O presidente da Câmara de Lisboa, António Costa (PS), anunciou que a autarquia irá integrar o conselho de administração da Sociedade Frente Tejo, responsável pelas obras na zona ribeirinha da capital.
“Neste momento estão criadas as condições políticas e há uma boa solução financeira para entrarmos na Sociedade Frente Tejo”, disse António Costa aos jornalistas na conferência de imprensa que se seguiu à reunião do executivo municipal.
A Frente Tejo, uma sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos, foi constituída através de um decreto-lei de 2008, mas, na altura, a autarquia não integrou aquela estrutura, responsável por obras como o novo Museu dos Coches e a reabilitação da zona ribeirinha.
A questão foi levantada pelo vereador social democrata na autarquia lisboeta, Pedro Santana Lopes, que durante a campanha eleitoral autárquica defendeu a participação da Câmara na sociedade.
“Ainda bem que [Santana Lopes] tinha esse ponto de vista porque isso cria condições para haver uma maioria para a Câmara entrar na Frente Tejo”, afirmou António Costa.
“Todas as forças da oposição se opuseram [na altura] à entrada na Frente Tejo”, sublinhou.
Na época foram igualmente invocadas as condições financeiras do município para que não integrasse a Frente Tejo.
Sobre a dimensão desta participação, António Costa escusou-se a avançar mais informações, remetendo-as para a proposta que levará à Câmara em breve.
Para o autarca, com a entrada da Câmara no conselho de administração da sociedade “ficará tudo mais claro e saudável”.
Costa sublinhou, contudo, que a sociedade “tem trabalhado bem” com a autarquia, num “diálogo excelente”, referindo que “os projetos têm que ser aprovados pela Câmara e têm sido aprovados pela Câmara”.
O projeto do novo museu dos Coches, do arquitecto brasileiro Paulo Mendes da Rocha (Prémio Pritzker), foi alterado na sequência de pareceres da autarquia, ilustrou o presidente da Câmara.
Lusa
Primeiro António Costa nem se quis meter na Sociedade. Agora já quer..
ResponderEliminarE entretanto deixa a CML perder o seu lugar na Administração da CARRIS e do METRO, daí que estas empresas façam o que bem querem na cidade, sem rei nem roque.
A Câmara nunca teve poder nenhum sobre a Carris e o Metro. São empresas estatais, logo superiores à hierarquia municipal.
ResponderEliminar