24/02/2009

LISBOA É...

...um sinal de estacionamento proibido no lixo. De facto, em Lisboa, o lugar certo para os sinais de proibição de estacionamento parece ser o lixo. Basta ser peão, e passear por qualquer freguesia da cidade, para o constatar diariamente. Talvez nenhuma outra sinalética na cidade seja mais desrespeitada do que esta. Sem um investimento nos transportes públicos, à escala metropolitana e em sintonia com o planeamento urbano, veremos melhores dias na nossa capital. A ficar para trás de ano para ano, de nada valem os mega projectos típicos de uma cidade com complexo de inferioridade. Não será uma torre do Arquitecto Foster, ou uma ostensiva terceira travessia do Tejo que vai por Lisboa a par das capitais desenvolvidas.
Voltando à escala da rua, não serão os pilaretes, nem muito menos a proliferação de sinalização vertical a proibir o estacionamento, que poderão alterar os comportamentos insustentávies cada vez mais enraízados na sociedade portuguesa. As questões estruturais da mobilidade urbana sustentável continuam por implementar. A crónica falta de visão apartidária do planeamento urbano estão a comprometer o futuro de Lisboa. Assim, e até que Município e Estado acordem e actuem, assistiremos ao agravar dos problemas da mobilidade. No vazio criado, vai crescendo a importância do transporte individual - porque os cidadãos não podem esperar 48 minutos por um autocarro.
Cada vez mais o "cidadão-carro" é que decide a cidade. É ele que decide que ali se constroi um parque estacionamento em vez de um jardim. É ele que decide que aquele arruamento vai ter o dobro das faixas de rodagem em vez de árvores de alinhamento. E é ele que agora quer decidir se pode ou não atravessar a Baixa, em prejuízo dos outros, do património, nas próximas décadas. Basta deste cidadão principal de Lisboa. Foto: Terreiro do Trigo, Freguesia de São Miguel.

5 comentários:

  1. concordo, mas espero que tenhas comunicado à CML. eu já vi o mesmo (sinal derrubado), comuniquei à câmara e o sinal foi reposto uma semana depois.

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  2. Pois decide, o "cidadão carro" é o "irmão" que mais manda na casa (Lisboa). Porquê? Quando temos os mais altos impostos automóveis da Europa, quando disparam os preços dos combustíveis. Porque como diz não se pode esperar 48 minutos por um autocarro, não se pode caminhar outros 20 ou trinta até chegar à sua paragem. Porque às horas de ponta é infernal andar de transportes, tanto nos autocarros como no metro. Como é possível que tanta gente se acumule dentro nos transportes se mesmo assim há tantos automóveis a circular? Se os automobilistas passarem a deixar a sua "bengala" em casa e passassem a usar o transporte público? Quando as pessoas vêm de sintra, margem sul, cascais, linha da azambuja, Odivelas, Loures.Imagino que para estas pessoas andar de transportes públicos seja ainda mais penoso.

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  3. Porque é que tudo se discute pelo 8 ou pelo 80?

    O facto de se limitar ou condicionar o transito na cidade não quer dizer que se corta e que se obrigará todos a andar de transportes.

    Nenhum sistema de transporte público no mundo está preparado para a total interdição de transporte individual, até porque ninguém preconiza tal aventura.

    Os transportes colectivos e individuais são complementares.

    Não percebo é que se misture tudo. Reclama-se da sujidade e vem aí o rol de queixas sobre tudo e mais alguma coisa.

    Ninguém é perfeito, e muito menos a CML. Aliás, tem muuuito defeitos.

    Mas penso que seria de aplaudir as limitações de trânsito numa (muito pequena parte) da cidade, que até é a mlehor servida de transportes. E como se tem verificado, a cidade tem respondido muito bem.

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  4. Lisboa - Transito sem complicações nove dias depois do corte da Ribeira das Naus

    Lisboa, 25 Fev (Lusa) - Nove dias depois do início das obras de saneamento que obrigaram ao corte da avenida da Ribeira das Naus, na Baixa de Lisboa, os automobilistas parecem estar mais habituados aos percursos alternativos, não existinfo hoje grandes congestionamentos.

    A Avenida Ribeira das Naus, que liga o Cais do Sodré ao campo das Cebolas, está encerrada ao trânsito desde o passado dia 16 devido a obras de saneamento obrigando a circulação automóvel a fazer-se por várias vias secundárias.

    Por exemplo, o trânsito proveniente da avenida 24 de Julho em direcção à Baixa está a ser desviado pela rua do Arsenal, enquanto muitos automobilistas da linha de Cascais preferem evitar a zona de obras entrado na cidade pelo Marquês de Pombal.

    Cerca das 08:30 de hoje, o trânsito no Marquês de Pombal seguia com normalidade, num dia ainda compreendido na pausa escolar do Carnaval.

    Duas horas depois, apesar de haver mais tráfego, a circulação fluía normalmente, mesmo sem a presença de polícia.

    Pelas 08:45, Junto ao Cais do Sodré, vários polícias geriam o trânsito, que também não apresentava congestionamentos.

    À agência Lusa, um dos agentes disse que a situação está mais complicada quando comparada com o período anterior às obras, contudo, reconheceu que "as pessoas estão a aprender" a tomar as alternativas.

    Também um funcionário da Carris contou à Lusa que ainda no final da semana passada as pessoas andavam perdidas sem conhecer os trajectos alternativos, ao contrário do que parece suceder esta semana.


    Depois das 09:00, os carros começaram a encher a rua do Arsenal, onde o trânsito apesar de lento seguia sem paragens.

    Mais à frente, no Terreiro do Paço, os automobilistas eram impedidos de descer para a Ribeira das Naus e obrigados a continuar em frente pela Rua da Alfândega gerando-se também aqui um ponto de conflito.

    Perto deste local, o agente da polícia municipal Paulo Sousa, disse à Lusa que há muitos automobilistas que estão a optar pelo acesso através do Marquês do Pombal para chegar à zona baixa da cidade, em vez da zona ribeirinha.

    Esta é uma das razões apontadas pelo agente para justificar a inexistência de grandes complicações de trânsito.

    "Se não houver acidentes, o trânsito flúi com intensidade mas normalmente", acrescentou.

    Paulo Sousa admitiu ainda a necessidade de se proceder a alguns ajustes de sinalização.

    Fonte: Agência LUSA

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  5. Estacionamento proibido em Lisboa? Onde, onde?!

    R.I.P.

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