06/05/2009

Oceanário vai ter novo edifício de 4,7M€ para estabilizar número de visitantes

«Lisboa, 05 Mai (Lusa) - O Oceanário de Lisboa vai ganhar em 2011 um novo
edifício com auditório e sala de exposições, um investimento de 4,7
milhões de euros que visa fixar o número anual de visitantes em 1,1 milhões.

Hoje, na cerimónia de apresentação do projecto, o administrador daquele que
é um dos maiores aquários da Europa, João Falcato, explicou que a expansão
surgiu da necessidade de tornar o equipamento mais "flexível" a nível de
actividades, uma vez que se prevê que o actual milhão de visitantes por ano
caia para 930 mil a partir de 2014.

"O edifício actual tem pouca flexibilidade para acolher, por exemplo, novas
exposições. É muito difícil criar novidades, se nada for feito a nossa
missão pode estar em causa", afirmou o responsável.

O segundo edifício, que será contíguo ao existente, terá três pisos
térreos e dois subterrâneos, uma área de 600 metros quadros para novas
exposições temáticas - a renovar de dois em dois anos e que representarão,
em cada biénio, um investimento operacional de um milhão de euros -, um
espaço de descanso, um restaurante com área infantil e um anfiteatro que
permitirá reforçar o programa educativo do Oceanário, actualmente com um
crescimento anual de dez por cento.

A estrutura desenhada pelo arquitecto Pedro Campos Costa, que deverá abrir ao
público no primeiro trimestre de 2011, será também amiga do ambiente: a
fachada será eficaz a nível térmico por ser duplamente ventilada e o prédio
terá painéis fotovoltaicos ou térmicos que permitirão minimizar o consumo de
energia.

Apesar da actual conjuntura de crise, a Parque Expo, gestora do Oceanário,
acredita que o projecto tem já uma rentabilidade garantida, com uma
valorização entre 3,5 e 11 milhões de euros.

"Este projecto corresponde a um tipo de investimento público absolutamente
desejável para nós", disse o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do
Território e do Desenvolvimento Regional, Francisco Nunes Correia, rejeitando
a ideia de que os grandes investimentos devem ser evitados em "tempo de crise".

"É um projecto que tem capacidade para se suportar a si próprio", acrescentou.

O Oceanário de Lisboa foi inaugurado durante a Expo 98 e desde então recebeu
13 milhões de visitantes.

Fonte: Agência LUSA»

Ena, nem o Oceanário escapa à fúria construtiva em ano de eleições (temo pelo enquadramento cénico do edifício actual, um dos poucos que ainda estava imune a mais construção, no pós-Expo. Quem paga?

17 comentários:

  1. O que vai ter, de certeza certezinha, é uma enormíssima derrapagem nas obras. Isto quando passarem de anúncios à fase de concretização, claro...

    Mas não vai haver problema: o contribuinte pagará.

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  2. Peixe-Espada9:51 da manhã

    Gosto destas obras que se pagam a si próprias.

    São, afinal de contas, como as do «Jamé».

    Gosto mesmo mais delas que de Pastéis de Belém. Juro!

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  3. Concurso público: Houve????

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  4. Concurso público? Se não era preciso para as obras da Liscont ia ser preciso para uma ninharia como esta?

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  5. A maqueta consta hoje do DN e o edifício é lindíssimo e nada exagerado e bem integrado.

    Eleições?!

    Oh meus senhores! Uma empresa já não pode investir?

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  6. Vão mas é ler a lei e vejam as situações em que é permitido ajuste directo.

    O concurso público não é regra nem nunca foi nem pode ser.

    E mesmo o ajuste directo está sujeito a regras de transparênciá, publicidade e controlo financeiro.

    Não é nenhum expediente ilegal e obscuro e está sujeito a muitos constrangumentos e condicionalismos.

    Muito gosta o pessoal de falar sobre o que não sabe.

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  7. Pois claro, quando lá estavam os outros era preciso concurso público.

    Estando lá o Zé, já não.

    Mais claro é impossível.

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  8. As empresas de capitais pblicos podem investir o dinheiro delas? Não com o dinheiro do contribuinte. A obra é desnecessária.
    Com tantas obras necessárias, gostavamos de ver a parque expo a gastar onde é necessário.
    4,7 milhoes de euros fazem falta a Lisboa, na integração e melhorias de zonas limitrofes à expo.

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  9. ó sr anónimo

    o oceanário não é tutelado pela CML de lisboa

    a gestão pertence a entidade autónoma, sendo que a CML não intervém em nada na sua gestão.

    intervem na mesma medida que intervém na PT, caso sejam necessárias licenças, seja para o que for, ao abrigo do regime da urbanização e edificação.

    nao confundir.

    e a entidade gestora investe, obviamente no ocenário e não em estradas ou outra coisa qualquer.

    é o mesmoq ue pedir oa metro para investir na carris ou no tetro D. Maria ou na ponte vascop da gama

    tenham noção.

    até parece que o dinheiro´público vem todo do mesmo saco.

    nem tudo bem do orçamento de estado e há regras de contabilidade da mesmoa forma que há para as empresas privadas.

    isto não é só transferir de uma lado para o outro.

    isto é muito giro mandar bocas para o ar sem saber,

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  10. o que sei é que os mesmos senhores da expo, antes desta, era ve-los em apartamento em siena, pago imoralmente pelo erário público, para se «inspirarem», diziam eles. aviões, festanças. ai, que bom. a luta continua.

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  11. Tem toda a razão o post das 12.57 PM. Apoiado!
    Quando não se sabe do assunto está-se calado.

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  12. O mais giro é o anónimo tratar o outro anónimo por anónimo!!!

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  13. deveria ser o quê, já agora?

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  14. Esta aqui o site do arquitecto:
    www.camposcosta.com
    Digam o que pensam.

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  15. Está-se mesmo a adivinhar...

    4,7M€ para ser abaixo do mínimo que obriga a concurso público.
    No fim irão verificar que houve derrapagem para além do mínimo que exige concurso público.

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  16. Tanta preocupação com os procedimentos adjudicatórios (concurso público ou ajuste directo) até parece que não sabem que existem concursos públicos em que os documentos (caderno de encargos e programa de procedimento) são preparados por um dos concorrentes, com armadilhas aqui e ali para minar a concorrência ...
    A transparência também pode existir num ajustre directo que aliás também prevê o convite a várias entidades.
    Luís Rêgo

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  17. este pessoal manda bocas sem conhecer sequer a legislação da contratação pública.

    falam como se o concurso público fosse a panaceia para todos os males.

    o ajuste directo e o concurso público estão sujeitos aos mesmos condicionalismos legais de transparência e legalidade.

    a lei prevê as situações em que um e outro são usados e não se medem apenas em critério quantitativos (acima ou baixo de um determinado montante).

    o ajuste directo existe porque deve existir e porque é justificado que exista.

    só quem não conhece é que pode achar que o ajuste directo é marosca.

    Marosca, meus amigos, faz-se em qualquer coisa e por qualquer um.

    agora isso não justifica duvidar-se de tudo e de todos.

    Cá temos os tribunais judiciais e o tribunal de contas para controlar e punir.

    Nada foi feito ao acaso.

    informem-se antes de mandar bocas.

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