25/08/2010

Zoo: Uma cidade que não pára com habitantes exigentes

In Jornal de Notícias (22/8/2010)
Telma Roque

«Os caixotes com grades são uma imagem do passado e há muito que o Jardim Zoológico de Lisboa deixou de ser apenas uma "montra" de animais. Hoje, assume a missão de proteger espécies em risco e de sensibilizar para a conservação da biodiversidade.

Como qualquer cidade, o Jardim Zoológico de Lisboa, é um espaço em constante mutação e com habitantes exigentes, alguns deles raros e em vias de extinção. Nos últimos 10 anos, para acabar com os caixotes e as grades que aprisionavam os animais, foram investidos 15 milhões de euros. Mas muito há ainda a fazer.

A área das chitas foi a última a ser remodelada. Na lista das próximas obras estão melhoramentos na instalação dos répteis, a recriação do ambiente da Amazónia, um novo hospital veterinário e a colocação de nebulizadores de água para refrescar quem passa.

Os visitantes parecem gostar deste novo Zoo, mais arborizado, da zona franca ampliada onde se pode comer um hamburguer ao lado dos crocodilos e dos bilhetes únicos que dão total liberdade de escolha após a entrada. Os golfinhos, focas e leões-marinhos continuam a ser as estrelas do espaço. ?Na hora de pousar para a fotografia com os leões-marinhos não há idades?, garante Valter Elias, o tratador destes mamíferos, explicando que ?todos se derretem?, crianças ou adultos.

“É fantástica a sensação de estar quase cara-a-cara com os animais. Visito o Zoo com os meus filhos no dia da criança e nos aniversários deles”, diz Ana Soares, que mora em Lisboa e confessa ainda passear na zona franca com regularidade. O mesmo fazem outros moradores da capital. “Costumo vir para o jardim do Zoo porque moro aqui perto, para me distrair, ler o jornal ou beber café”, diz António Marques, acrescentando que a vizinhança com os animais é relaxante e a alegria das crianças quase contagiante.

O Zoo nunca deixará de ser um espaço onde os animais estão contidos, mas há um empenho em reproduzir os seus habitats da melhor forma possível. “Não há reprodução sem que estejam bem instalados”, argumenta Leonel Carvalho, director de arquitectura e de manutenção do Zoo.

Leonel Carvalho revela que a componente pedagógica (há um centro) é outra prioridade, para que as crianças possam aprender também sobre os hábitos alimentares, reprodução e vivência dos animais. “Se souberem que existem só 30 exemplares de determinada espécie, vão certamente olhar para aquele animal de forma diferente.Estamos sempre a passar a mensagem”, sublinha. “Gostaríamos, aliás, de ter uma equipa de voluntários, composta por professores reformados nas áreas das ciências e da biologia, para ajudar nesta missão”, confessa. Falta agora lançar a campanha.»

...

O Zoo de Lisboa é de facto muito bonito e só é pena que não possa sê-lo mais. Fisicamente sem espaço para se alargar (desde logo à nascença pela moldura construtiva com que o "embelezaram"... ) e dependente do comércio e restauração paupérrimo que lhe alugou a zona da entrada, pena é também que mantenha a zona do roseiral e do lago com barquinhos num estado terceiro-mundista. Mas noutros aspectos está muito melhor do que estava, em especial nas condições dadas aos animais, e isso é que verdadeiramene interessa. Talvez um dia...

4 comentários:

  1. porque não enchem o zoo com os animais que gerem a CML?

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  2. O Zoo tem espaço para alrgar sim senhor. Do lado das Laranjeiras há terreno livre pelo menos.

    Os restaurantes são normalissimos. Até são bastante bons.
    Paupérrimos são os comentários do Paulo Ferrero que só sabe criticar por criticar.
    Quanto aos barquinhos não estou a ver que barquinhos são.

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  3. Ao xico (esperto?) desta manhã, apenas digo que cada um come do que quer onde quer. A zona de restauração junto à "aldeia dos pequeninos" tem um serviço que se resume a fast food ainda por cima barulhento para infelicidade dos macacos-aranha da ilhota; os crocodilos, esses pobres estão para ali estirados em cima uns dos outros à espera de Big Mac (candidata-se?). Quanto aos demais espaços até à entrada, os velhotes, ainda podem ser suportáveis à vista, mas tudo aquilo é miserável, música, serviço, aspecto, ementa, etc. Sobre a ampliação às Laranjeiras, só se for para dentro do novel Tália, por lá já tenho visto animais mas quase nenhum de 4 patas, pelos menos todas assentes no chão. Mais espaço não há, salvo no cocoruto, junto à cerca dos lobos e encosta abaixo. É uma pena, mas o Zoo não pode aumentar.

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  4. Fast food? Eu chamo áqueles restaurantes: rodizios e buffet.

    Têm musica ao vivo brasileira o que é normal em restaurantes brasileiros!!!

    Quanto aos crocodilos ao lado do Mac Donalds, que mal tem? Eu já lhes quis mandar um big mac por acaso, mas os autocolantes dizem para não alimentar nem provocar os animais.

    Nas Laranjeiras há muito espaço livre do Jardim Zoologico para se espandir, desde o hospital até à R. Xavier Araujo. Mas há interesse em que o Jardim Zoologico cresça mais? Para quê? Para os visitantes que tem está mais que bom. Se não fossem as escolas e lares de idosos a organizar excursões, há muito que tinha falido.

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