22/02/2011

Av. Duque d"Ávila renasce em Abril como uma grande avenida de lazer e comércio


In Público (22/2/2011)
Por Inês Boaventura

«Arruamento esteve condicionado durante sete anos devido à expansão do metro. Entre os jardins do Arco do Cego e da Gulbenkian haverá uma ciclovia, mais de dez esplanadas e quiosques

As obras só devem terminar no fim de Abril, mas a Avenida do Duque d"Ávila, que durante anos foi martirizada pelas obras do Metropolitano de Lisboa, já parece outra. Em boa parte da artéria, que a Câmara de Lisboa ambiciona transformar numa "grande avenida de lazer e comércio", já se pode pedalar na ciclovia e percorrer a pé o passeio largo, pontuado por bancos de madeira, que nasceram onde antes circulavam automóveis.

O vereador Sá Fernandes, que tutela o Espaço Público, promete instalar mais de dez esplanadas. Ao início da tarde de ontem, por exemplo, havia dezenas de pessoas a caminhar no passeio em calçada portuguesa e várias outras sentadas nos bancos novinhos em folha, certamente a aproveitar o sol que resolveu dar um ar da sua graça.

As obras em curso, realizadas pelo Metropolitano de Lisboa na sequência da expansão da Linha Vermelha entre São Sebastião e a Alameda, estão quase terminadas entre a Rua de D. Filipa de Vilhena (junto ao Jardim do Arco do Cego) e o cruzamento das avenidas do Duque d"Ávila e de 5 de Outubro. Daí para a frente, em direcção aos Jardins da Fundação Calouste Gulbenkian, os trabalhos estão mais atrasados, como comprova a azáfama dos trabalhadores no local.

Nas próximas semanas, Sá Fernandes conta apresentar em reunião camarária uma proposta para isentar de taxas os comerciantes, de modo a incentivá-los a montar esplanadas e compensá-los pelo grande número de anos em que este arruamento esteve condicionado. Na zona de São Sebastião, reconhece o mesmo responsável, as obras deverão prolongar-se mais alguns meses, até ao Verão.

Neste momento já decorrem concursos públicos para a exploração de dois quiosques destinados a estabelecimentos de bebidas, perto do Jardim do Arco do Cego e na intersecção da Duque d'Ávila com a Avenida do Marquês de Tomar. O prazo de candidaturas termina no início de Abril.»

...

Independentemente da falta de gosto (congénita) na escolha dos candeeiros que passarão a ornamentar e iluminar a renascida Avenida Duque d'Ávila, fico grato por ver que mesmo no troço Av. República/Av. Defensores de Chaves (por sinal o troço em que ainda de pode admirar aquela que foi há 50 anos uma avenida das mais selectas da capital - passeio Norte) foram plantadas árvores, ainda que palitos. Espero que vinguem e tenham copa frondosa em poucos anos.

8 comentários:

  1. quantas horas estiveram a espera para poder tirar uma fotografia a UMA bicicleta?

    ResponderEliminar
  2. Qual o problema com os candeeiros?

    já agora, Julgo que uma questão interessante, no plano "Lisboa Ciclável", é a inexistência de ciclovias entre a Avenida da República e a Baixa/Chiado-Cais Sodré. Por certo, andar pela faixa BUS da Avenida da República e Av.Liberdade é um grande caganço

    ResponderEliminar
  3. Lamenta-se que se tenham escolhido iluminárias fortemente dissonantes para uma avenida deste tipo, onde subsistem, a muito custo, edifícios Arte Nova e Art Déco. No troço que entra na Av. da República estão, talvez, dos melhores espécimes arquitectonicos que a capital tem - não me quero referir à sua conservação, às persianas de plástico e às janelas de alumínio porque seria dizer mais do mesmo, que os portugueses não têm a mínima sensibilidade para o património.
    As ilumináras são ridiculamente pequenas, pseudo-design mas que se pode encontrar por todo o mundo. Porque não candeeiros de época, como se faz em Paris e Madrid? E os bancos, porque escolher mais uma vez modelos pseudo-design, cujos seus congéneres espalhados pela cidade se mostraram de envelhecimento mau?
    E as esplanadas? vão ser de fruta-cores e carregadas de publicidade e mobiliário oferecido pelas marcas?

    ResponderEliminar
  4. essa de até criticar as árvores novas plantadas (palitos) é o cúmulo

    ResponderEliminar
  5. É que podem ser plantadas árvores palitos, com um risco maior de não pegarem, ou árvores maiores e mais desenvolvidas. Está a ver a razão da crítica, anónimo das 1:13?

    ResponderEliminar
  6. não concordo, as árvores mais jovens são mais fáceis de transportar e transplantar, logo têm menos riscos de não pegarem

    ResponderEliminar
  7. Não concordo que deixe de passar todo o trânsito. Trata-se de uma das principais vias de ligação entre a zona das avenidas novas e a zona do alto do parque Eduardo VII. Penso que deviam encontrar algumas alternativas. Mas concordo que parte do trânsito possa ser desviado (por exemplo, num dos sentidos). Espero é que as obras finalmente acabem. É que já lá vai quase uma década!

    ResponderEliminar
  8. Eu chamo a este tipo de intervenção,agora muito na moda, de deserto de calçada portuguesa: enormes extensões de calçada,com umas árvores em pequenos buracos (e se calhar ainda vão dizer que é espaço verde, por não terem muitos!). Acho que seria muito mais agradável ter uns grandes canteiros, com árvores, arbustos e flores, utilizando rega gota a gota. Ajudava a menor impermebialização da cidade, já que estão a dar cabo dos jardins atrás dos prédios e era mais bonito e fresco no Verão.

    ResponderEliminar