14/08/2014

Série Chafarizes de Lisboa - 1 - Chafariz da Esperança Monumento Nacional

Chafariz da Esperança, Monumento Nacional: "imóvel ou conjunto com valor execpcional, cujas caracterísitcas deverão ser integralmente preservadas",  lê-se no site do SIPA 

Chafariz de grande efeito cenográfico. O adossamneto do edífico é posterior à sua cosntrução que é  barroca e pmbalina de pedra lioz com dois tanques, sendo o superior destinado ao consumo humano e o inferior ao dos animais, recolhendo os sobejos dos tanques de cima. Carlos Mardel e Miguel Ãngelo Blasco forma os arquitectos. Obra do séc. XVIII. Propriedade Municipal. fazia parte do ramal/aqueduto da Esperança. Hoje em dia é refúgio de pombos e de lixo.

Os contentores marcam a sua presença junto à escadaria que conduz ao patamar do chafariz. Obedecendo às regras de simetria barrocas, há outra escadaria do outro lado. Também ela ocupada por outros artefactos e engenhos.

Corpo central do Chafariz. O branco do lioz quase desapareceu sob um manto perene de líquenes e de sujidade. Já agora, não haverá outra forma de colocar a fonte de luz sem ser na cimalha?


Esta e a fotografia anterior retratam o actual estado dos tanques para onde nenhuma bica verte água. São usados como depósito de lixo e até como casa de banho. Os dejectos dos pombos amontoam-se em toda a superfície do monumento, sabendo que o lioz não é a pedra mais resistente à acidez, teremos a receita para o desastre.

O original é em branco. As rosáceas barrocas estão, lentamente a desfazer-se no meio do desleixo e da falta de limpeza.

Esta é a outrra escadaria. Ocupada que está pela entrada de um conhecido bar da capital. O toldo verde destrói todo o efeito de perspectiva, os pífios vasos só sublinham o descaramento de quem deixa as coisas chagar a este ponto.

Três das bicas em carranca que jorravam água para o tanque inferior. As bocas das bicas eram em bronze. Já quase nenhuma resta e estão secas há décadas. A vida de um cahafariz faz-se de água., Lisboa é uma cidade que pode ser escaldante no Verão. que bom seria se os chafarizes da capital regressassem à vida. Resta dizer que a última intervenção de conservação do MN foi em 1960, há 54 anos (dados SIPA). A propiredade é da CML, o chafariz é MN, o seu carácter é quase único no conjunto de chafarizes de Lisboa, a zona faz parte do centro histórico, poderia fazer parte de um percurso das Águas-Livres, não serão estas rzaões mais do que válidas para se proceder sem demoras à sua revitalização enquanto obra marcante da engenahria civil e arquitectura portuguesas do século XVIII?


5 comentários:

  1. Caro Miguel,
    o que descreve não é uma mera negligência em relação a património que aqui na nossa cidade é regra. O que acontece com este MN é um crime de lesa-património, que deveria ter consequências penais e políticas porque está a verificar-se uma demissão de funções de todas as entidades com alçada sobre este edifício. Este é um país sem lei nem ordem, a não ser que seja para pagar impostos, e mesmo nesse caso...

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  2. Esta é uma das maiores vergonhas da nossa cidade! A quantidade de chafarizes que estão ao abandono, muitos deles parcialmente destruídos, chega a roçar o criminoso!
    Não há dinheiro?
    Mas há para construir laguinhos em frente ao novo Terminal de Cruzeiros, que por acaso fica a escassos metros do rio!

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  3. Caro Anónimo,

    Obrigado pelo seu comentário que em grande medida subscrevo.

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  4. É uma vergonha e um escândalo o estado dos chafarizes em toda a cidade de Lisboa. É só passar, por exemplo, na zona de Alfama e ver o estado de desleixo e abandono em que estão os chafarizes de Dentro e o de Fora (vindo do século XIII). A CML em conjunto com a EPAL e com o apoio de mais alguns mecenas não poderia recuperar todos estes chafarizes belíssimos e com tanta história, a fim de serem integrados em circuitos turísticos que mostrassem o rico património que os nossos antepassados nos legaram e que tão mal cuidamos ??

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  5. MAGNÍFICO !!
    Tenho de o ver este fim de semana, embora não seja esclarecido bem onde é.
    Que tal o Fórum organizar uma visita pelos chafarizes de Lisboa, ou umas conferências de divulgação ?

    A questão não é de falta de dinheiro, pois ele é gasto aos MILHÕES na Ribeira das Naus e outras obras de abandalhamento da Cidade, transformada numa disneyland de 3ª categoria. Grotesco e que desvia os turistas dos monumentos e museus. Grotesco, só falta a estátua de António Costa montado a cavalo ao centro, nesse Terreiro dos Porcos que tão mal cheira e com ondas negras de poluição onde os turistas sujam os pés, aliás um atentado à higiene urbana.

    E há dinheiro para esse novo ATENTADO a nova Gare Marítima de Alfama, entregue aos TURCOS (?)

    Assim como o patético e novo-rico Mercado da Ribeira, outra MACHADADA no comércio e restauração de rua na Baixa e cidade.

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