17/01/2011

Câmara promove os mercados lisboetas com o apoio de grandes cozinheiros

In Público (17/1/2011)
Por Ana Henriques


«O chef Igor Martinho foi à Encarnação ensinar a preparar caldeirada de raia com batata-doce. Já quase não há vagas para as próximas aulas de culinária nos mercados de Lisboa [...] O objectivo da iniciativa, que foi lançada em parceria com os organizadores do selo de qualidade alimentar O Sabor do Ano, é promover os mercados lisboetas. Uma meta que Igor Martinho sabe que não pode passar só pela vinda dos mestres de culinária ao mercado. "Aqui os produtos são superiores aos das grandes superfícies, porque são mais frescos. Mas no meu restaurante misturo produtos das duas proveniências, porque não tenho tempo para andar sempre nos mercados. Se funcionassem até mais tarde..."

Pouco passa das 10h30 quando os alunos improvisados enfiam na boca as primeiras garfadas de lulas com manga, uma entrada preparada pelo chef para abrir o apetite para o resto. Promovido a ajudante de Igor Martinho, um motorista da Carris que também veio à aula matinal está nas suas sete quintas. "Adoro culinária", diz o angolano de 50 anos. "Fascina-me vir às compras aos mercados e ver as cores dos peixes, das carnes, pegar em tudo..." Tal como outros participantes, também acha que a iniciativa podia ter sido melhor organizada - o que não o impede de lamentar já não ter conseguido arranjar lugar na aula que terá lugar a 19 de Fevereiro no mercado da Ribeira com o chef Luís Santos, do restaurante Tágide. O limite de 20 inscrições para as dez sessões agendadas esgotou-se num instante.

As incrições são gratuitas, embora no passado sábado já só houvesse vagas para os workshops do dia 19 de Março, em que o chef Carlos Martins, do restaurante Aviz, estará em S. Domingos de Benfica, e do dia 2 de Abril, em que o chef Luís Rodrigues dará a última das dez aulas no mercado de Benfica. [..]»

4 comentários:

  1. Marabilha!

    Às 10:30 da manhã, nada me apetece mais que umas valentes garfadas de lulas com manga!

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  2. Estes menus estão feitos para quem trabalha de noite ou para quem acorda cedo para trabalhar.

    Quem está a trabalhar desde a meia noite no mercado, sabe-lhe bem uma refeição de lulas ás 10:30 da manhã, ou a quem acordou ás 3 e tal ou 4 da manhã para ir trabalhar. E quantos dos que têm estes horarios não comem uma feijoada regada com vinho tinto ao pequeno almoço? Basta andar pelos restaurantes de Lisboa abertos a esta hora para verificar.

    Quantas vezes não estou eu a ir para o trabalho ás 7 da manhã e no café ao pé da minha casa estão pessoas a comer bifanas.

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  3. os mercados também são grandes superfícies... na minha rua ou perto dela tenho um talho, uma peixaria e uma frutaria onde compro regularmente. por isso não vejo necessidade de me meter no carro para ir ao mercado da ribeira...

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  4. Bem, duvida-se que os que estão a trabalhar possam deixar os lugares e ir assistir à aula...

    Mas vai para aí uma enorme publicidade à volta de uma coisa que consiste em 1 (uma) única aula em cada mercado.

    Parece muita parra e muito pouca uva.

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