02/04/2014

Placa da Rua Augusta à venda!


Chegado por e-mail, de João Amor:

«Olá. Eu não sei a quem perguntar e após horas a tentar descobrir na internet se esta dúvida é um assunto da PSP, da GNR, da CMLx ou de outra entidade qualquer não descobri nada. Mas conhecia o blogue e penso que quem o faz deve saber. Por isso escrevo para o blogue.

Encontrei por acaso na internet num site de trocas de objectos uma placa de identificação da rua augusta! Me aflige encontrar à venda ou neste caso para "troca" artigos que no meu entender podem ter origem no património, como azulejos e agora uma placa de nome de rua!! A pessoa que a colocou foi alertada e diz que a placa foi removida durante uma obra e colocaram outra. Mas eu pergunto: não é à mesma parte de património público? Não deve a placa ser colocada noutro lugar ou ficar na posse da câmara? Afinal não devem ser baratas de mandar fazer e em caso de necessidade já está uma feita. Um site de trocas pode ser um local onde algumas pessoas tentam passar material roubado. Tentei descobrir quem acolhe denuncias ao património neste sentido de artigos duvidosos mas não encontrei nada.

Agradeço se poderem me esclarecer. E se quiserem fazer um artigo ou acharem necessário para alguma prova aqui está o link. http://troca-se.pt/artes-e-antiguidades/810902-placa-da-rua-augustaem-lisboa.html»

5 comentários:

  1. Esta placa segue o modelo comum das placas toponimicas das ruas principais da Baixa. Banalíssima em calcário, não tem nada de especial ou histórico e não podia voltar a ser recolocada porque tem os quatro cantos partidos.

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  2. Já nada me surpreende.
    Já por diversas vezes alertei várias entidades(CML,PISAL,IGESPAR,PSP) para situações semelhantes.

    Mais:
    De vez em quando, nesses sites de trocas e vendas de objectos, também costumam aparecer candeeiros de pé e candeeiros suspensos, daqueles antigos e iguaizinhos aos que vemos pelas ruas de Lisboa.
    E nem falo dos leiloeiros que vendem antiguidades.
    Aconselho as entidades responsáveis a efectuarem rusgas e a fiscalizarem estas casas. Garanto-lhes que vão encontrar várias surpresas:
    Desde azulejos antigos e de fachadas, bancos de rua, candeeiros, estátuas, bustos, calçada, caixotes de lixo, tampas e grades de esgotos, é uma fartura.
    Nem a feira da ladra tem um stock deste tamanho.

    Enfim...
    A ré-publica das bananas no seu melhor.
    E ninguém faz nada!

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  3. "Esta placa segue o modelo comum das placas toponímicas das ruas principais da Baixa. Banalíssima em calcário, não tem nada de especial ou histórico e não podia voltar a ser recolocada porque tem os quatro cantos partidos."

    -----///-----

    Caro anónimo:

    Ainda bem que me diz isso. Sabe porquê?
    Porque aqui ao pé de minha casa existe um prédio com mais de 100 anos e que tem uma belíssima varanda de ferro fundido com ornamentos lindíssimos.
    Ainda no outro dia reparei que um dos ornamentos (uma barca com dois corvos) estava suspenso e quase a cair.
    Ainda pensei em avisar os proprietários, mas já que me diz isso, e uma vez que já vi este ornamento em dezenas de varandas, vou já apropriar-me dele!

    Não passa de um ornamento banalíssimo e ainda por cima tem alguma ferrugem e falta de tinta, com certeza que os proprietários devem ter mais que fazer do que arranjá-lo.

    Aliás, como existem dezenas como este, os proprietários podem sempre comprar outro, ou mesmo roubar um ornamento parecido de outra varanda.

    lol.

    Não é que "isto" está mesmo podre e cheio de bicho...

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  4. Acho, caro anónimo das 9.31 que não entendeu muito bem o meu comentário. A situação pode ser de facto ilegal mas julgo que não se pode comparar a venda de um placa toponimica de 50 anos inutilizada e cujo destino seria o contentor do entulho com os casos bem mais graves e criminosos de roubos de azulejos e outros elementos arquitectonicos de um edificio.

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