19/03/2009

Manifestação 200 pessoas em defesa dos museus dos Coches e de Arqueologia

Foto in Público 19-03-2009

"Monumentos a cair e os ministros a sorrir" e "Basta de incompetência, já não temos paciência" foram algumas das palavras de ordem que se fizeram ouvir, ontem à tarde, no protesto de rua contra a construção do novo Museu dos Coches, na Avenida da Índia, em Lisboa.
Cerca de 200 pessoas concentraram-se junto aos portões dos edifícios que serão demolidos para dar lugar ao espaço museológico - trata-se das antigas oficinas do Exército, que albergam o Arquivo Histórico da Arqueologia Portuguesa, o espólio de Arqueologia Náutica e Subaquática, uma biblioteca de Arqueologia e laboratórios de Arqueociências.
Os promotores da manifestação - a Plataforma pelo Património Cultural (PP-Cult) e o Fórum Cidadania Lx - receberam anteontem a notícia de que as obras de demolição das velhas oficinas foram suspensas temporariamente. Mas isso pode não significar a abertura do Governo para recuar na decisão de construir o novo Museu dos Coches. Por isso, as duas organizações ponderam avançar com uma acção popular judicial.
Ontem, os manifestantes reivindicaram a recuperação do Museu dos Coches e contestaram ainda a transferência do Museu Nacional de Arqueologia para a Cordoaria Nacional. Luís Raposo, director do Museu de Arqueologia, disse ao PÚBLICO que este é o momento propício para fazer algo que foi antes escamoteado neste processo - "debater e reflectir" sobre as propostas para os Coches e para Arqueologia. E não poupou críticas ao Ministério da Cultura (MC), que, em seu entender, se afigura um outsider nesta matéria. Foi precisamente ao MC que o Bloco de Esquerda dirigiu o requerimento que apresentou ontem à tarde no Parlamento, questionando a tutela pelo futuro da investigação arqueológica nacional. Entretanto, a petição on line que repete as reivindicações ouvidas na Avenida da Índia tinha, ao princípio da noite, 2115 subscritores.

M.J.O. Jornal Público 19-03-2009

6 comentários:

  1. LOBO VILLA,19-3-09

    Antes de mais convinha retirar a polítiquice destes assuntos culturais !!!
    ( O BE seja Bloco ou seja
    Berloque,tanto faz... é preciso retirá-lo daqui !).
    Coches e Arqueologia atacados pelo
    MEC em Belém só significa que, naquela zona de Belém ,haverá especulação fundiária,para começar ,e ,imobiliária,ali em Belém,naquela precisa zona.
    Mudar um museu sem se saber porquê é fundiário, e, construí-lo de igual modo é puramente imobiliário !(É o BETÃO ,estúpido !!!)
    Mudar um Museu daqui para ali é puro disfarce eleitoral,o essencial é mesmo demolir aqui para construir ali,sem mais .
    É mais uma negociata pura e dura paga por todos nós.
    Tudo mais é pura fantasia...!!!

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  2. Portugal deve ser o único país do mundo onde se protesta contra a construção de um museu... maldito 1640!

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  3. Ainda se em vez de protestarem, arranjassem mas era uma forma de juntar esforços para ajudar a compor o que acham que está mal....aí sim! Mas não, atacar tudo o que surja de novo é que está bem! E viva a mentalidade portuguesa!

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  4. Concordo. A malta quer é manifs...e sair mais cedo do trabalho.

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  5. Para não se faltar ao emprego é que a manif foi marcada para as 18/18h30...

    De qualquer modo, antes de se dar uma opinião sobre qual das partes tem mais razão ou está mais correcta, deveria-se no mínimo saber realmente, e como deve ser, o que está em causa em toda a questão.
    Quem vê todo este problema como um simples protesto contra a construção de um museu, não conhece, de todo, o que realmente se passa...

    Quanto a quem são os culpados sobre não se saber exactamente o que está em jogo? Isso são todos, a começar pelos meios de comunicação que de há vários anos para cá deixaram de tomar o pulso às questões de fundo da cultura portuguesa. O que agora está a dar são escândalos políticos e financeiros e se a Selecção ganhar um jogo até esses deixam de ser importantes.

    AD

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  6. Apesae de poder ter sido maior, a concentração foi uma vitória.
    O local ideal teria sido em frente ao Museu dos Coches.
    Lá estive, e vi poucas ou nenhumas figuras, algumas que falam muito em participação cívica, como H. Roseta ...
    Há que prosseguir, e não nos deixarmos embalar em promessas de suspensão das demolições.
    Parabéns aos organizadores, Força!

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