04/08/2011

Avenida da Liberdade. Saiba quem anda a pintá-la

In Jornal I (4/7/2011)

«Foi um acordo entre a Dyrup e a Câmara Municipal de Lisboa que trouxe respingos de cor à avenida com a ajuda do Feng Shui

A trajectória do Marquês de Pombal aos Restauradores promete ter outra emoção. Desafiamo-lo a descobrir os respingos de cor espalhados pelo caminho. Mantenha o olhar rasteiro e preste atenção aos bancos de jardim e pilaretes mas não deixe de escapar um olho para cima, para não perder de mira os candeeiros.

"Queremos dar uma vida diferente a uma avenida belíssima, que também é património histórico", explica Nuno Pires director de marketing da Dyrup. Foi a marca de tintas que apresentou o projecto à Câmara Municipal de Lisboa. Chama-se "Happy Liberdade" e o nome não deixa margem para dúvidas: a ideia é revitalizar a zona e torná-la mais agradável às pessoas que a frequentam. "Vamos lá, fazemos as nossas compras e vamos embora. Isso tem de mudar, tem que se tornar num sítio onde as pessoas queiram ficar", continua o Nuno Pires.

E agora pergunta o leitor para que é que o Feng Shui é para aqui chamado. É que as cores não foram escolhidas aleatoriamente, elas têm um significado e devem interagir e comunicar com quem ali passa. "O Fengshui tem por base a observação da Natureza, a ideia é traduzir esse equilíbrio e passá-lo para os ambientes urbanos", adianta o consultor de Feng Shui Alexandre Saldanha da Gama.

Assim, o espaço foi estudado de maneira a que tons que se identifiquem com as zonas, com o que lá existe e com as actividades que aí se desenvolvem. "Estava um pouco céptico" confessa Nuno Pires, "mas percebi que não é nada de transcendente ou místico, é muito matemático".

A Dyrup, que já esteve envolvida noutros projectos de reabilitação, deverá ainda ajudar a reabilitar as fachadas e interiores de outros propriedaes privadas da zona.

A "Happy Liberdade" deve estar totalmente concluída no ínicio de Setembro e, por essa altura, poderá ver bancos de jardim, pilaretes e candeeiros com um brilho diferente. Tem até Julho do próximo ano para tirar a prova dos nove, altura em que tudo deve voltar ao "verde garrafa" original.

Goste ou não a verdade é que pode já brincar ao onde está o Wally na Avenida, mas em busca de cores. »

...

Entre o abandono e isto, venha o diabo e escolha. Pobra Avenida da Liberdade!!

4 comentários:

  1. Para quando contratar um assessor especializado em bruxaria, superstições e outras artes ocultas para ajudar a inventar distracções na CML? Não seria mais útil a empresa de tintas patrocinar o restauro de algumas fachadas de monumentos ou limpar os "grafitados" se também produzir produtos adequados? O que é que o "fengshui" tem a ver com Lisboa?
    José H. Ferreira

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  2. Penso que se o que se pretende é traduzir uma ligação com a Natureza, seria muito mais vantajoso para todos a plantação das árvores em falta na Avenida da Liberdade, uma acção que se perduraria no tempo, em vez de pinturas efémeras.

    Pinto Soares

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  3. Nuno Pires director de marketing da Dyrup? Não será Director do Circo Chen? Acredito no Feng Shui, mas não aqui... Por favor... Mais uma palhaçada para gastar o nosso dinheiro. Não basta ter de gramar com o Tony Carreira a trazer o povo sabe-se lá de onde para destruir o que ainda ali existe, como este agora a querer que as pesssoas venham e fiquem e depois serve-se do nome da arte oriental para se desculpar... Poupem-me...

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  4. Eu trabalho na Av da Liberdade, e todos os dias, até hoje, mes perguntava que palhaçada era esta de pintarem de cores medonhas a Av mais bonita de Lisboa. Tenho aqui a resposta e agradeço o esclarecimento! Isto é verdadeiramente horripilante e tenho vergonha, pelos turistas que vêem ver a nossa cidade, com coisas tão típicas como os candeeiros e os bancos verdes escuros! Pffffffff! Pintem lá isso como estava! Ainda não vi 1 turista a tirar fotografias aos bancos! Quem é que acha que bancos cor de laranja com uma bola cinzenta no meio podia ficar bem onde quer que fosse?!?!? E a mistura de roxo com verde escuro?!?!? Vá, deixem-se de brincadeiras e devolvam-nos Lisboa!

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