidades deve estar a falar dos separadores das rotundas.

    Tal como você tem direito à sua "livre circulação" também eu tenho direito á qualidade do ar e a espaços verdes uma vez que somos ambos cidadãos com direito a voto e pagantes de impostos.

    Acredite ou não estas coisas não são incompatíveis.

    ResponderEliminar
  4. "se não houvesse carros na rua"

    e fala em livre circulação? Eu deixaria de pagar impostos, porque deixaria de ter como ir trabalhar. e 95% da economia nacional desaparecia ;)

    ResponderEliminar
  5. "porque deixaria de ter como ir trabalhar"
    NewsFlash para ti - autocarro, combóio, metro, electrico, pés, bicicleta, patineta, patins, etc...
    É só escolheres e largares a verdadeira ditadura que é a cultura do automóvel neste país.
    E já agora numa onda de abandonar maus hábitos libertavas-te tb do hábito da imbecilidade....
    Um aparte - não estás chocado com o intervencionismo na economia mundial - tipo os salvamentos de bancos e empresas automóveis? Porque é que não deixamos o mercado funcionar??

    ResponderEliminar
  6. esquece lá as news flash. não há ligações para o meu trabalho, onde - by the way - se produzem automóveis

    ResponderEliminar
  7. By the way a produção automóvel caiu 30% a nível mundial, se calhar o melhor era procurares outro emprego....São os chamados períodos de ajustamento nos quais não deve o estado intervir. Agredecia que recusassem o cheque com o dinheiro dos impostos que o governo comprado por esse lobby quer dar á indústria automóvel.Deixem funcionar o mercado por favor!!!!!! Já agora já ouviste falar da Fertagus conjugada com o pezinho ou com a bina - mas é só para pessoas saudáveis em termos de locomoção e mentais também....

    ResponderEliminar
  8. Bem-vindo a Portugal, o país onde a economia depende dos favores do ministro. Infelizmente não é só a VW, é mesmo tudo.

    De qq forma, não desejo os transportes publicos ao meu pior inimigo.

    ResponderEliminar
  9. "De qq forma, não desejo os transportes publicos ao meu pior inimigo."

    Desejo eu aos meus amigos, onde vemos um filme no comboio a caminho de Coimbra ou á minha mulher que gosta de ler o jornal a meias comigo no metro.

    Obviamente é uma questão individual mas descobri que nestes infernais transportes públicos até se fazem menos inimigos do que dentro de um carro num congestionamento ou á procura de lugar para ir ao futebol.

    Mas não se sinta obrigado.

    ResponderEliminar
  10. falta ainda referir que os transportes públicos simplesmente não têm ligações para os sítios onde costumo ir

    ResponderEliminar
  11. Não é muito vulgar mas desta vez estou de acordo com o FMS. É na realidade utópico imaginar uma cidade sem os seus carros, principalmente numa, que como a nossa, tem uma rede de Metro péssima se comparada com as principais cidades da Europa ou com NY, com acessibilidades inacreditáveis. Temos uma rede de transportes públicos que é uma anedota e há quem queira proibir o transito na cidade. A isso chama-se construir a casa pelo telhado.

    ResponderEliminar
  12. Só por curiosidade,

    FMS e Lesma Morta, quem é que sugeriu a proibição dos automóveis? É que está a escapar-me algo na discussão

    ResponderEliminar
  13. A proibição não tem a ver com este post mas com comentarios já feitos aqui neste blog a propósito deste assunto, de quem professava essa brilhante tese. Apenas aproveitei a ideia para limitar alguns desvarios.

    ResponderEliminar
  14. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderEliminar
  15. Caro Lesma,
    Só podes melhorar os transportes se eles forem usados.
    Se tiveres um carro que não usas vais mudar-lhe os pneus?? Ou instalar-lhe uns assentos mais confortáveis?
    A verdadeira questão é o terceiro mundismo da mentalidade portuguesa, o comodismo e o egoísmo. A maior parte das pessoas prefere passar 1 hora enlatada em filas de trânsito do que demorar 30 minutos a ir de combóio e têr que andar mais 15 minutos a pé.
    Já para não falar que os verdadeiros custos de usar o automóvel são subsídiados pelo estado e transferidos para outros que não os condutores.
    Civismo, educação e solidariedade com os outros por contraponto com egoísmo, facilitismo, destruição do patromónio para as gerações futuras e finalmente resumindo tudo imbecilidade....

    ResponderEliminar
  16. Esta então foi brilhante. A rede de transportes de Lisboa é má porque não fornece ligações suficientes para o trabalho das pessoas. De acordo com o sr. anonimo a solução passa por começar a utilizar transportes que não existem. A debilidade do sistema lisboeta é culpa daqueles que não conseguem desempenhar tal tarefa kafkiana.

    Também queria que o sr anonimo explicasse de que forma o estado subsidia os transporte rodoviario, ou seja tem mais gastos do que receitas com ISP, IA, Imposto de Selo, multas, Senhas da EMEL, Portagens, e IVA que incide sobre todas as anteriores.

    ResponderEliminar
  17. FMS,

    http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=267918

    "O custo total dos factores externos, que não são suportados pelos utilizadores, foi estimado em 650 mil milhões de euros."

    650 mil milhões a nível europeu que não são cobertos pelo IA, ISP, etc....

    650 000 000 000 euros... trocos

    ResponderEliminar
  18. Caro Miguel:

    receita fiscal ISP:
    3.395.000.000 € + IVA: 712.000.000 €

    http://www.dgo.pt/oe/2007/Aprovado/1_MapasLei/map01-2007.pdf

    PS: transporte rodoviario não é o mesmo que transporte individual. Eu sou o primeiro a defender a sua abolição, porque sou eu a financia-los. Por isso a menos que me imagine a viajar no meio das paletes de leite todos os dias, esses subsídios não me servem de nada. Se descobrir como sou beneficiado de volta com os meus 3.395.000.000 € avise-me.

    Vá deixe estar, amigo, foi só uma constipaçãozinha. Isso deve melhorar ;)

    ResponderEliminar
  19. Caro FMS,
    O cancro no pulmão cusado pela poluição, as crianças que sofrem de asma, os atropelamentos, o isolamento das pessoas e a degradação da qualidade de vida nas cidades...
    Quem paga isso....
    Você é um recalcado dos subúrbios e como nasceu e viveu só com essa realidade não quer aceitar outra. Se quer que lhe seja sincero até se calhar é melhor o centro da cidade ficar reservado para as elites socias e intelectuais, enquanto a bovinidade reinante habita nas antigas pastagens à volta das cidades, ruminando no meio do cimento, das latas e dos mega-pastos de lixo que são os centros lixo-comerciais.
    Vá lá encafuar-se nos seus cubículos de subúrbio a ver tv e pegue na lata ao fim de semana e vista o fato de treino para ir passear ao centro comercial, mas não chateie com comentários reveladores de um intelecto mais digno de um paquiderme....

    ResponderEliminar
  20. Pergunte aos pais que levam os meninos para viver na cidade. Use o Google Earth, e verá que 99,5% do territorio nacional não tem estradas nem carros. A escolha é deles, ninguém os coagiu. A si aconselho-o deixar a poluição que tanto repudia. Não percebo o que está a fazer na cidade.

    ResponderEliminar