01/04/2009

Chegado por email:

«Caros Cidadãos,



Sou residente, na rua dos Douradores, em plena baixa pombalina, quero manifestar a minha concordância e apreço, pela corajosa medida levada a cabo, pela Câmara Municipal de Lisboa, em reduzir consideravelmente o transito na Baixa de Lisboa.



Passado um mês, aproximadamente, (não tenho ideia precisa que quando esta medida foi posta em vigor), posso desde já adiantar, que a poluição ambiental e sonora, desceram consideravelmente. Nota-se que qualidade do ar melhorou significativamente, o que é importantíssimo para quem ali reside e trabalha.



Os pessimistas alarmaram na altura em que foi anunciada a medida e, alguns comerciantes revoltaram-se com o condicionamento do transito, pois ira causar, certamente, uma diminuição dos potenciais clientes. Posso adiantar que os cafés, restaurantes e ruas continuam cheios, as lojas tem exactamente a mesma clientela que já tinham, parece pois, que afinal não é o facto de se poder ir ou não em viatura própria que se ganham ou perdem clientes.



Talvez fosse importante reconsiderar que tipo de comercio faz sentido, hoje em 2009, existir na baixa de uma capital de um país…

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Cidadãos,



Fiquei chocado, com o que assisti hoje pelas 15.00, na Estação da Baixa-Chiado. O aparato que o metro de Lisboa colocou na operação de controle de bilhetes aos utentes é, no meu entender, despropositado. Eram 4 ficais da referida empresa e, ainda que discretamente afastados, 2 elementos da Policia de Segurança Publica.



É também lamentável que na mesma estação e nos comboios que utilizo diariamente, não haja controle aos inúmeros pedintes, que exibem a sua deficiência, aproveitando para nos insultarem se não correspondemos com a ajuda financeira. São eles; cegos, deficientes motores, crianças com cães (que utilizam estes animais para impressionar e comover os transeuntes, creio que se trata de bandos organizados que colocam os miúdos em pontos estratégicos na cidade de Lisboa, pois tem vindo a aumentar nos últimos meses).



Andar de metro, em Lisboa, é uma experiencia antropológica interessante, pois para além do que já expus, há ainda os “bandos” que se movem sempre de forma cobarde e actuam em grupo; claques de equipas de futebol, de estudantes caloiros vestidos com o traje académico, que cantam e proferem obscenidades.



Nunca assisti á intervenção, nem da segurança do metropolitano de Lisboa, nem da Policia de Segurança Publica o que é lamentável.



Otelo Lapa»

8 comentários:

  1. impressionante.

    não podiam permitir apenas referenciar uma carta de aprovação á limitação de trânsito com um episódio isolado no metro.

    Ando de metro há mais de 20 anos e episódios desses presenciei umas duas vezes, se menos...

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  2. Lojas cheias na Baixa Pombalina?

    Isso só pode ser mentira do 1º de Abril. Ainda hoje lá passei e dei por mais umas poucas encerradas.

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  3. Nunca apanhou cegos no metro? Nunca apanhou fiscais? Entao desculpe mas não anda regularmente de metro. O senhor que se refere ao pedinte malcriado é o cego rapper
    Aqui deixo uns videos:
    http://www.youtube.com/watch?v=6mgS-_cW05E

    http://www.youtube.com/watch?v=HMXT8nhIDi8&feature=related

    http://www.youtube.com/watch?v=z7_MkuVuqbk

    Não percebo como se fica chocado com estas coisas, acho que só dão para rir.

    Mas isso sou eu secalhar que tenho sentido de humor, e anda para aí muita gente trombuda que parece que faz um favor aos pais em manter-se vivo!

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  4. Senhor Otelo Lapa nunca ande de metro em Nova Iorque: http://www.youtube.com/watch?v=VcNA9L5hcz8&feature=related

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  5. Ou bem que há fiscalização e então é exagerada ou então não há e é tudo uma rebaldaria...
    Um bocadinho mais de lógica e coerência e menos exageros e efabulações ficava bem.

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  6. Então eu respondo-lhe duma forma mais seria!

    Se soubesse a quantidade de fiscais que já foram agredidos, esfaqueados e alvejados no desempenho da sua profissão certamente não estranhava eles andarem acompanhados por polícias. Mas como vivemos numa sociedade em que cada um só quer saber de si e não está minimamente preocupado com os problemas dos outros, só assim esta carta é notícia. Quanto aos pedintes e semelhantes, o metro é um transporte publico e como publico que é, qualquer pessoa tem livre acesso a ele. Quanto aos que criticam os funcionários dos transportes publicos de não proibirem o acesso ao transporte a estes cidadãos, digo que por vezes já aconteceu; e que de seguida eles causaram disturbios, partir vidros é o mais comum, e o transporte é obrigado a pôr todos os passageiros fora para recolher para a oficina. Agora pensem, o que é preferível: viajar juntamente com parasitas da sociedade ou por simplesmente não ter transporte?

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  7. tramaram-nos8:46 da manhã

    como utente diário do metro não reconheço os problemas referidos.

    posso queixar-me dos pseudo-músicos parasitas que aborrecem passageiros e outros que tais mas não vejo onde está o mal de controlar os bilhetes

    mais calma!
    nc

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  8. Sobre a Baixa Pombalina, o que eu gostava de dizer é que esse local emblemático da cidade, com ou sem carros, está cada vez mais pobre e apelativo. Deveria haver uma maior preocupação em cuidar do comércio tradicional, que vai sobrevivendo com muitíssimo custo. E vive cada vez pior e cada vez menos.
    Em relação ao metro, sinceramente não vejo justificação para essa exposição de factos, porque o metro é assim em Lisboa, como em Madrid, Londres ou Nova Iorque. Mas sim, sem dúvida que deveriamos pensar numa forma de respeitar quem anda de metro e de impedir que os pedintes estejam espalhados pelas estações e carruagens assim como todos os semáforos da cidade. Poderiamos ser pioneiros nesse aspecto. Mas com quem temos à frente da autarquia, como é que haveremos de ser pioneiros nalguma coisa? E em quê?

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