24/11/2013

Série Avenidas - 2 - Avenida Duque de Loulé (1a. parte)

Topo nascente da Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

Um bom exemplo de um mau-urbanismo. 17/11/2013

Prédio de rendimento Arte-Nova. À espera de cair.
Existe uma grade ainda com o logotipo da CML dos tempos do Santana Lopes. Em Lisboa o tempo é o melhor aliado das ruínas. Av. dq. de Loulé. 17/11/2013 
Entrada do prédio. Madeiras, frescos e mármores, são hoje companheiros de entulho e desleixo. Av. dq. de Loulé. 17/11/2013

Entrada do mesmo prédio. Avenida Dq. de Loulé

Em Lisboa, as entradas dos prédios moribundos, são coberta para toda a espécie de lixo. E nada disto é inevitável. Av. Dq. de Ávila. 17/11/2013

Logradouro com cobertura em ferro entre dois prédios princípio de século. A arte urbana não falta para sublinhar o estrago e a incúria. Av. Dq. de Loulé. 17/11/2013

O que resta dos belíssimos paineis de azulejos de frontão Arte-Nova. Prédios desta categria são para manter. Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

A quem se deve mais esta glória? Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

Aqui já existiu um palacete sobre o qual muito se escrevu neste blogue. Agora ergue-se mais um monumento à banalidade e incompetência com que se gerem os destinos de Lisboa. Av. Dq. de Loulé. 17/11/2013

Prédio gaveto com notável presença e simetria. De notar a cobertura em chapa das águas-furtadas. Solução mais típica do norte do país. As que restam em Lisboa deveriam ser inventariadas e protegidas. Estas em breve cairão. Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

Aqui existiu uma padaria com balcões de mármore, madeiras e tectos com frescos. é agora uma ruína. Sobra a fachada de loja com molduras em ferro, também, elas raras numa cidade que cresce em descaractrização e monotonia. Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

O interior é uma lixeira no meio de uma dignidade perdida. Av. Dq. de Loulé. 17/11/2013

Magnífica simetria do prédio de rendimento. As varandas em ferro forjado marcam a silhueta inconfundível deste exemplar de uma longa lista em vias de extinção. Decididamente, Lisboa não convive bem com o seu património de finais do séc. XIX, inícios do XX. 17/11/2013

Não só na Avenida, também nas perpendiculares e travessas adjacentes o cenário é o mesmo, casas entaipadas, prédios rebentados, fachadas como esqueletos. Casa junto da Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

Pormenor das originais coberturas em chapa. Av. Dq. de Loulé. 17/11/2013

Não só os antigos são votados ao abandono, os que vieram para os substituir, num arrepiante e inconfundível mau-gosto, sofrem, por vezes, a mesma sorte. Prédio devoluto dos anos '80, '90. Av. Dq  de Loulé. 17/11/2013

Cabos que "decoram" uma fachada recém-restaurada. 17/11/2013

Cabos e tags numa loucura de vandalismo e libertinagem que nos querem vender como liberdade de expressão a até como arte-urbana. Fachada recém-restaurada na avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

Em Lisboa nem só dos jardins brotam árvores. Parelha de moradias Arte-Nova das quais só restam as fachadas. A árvore é magnífica, as casas também o foram. Av. Dq. de Loulé. 17/11/2013

Portão Arte-Nova na Bernardo Lima. Há outro igual na mesma casa. Quando tudo cair, para onde irão?. 17/11/2013

Podemos perder esta fachada? Único registo do que foi uma lindíssima moradia Arte-Nova na Bernardo Lima, junto à Av. Dq. de Loulé. 17/11/2013

Cantarias, ferros forjados e paredes que cercam e fecham o vazio. 17/11/2013

Aqui terá exisitido um vitral. Restam-nos os escombros  que resistem ano após ano. Chega a ser grotesco. Avenida Dq. de Loulé. 17/11/2013

5 comentários:

  1. Manuel Marques11:08 da manhã

    Lisboa, cada vez mais feia!

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  2. Cada vez gasto menos tempo a ler e a comentar casos dramáticos como este.
    Os lisboetas dão-se muito bem com isto, os responsáveis pela cidade também, e questiono-mo se não será de aproveitar o meu tempo de vida (que, para mim, é escasso e, portanto, precioso) com outras coisas...
    Neste momento, ando a reorganizar a biblioteca cá de casa, a ajudar o meu filho a fazer a dele (na sua casa nova), a plantar couves (e alfaces...), a escolher bons vinhos, etc.

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  3. Esta casa da Rua Bernardo Lima, perpendicular à A. Duque de Loulé,
    tem uma história. Deve ter sido a segunda casa onde residiu Salazar quando veio para Lisboa. No dia do atentado de 1937, os jornais publicaram fotosgrafias dele, numa das varandas, a agradecer uma manisfestação. Depois, após a sua mudança para S. Bento, em 1939, a casa que deveria ser alugada, teve a sua vida normal como habitação. Na primeira metade da década de 70 ainda estava com bom aspecto. Entretanto, após 1974/75, foi durante uns anos sede ou instalação de um partido da extrema-esquerda, que acabou por a deixar já com ar algo de abandono. Agora já só resta, segundo parece a fachada e muito mal conservada. Mais um bom edifício a ser substituido por um prédio igual a centenas de outros. Como diz o autor deste blog, já quase nem fale a pena intervir sobre estes assuntos... Seremos sempre os que somos velhos do Restelo, não somos modernos nem liberais...
    José Ferreira

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  4. Muito obrigado pelo seu comentário, deixando a história dessa moradia Arte-Nova.

    Há que fazer enontros, elaborar cartas de risco do património desta época, exercer pressão.

    Cumprimentos,


    Miguel de Sepúlveda Velloso

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  5. O risco do património desta época existirá sempre.

    A única pressão que origina desses encontros e cartas é apenas para os donos de prédios devolutos (de quais muitos de nós não sabemos a história), pois para a CML é apenas um meio de ganhar dinheiro com multas (e posteriores pedidos de demolição).

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