Oposição receia que melhorias estimulem a demolição
"Esperamos que o regulamento chumbe na assembleia", confirma o vereador Victor Gonçalves, do PSD, explicando que a exigência de introdução de melhorias nos edifícios pode estimular a sua demolição.
Por Ana Henriques in Público
Em preparação há perto de uma década, o novo Plano Director Municipal (PDM) de Lisboa esbarrou quarta-feira com um novo obstáculo à sua aprovação. Os vereadores sociais-democratas, comunistas e também o eleito do CDS-PP votaram contra o novo regulamento de créditos de construção, um sistema destinado a premiar os promotores imobiliários que acedam a instalar elevadores em prédios antigos ou alugar casas a preços abaixo dos praticados no mercado, por exemplo. Em troca, a autarquia autoriza-os a construir mais do que o permitido no local ou noutro prédio de que sejam proprietários.
Parte integrante do novo PDM, o documento foi aprovado na reunião de câmara com os votos favoráveis da maioria socialista e dos Cidadãos por Lisboa, de Helena Roseta. Só que a sua entrada em vigor depende de ser igualmente ratificado pelos deputados da assembleia municipal, órgão no qual o PS já não tem maioria. Se os diferentes partidos repetirem a sua votação, isso significa o chumbo do Plano Director Municipal e o seu regresso à câmara para ser alterado. "Esperamos que o regulamento chumbe na assembleia", confirma o vereador Victor Gonçalves, do PSD, explicando que a exigência de introdução de melhorias nos edifícios pode estimular a sua demolição.
O aumento dos índices de construção por via do sistema de créditos tem sido um dos aspectos mais polémicos do novo PDM.
Obrigado ao jornal "Público" que continua atento ao que realmente é importante para a cidade de Lisboa.
ResponderEliminarSim, esse Plano tem de ser chumbado.
Tão atento está, que depois do que se passou hoje na AML... nada. O assunto, a propósito, era só e mais nada... o PDM...
ResponderEliminarJá tive mais certezas do que tenho à atenção do "Público" ao que se passa na Cidade.