27/05/2013

Em Demolição!

Já havia sido aqui referenciado o imóvel que remata o gaveto da Praça João do Rio com a Avenida Almirante Reis e nesse artigo de Outubro de 2007 (ver) sumariamente descreve-se as várias "sevícias" que se estavam a  planear impôr a este imóvel do incontornável Arq. Cassiano Branco.
Pois bem, os dados estão lançados e já começou a demolição deste imóvel. Sem entrar na discussão, aberta a quem quiser discuti-lo, sobre a qualidade do edifício agora a desaparecer ou se é representativo da obra deste grande arquiteto, o que me assalta neste momento é: o que vai ser posto alí?
Para quem conhece esta praça sabe que é um agradável conjunto de imóveis com um parque no centro, porventura uma morada prestigiante e com um preço elevado por metro quadrado. Mas o que salta ao olho interessado por arquitetura é o conjunto coeso de arquitetura modernista, Estado-Novo. Se num ponto de implantação como um dos topos da praça for construido um daqueles edifícios tão ao gosto contemporâneo do Lisboeta, perde-se a coesão deste espaço.
Quem saiba o que está planeado para este espaço - fala-se agora em apartamentos de repouso para idosos - e conheça o projeto de arquitetura, queira esclarecer-nos. Quem sabe o bom gosto e bom senso imperou aqui, mas a julgar ao que tem sido feito por essa cidade fora (exemplo), as perspetivas são muito más.

O que vem substituir este edifício de Cassiano Branco?

4 comentários:

  1. Eu não acredito que não vão reabilitar esse edifício! Qual será o mamarracho que nascerá no seu lugar?! Nem quero pensar.

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  2. Até agora tinha sido o património de finais do XIX, princípios do XX, o grande mártir das campanhas massivas de demolição de interiores, fachadismo, etc., mas à medida em que esse património (que é escasso) desaparece, o filão passa a ser o período modernista. Este é apenas o princípio do fim para os edifícios que venham a ficar devolutos no Plano de Alvalade, daqui por 20 anos, se a CML nada fizer como nada fez/faz com o património de finais de Oitocentos, então ...
    Sobre o projecto, a CML aprovou um projecto de transformação do edifício em hotel (por sinal, bera) com estacionamento subterrâneo e ampliação de 1 piso, mas mantinha-se a fachada principal... veremos :-(

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  3. Olá Paulo,

    a fachada está a ser demolida também, pelo menos os últimos andares já foram semi-demolidos.

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  4. Pois é....a Praca era um conjunto admirável que vai deixar de ser. Quanto ao modernismo de Lisboa....já nao está na lista de espera para o camartelo. Esta cidade nao tem cura e nao aprende nada com os erros do passado.

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