21/08/2009

"Jardim" municipal no logradouro da R. Cervantes









Retrato do jardim municipal, criado na década de 50, no logradouro com entrada pela R. Cervantes. Levantamento fotográfico de Junho de 2008.

No passado dia 21 de Março a CML iniciou obras de «requalificação» deste jardim no interior do quarteirão formado pela R. Cervantes, Av. Madrid, Av. João XXI e Praça do Areeiro (entrada é só pela R. Cervantes).

A requalificação era uma obra reclamada há muitos anos pelos moradores. Este jardim municipal estava numa degradação extrema e totalmente transformado num parque de estacionamento ilegal (incluindo várias viaturas abandonadas e outras até a servir de residência permanente!).

Infelizmente, e como ainda é hábito, o projecto de intervenção nunca foi tornado público nem aberto à participação dos moradores. E aos munícipes que pediram para consultar o projecto a CML nunca respondeu. Existe o receio de que a «requalificação» queira dizer, abate de algumas árvores e redução dos canteiros para criar mais lugares de estacionamento - para esse cidadão principal de Lisboa chamado «viatura automóvel privada». Promover o estacionamento neste jardim não faz sentido porque a zona tem oferta suficiente de lugares de estacionamento (gratuito à superfície, ou pago, na Garagem Monumental do Areeiro).

Esperemos que no final das obras a CML tenha afinal retirado lugares de estacionamento, plantado mais árvores e arbustos, assumindo aquele espaço como jardim e não como parque de estacionamento com árvores.

11 comentários:

  1. Mas qual abate de árvores, qual quê.

    O Zé que fazia falta embargava logo esse abate.

    E essa falta de abertura à participação dos moradores só pode ter uma razão: o Zé está de férias. Aliás está de férias desde que virou vereador com pelouro.

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  2. LOBO VILLA,21-08-09
    É claro que "requalificação" da CML(ou de Cascais ou de outra...) significa mais negócio,mais betão ,mais automóveis.. e mais tudo,desde que dê dinheiro,em suma mais um negócio.

    A população ? As árvores?? Os jardins ??? Os Espaços Livres ????
    Cadê o negócio ?
    Nâ...! Isso só dá despasa !!!

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  3. Sim, esperemos que no final das obras a CML tenha árvores e arbustos, se calhar girassóis, assumindo aquele espaço como jardim e assim lhe faça a vigilância e manutenção durante muitos e longos.

    E que lá apareça o Pai-Natal na época respectiva.

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  4. UMA SELVA TROPICAL!

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  5. UMA SELVA TROPICAL!

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  6. não percebo o post... se as fotografias demonstram o estado anterior do logradouro, é por demais evidente que seria necessária uma intervenção.

    Esta é feita e agora existe um receio de que a intervenção não agrade a alguns moradores? Não é caso para dizer que pior não ficará de certeza e dar os parabéns a quem decidiu intervir neste espaço?

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  7. Pois claro, o que é preciso é intervir, marimbando-se o interventor para a opinião dos visados, no caso os moradores.

    Diz que na ex-URSS, felizmente defunta, também era assim.

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  8. Até que as obras terminem, e porque a mesma não foi tornada pública...

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  9. «pior não ficará»
    Eu não falaria com tanta certeza. Institucionalizar uma legalidade não é ficar pior? Se no final das obras o jardim estiver livre de lugares de estacionamento, então sim, daremos os parabéns a quem decidiu intervir neste espaço verde. Mas quanto à falta de consulta & informação dos munícipes (e a falta de resposta aos pedidos de consulta), esse será sempre um aspecto negativo.
    Democracia não é só ter eleições livres, é também saber ouvir, consultar, numa palavra, partilhar a gestão da cidade com aqueles que vivem e trabalham nela: os munícipes.

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  10. Em relação à informação dos munícipes concordo consigo, FJorge. No entanto, decerto perceberá que não há obra que é unanimemente apoiada - se ficássemos sempre à espera de agradar a todos, nada seria feito.

    Apenas acho que as fotografias e o conteúdo do post são algo enganadores. Penso que a crítica deveria ser feito aos moradores, que deixaram chegar ao jardim àquele estado e não a quem decide intervir para alterar a situação.

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  11. Concordo com a crítica que faz aos moradores. De facto, o estado a que chegou o jardim é bem revelador do nível de cidadania de alguns munícipes. Por essa razão é que refiro «alguns moradores» pois as fotos provam que para outros (talvez a maioria?) aquilo era um bom parque de estacionamento gartuito mesmo à porta de casa. Penso que isto, por si só, valida a divulgação das imagens.

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