Convite: plantação de árvores dia 1 de Fevereiro às 11:30 no Cemitério do Alto de São João

Uma iniciativa do projecto cívico 100 ANOS 100 ÁRVORES - CENTENÁRIO DA GRANDE GUERRA.

Em breve mais tropelias à cidade histórica?



Hoje.
Amanhã?
Fotos: Arq. MAS, projecto para a Calçada Salvador Corrêa de Sá, nº 1.

"Lisboa Histórica, Cidade Global” a Pat.Mundial UNESCO - proposta ao Vereador MS de criação de estrutura consultiva


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado

No seguimento da aprovação em Reunião de CML de 13.01-2016 da Proposta nº 1/2016 relativa àpreparação de uma candidatura da “Lisboa Histórica, Cidade Global” ao Património Mundial da UNESCO, decisão com que muito nos congratulamos e para cuja concretização desejamos o maior sucesso, somos a sugerir a V. Exa., Senhor Vereador, a constituição de uma estrutura consultiva na CML, sob a forma de Conselho Consultivo ou de outra que melhor convir, a ser constituída por representantes dos pelouros envolvidos e pela sociedade civil, designadamente por personalidades e especialistas, a título individual ou enquanto representantes de organismos ligados ao património e à cidade (DGPC, ICOMOS, APAP, etc.), cuja missão será a de monitorizar aquela candidatura pela validação de inventários/relatórios/etc. da CML em termos do território envolvido na presente candidatura- «Cerca Fernandina, os núcleos de Santa Clara, São Vicente e Mouraria, os colégios jesuítas de Santo Antão-o-Novo e o Noviciado da Cotovia, o Bairro Alto e o Mocambo, a Frente Ribeirinha entre o Cais do Sodré e Santa Apolónia, e os miradouros de valor mais relevante na cidade» -, de modo a que o trabalho sai mais reforçado em sede de comissão CML-UNESCO.

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Miguel de Sepúlveda Velloso, Pedro Ribeiro, Beatriz Empis, Pedro Henrique Aparício, Luís Marques da Silva, Mariana Ferreira de Carvalho, Jorge Santos Silva, Irina Gomes e Júlio Amorim

CHAFARIZ DA COVA DA MOURA NA AVENIDA INFANTE SANTO



O Chafariz da Cova da Moura em 1950

O Chafariz da Cova da Moura na atualidade

Venho aqui apresentar a comunicação que proferi na reunião pública da Câmara Municipal de Lisboa de 27 de Janeiro de 2016 e que mereceu por parte do Sr. Vereador Manuel Salgado a promessa de que a recuperação do Chafariz da Cova da Moura e a sua possível integração no jardim previsto para o Geomonumento que o contém, iriam ser estudadas e tidas em consideração. Estas são , para já, boas notícias.

Exmo. Sr. Presidente da Câmara Municipal de Lisboa
Exmos. Srs. Vereadores
Minhas Senhoras e meus Senhores

Sou João Pinto Soares e aqui represento a Associação Lisboa Verde

Pretendo chamar a atenção de Vexas. Para o estado atual do Chafariz da Cova da Moura na Avenida Infante Santo e para a necessidade urgente da sua recuperação, bem como da salvaguarda do geomonumento que o contem, para usufruto dos Lisboetas.

O Chafariz da Cova da Moura, mandado fazer por aviso de 9 de Fevereiro de 1786, adossado ao Aqueduto das Águas Livres, que o alimentava, abastecia o quartel da Cova da Moura, existente na antiga Rua da Torre da Pólvora, tendo ambos (quartel e rua) sido demolidos em 1939 para dar lugar à abertura da Av. Infante Santo.

Encontra-se situado no afloramento calcário com sílex (Cenomaniano, com cerca de 97 milhões de anos) aceite como Geomonumento pela Câmara Municipal de Lisboa, em protocolo estabelecido com o Museu Nacional de História Natural, em 22 de Junho de 1998, como ocorrência geológica a preservar. Este afloramento é delimitado pela Calçada das Necessidades e Av. Infante Santo, Freguesia da Estrela.

O Aqueduto das Águas Livres está classificado Monumento Nacional por Decreto de 16 de Junho de 1910, publicado a 23 de Junho de 1910.

O Chafariz da Cova da Moura, sendo abastecido pelo Aqueduto das Águas Livres através duma galeria que o liga ao sistema principal, faz assim parte integrante do Aqueduto das Águas Livres pelo que se encontra classificado pelo Decreto n.º 5/2002, DR. 42, 1ª série – B de 19-02-2002, como Monumento Nacional (MN). Decreto que alargou a classificação do Aqueduto das Águas Livres aos seus aferentes e correlacionados.

Embora classificado Monumento Nacional, o Chafariz da Cova da Moura encontra-se há muito abandonado e entregue à degradação provocada pelos elementos naturais e pela incúria do homem, sendo inserto o seu futuro, já que existe um projeto urbanístico para o geomonumento que o contem e sua zona envolvente, tendo-se iniciado já as obras para a construção do parque de estacionamento subterrâneo para automóveis na Rua Embaixador Teixeira de Sampaio e Av. Infante Santo (Proc. 40/EDI/2011 – Alvará n.º 17/CE/3014), investimento conjunto da Empark e do Hospital CUF Infante Santo, da José de Melo Saúde .

Tais obras configuram a fase inicial de um processo que engloba também, por um lado, a construção de um elevador de ligação à Calçada das Necessidades, a construção de um jardim sobre o geomonumento, e por outro, a construção de habitações na parte da Calçada das Necessidades, nos. 8-8A e 10-10A, projetos em estudo na CML.

Porque quanto ao Chafariz da Cova da Moura, embora Monumento Nacional, nada é referido, a Associação Lisboa Verde vê com grande preocupação a resposta da Câmara Municipal de Lisboa ao requerimento do Gabinete dos Vereadores do PCP, de 11 de Março de 2015, referente à possível recuperação do Chafariz da Cova da Moura.

De facto, tal resposta, parece estar de acordo com os pareceres de diversas entidades que, tendo como obrigação a defesa do património nacional, em vez de propor a recuperação do Chafariz da Cova da Moura, preconizam a sua demolição, tendo como fundamento o estado de ruína.

Lembramos que no ano de 1878 também parte do Mosteiro dos Jerónimos esteve em ruinas e nem por isso foi demolido, antes recuperado. Assim, o chafariz da cova da Moura , embora tenha sofrido os efeitos desgastantes da passagem dos anos, sem qualquer intervenção, está em condições de poder ser recuperado, assim haja vontade para o fazer.

Não queremos acreditar que o desenvolvimento da urbanização agora em curso seja a causa da impossibilidade de recuperação do Chafariz da Cova da Moura.

Termino apelando a Vexas. Para que não permitam a demolição do Chafariz da Cova da Moura, antes procedam à sua rápida recuperação, impedindo a repetição dos atropelos verificados no local no tempo do Estado Novo , quando em Setembro de 1949 se procedeu à dinamitação dos arcos do Aqueduto para a passagem da Av. Infante Santo. Não queremos que o tempo volte para trás.

Juntamos fotografias do estado atual do Chafariz da Cova da Moura e do que ele era em 1950, quando da abertura da Av. Infante Santo.

Obrigado pela vossa atenção.

João Pinto Soares
Lisboa, 27 de Janeiro de 2016

É urgente que este espaço único em Lisboa, cujo passado não merecia o que foi presente até há pouco, seja classificado de Interesse Público!


«É com preocupação e tristeza que damos conta do encerramento de um dos restaurantes mais bonitos de Lisboa, a Cervejaria SOLMAR. Urge chamar à atenção para a necessidade de preservação deste magnífico local. Expressando desejos de que reabra, bem conservada e com nova dinâmica, fundamental à Rua das Portas de Santo Antão.» in Cerâmica Modernista em Portugal(facebook)

Jardim de Santos com grade? Diga de sua justiça!


No seguimento das notícias vindas a público (https://www.publico.pt/local/noticia/jardim-de-santos-vai-ser-vedado-para-impedir-acesso-a-noite-1721498) dando conta de que se pretende "enjaular" o Jardim Nun' Álvares, vulgo Jardim de Santos, numa "solução" fácil e rápida para o problema incontrolável da imundície e do vandalismo de que padece há alguns anos e que se tem vindo a agravar nos últimos 2-3 anos, numa "solução" que será sempre inadequada, porque artificial, feia, porque ninguém pode acreditar que se ali se vá erguer uma grade (ainda por cima dizem que provisória) a imitar as que se colocavam no século XIX, além de que não se "enjaulam" jardins-praça-ilha como o presente - os gradeamentos, regra geral, são para jardins de canto ou de beco, ou de lotes sui generis como os de Boto Machado, no Campo de Santa Clara, e da Estrela, pelo que em locais isolados como o presente, é surreal tal opção e ridícula, tendo o jardim menos de 1/2 hectare de área, pelo que é preciso fazer a sua voz a quem de direito.

Mande-nos a sua opinião para forumcidadanialx@gmail.com para que nós a enviemos à CML, à AML e à JF, ou faça-o directamente para o Presidente da CML (gab.presidente@cm-lisboa.pt), o Vereador Manuel Salgado (gab.manuel.salgado@cm-lisboa.pt), a AML (aml@cm-lisboa.pt) ou a Junta de Freguesia da Estrela (geral@jf-estrela.pt).


(foto de Joshua Benoliel, Arquivo Municipal de Lisboa)

Em prol do Jardim de Santos:



A intervenção de Miguel Velloso, representando a Plataforma em Defesa das Árvores, na sessão de anteontem da AML

Castelo de S. Jorge: Sofreu a visita de 1,5 milhões de pessoas em 2015















Apesar de se ter aumentado significativamente o número de postos de venda, a verdade é que o Castelo não aguenta mais visitantes - são cada vez mais os dias em que o monumento ultrapassa a sua capacidade de carga e o mesmo se passa com outros pontos da cidade como Belém ou o Bairro ALto... é urgente que Lisboa trabalhe para um Turismo sustentável e que seja mais positivo para todos e não apenas para alguns e com impactos negativos para muitos. Turismo deve ser Cultura e não apenas uma acto de Economia. Como será o ano de 2016 para Lisboa na área do Turismo? Mais turistificação cega? Mais tuk-tuks? Mais Alojamento Local? Mais Hoteis na Baixa? Mais "Turismo à solta"?

27/01/2016

Que trapalhada monumental esta, a do golfinho, mas tudo do supremo "interesse excepcional", claro:


In Público (27.1.2016)
Por Inês Boaventura e José Manuel Cerejo

«Ampliação de restaurantes na frente ribeirinha de Belém foi embargada

Último projecto apresentado pelo promotor volta a ter uma ponte em forma de golfinho. Decisões da câmara contrariam alternativa aprovada pelos seus serviços. Explicações de Salgado contrariam condições impostas pelos mesmos serviços.

A polémica obra de ampliação dos antigos restaurantes BBC e Piazza di Mare, na frente ribeirinha de Belém, foi embargada pela Câmara de Lisboa “por incumprimento do que está no projecto”. Às 18h30 desta quarta-feira, porém, ainda estavam a trabalhar na obra, à luz de projectores, meia dúzia de operários ocupados na montagem de cofragens.

O anúncio do embargo foi feito por volta das 16h30, pelo vereador do Urbanismo, Manuel Salgado, que respondia a perguntas do PCP, durante uma reunião pública do executivo camarário. Já no fim da reunião, o autarca disse aos jornalistas que o embargo foi determinado na sexta-feira e que se aplica a toda a obra, pelo que não era admissível que houvesse trabalhos em curso. “Vou ser implacável, como sempre que há situações destas”, garantiu.

Na quarta-feira da semana passada, o PÚBLICO noticiou as aparentes discrepâncias entre o projecto aprovado e a obra em curso, dando conta de que a sua dimensão tem surpreendido quem por lá passa. Na véspera, a autarquia informara que o requerente “foi convidado a apresentar as alterações introduzidas para serem apreciadas, sob pena de embargo da obra”.

Nessa altura, os serviços do vereador do Urbanismo acrescentaram, por escrito, que não havia qualquer aumento da superfície de pavimento, pelo contrário, havia “diminuição”. Os incumprimentos dos projectos, garantiram, verificavam-se “apenas no que concerne à altura de caixa do elevador do edifício”.

Esta quarta-feira, Manuel Salgado afirmou que o Plano Director Municipal estabelece para o local “uma altura máxima” de “dez metros”. Segundo disse, uma vistoria feita pela câmara permitiu concluir que “um dos edifícios está com 10,4 metros e noutro a caixa do elevador subiu 1,1 metros” acima do permitido. Além disso, notou, “foi acrescentada parte de um piso em cave”. Face a isso, anunciou que “a obra foi embargada por incumprimento do que está no projecto”.

Também suscitada pelo vereador Carlos Moura foi a questão das árvores existentes junto àqueles dois edifícios. Como o PÚBLICO noticiou, reportando-se a informações dadas pelo assessor de imprensa do vereador José Sá Fernandes, a autarquia já autorizou o abate de dez exemplares “com problemas fitossanitários”. De acordo com a mesma fonte, outras seis árvores serão podadas, ficando onde estão apenas aquelas que “não interferirem com a obra”. Estas últimas serão deslocadas.

Carlos Moura deu conta da sua estranheza com a informação de que haveria no local árvores com problemas fitossanitários, considerando curioso que eles não tivessem sido identificados aquando da discussão do projecto de arquitectura. “Repentinamente as árvores passaram a padecer de doença súbita”, comentou.

Na resposta, Manuel Salgado disse que também desconhecia a situação das árvores, acrescentando que procurou obter explicações sobre o assunto junto do director municipal responsável. “Há efectivamente árvores doentes”, disse o vereador, sem indicar um número. Além disso, informou que “três árvores ficaram danificadas nas raízes durante a montagem do estaleiro”. “Dei ordem para que fosse imputada uma coima ao empreiteiro”, assegurou.

Segundo o autarca, há outras “três ou quatro árvores” que “têm que ser plantadas noutro local porque colidem com um passadiço de madeira que foi aprovado”. “Acho estranho”, confessou, admitindo que não se apercebeu disso quando estudou o projecto que a câmara aprovou.

Ninguém se entende

As declarações de Salgado sobre a necessidade de transplantar algumas árvores por “colidirem” com o passadiço aprovado para ligar os dois edifícios coincidem com o sentido da informação do gabinete de Sá Fernandes. Mas colidem frontalmente com o que está aprovado no processo da obra desde Julho passado.

Na sequência da controvérsia causada pelo facto de o projecto prever a ligação dos edifícios através de uma estrutura aérea com a forma de golfinho, Manuel Salgado retirou a proposta de aprovação de licenciamento da obra da reunião de câmara de 13 de Maio do ano passado e os processos regressaram aos serviços.»

Programa Lojas com História


E-mail enviado hoje pela União das Associações do Comércio e Serviços dirigido aos Srs. Vice-Presidente Duarte Cordeiro com conhecimento do Sr. Presidente da CML e Srs. Vereadores Manuel Salgado e Catarina Vaz Pinto. Fazemos votos para que dê resultado:

Não se enjaulam jardins-praça-ilha ...


O Jardim de Santos em 1911, fotos de Joshua Benoliel (fonte: Arquivo Municipal de Lisboa). Que giro será enjaulá-lo, fácil e rápido, com certeza, Pilatos não o faria melhor, mas nunca bonito, pois ninguém pode acreditar que outrem faça uma grade a imitar antiga, além de que não se enjaulam jardins-praça-ilha.

Humm, uma solução à magiar,


In Público Online (26.1.2016)
Por Inês Boaventura

«Jardim de Santos

“Não tenho outra solução. Preciso de defender o jardim das investidas nocturnas”, argumenta o presidente da Junta de Freguesia da Estrela. Em 2014, a Assembleia Municipal de Lisboa chumbou uma recomendação no mesmo sentido.

A Câmara de Lisboa vai construir um gradeamento em torno do Jardim de Santos, que passará a estar encerrado durante a noite. O presidente da Junta de Freguesia da Estrela apoia há muito esta medida, por acreditar que é a única que permitirá “defender o jardim das investidas nocturnas”.

Em Setembro de 2014, a possibilidade de se construir “um gradeamento em altura” que permitisse fechar o Jardim Nuno Álvares a determinadas horas já tinha sido discutida na Assembleia Municipal de Lisboa. Na altura, a recomendação apresentada pelo presidente da junta foi chumbada, com os votos contra do PS, do PCP e dos independentes e com a abstenção do PEV.

Esta terça-feira o assunto voltou a ser debatido, no âmbito da apreciação de uma petição subscrita por 256 pessoas. Nela diz-se que o jardim conhecido como Jardim de Santos “encontra-se a um passo da sua iminente destruição”, acrescentando-se que tal é “reflexo de um condenável e danoso desinvestimento dos órgãos autárquicos em matéria de defesa e recuperação das estruturas verdes da capital”.

Os signatários afirmam que desde 2013, ano em que este espaço foi objecto de uma requalificação, “nada foi feito nem pela Junta de Freguesia da Estrela nem pela Câmara de Lisboa para pôr termo ao imparável processo de degradação e destruição deste emblemático espaço verde”. Face a isso, pedem aos órgãos autárquicos que concretizem, “com carácter de urgência”, um conjunto de medidas, como a “renaturalização do jardim” e “a constituição de equipas de jardinagem permanentes”.

Na apresentação da petição, Miguel Velloso, que interveio na qualidade de primeiro subscritor e membro da Plataforma em Defesa das Árvores, disse que hoje o espaço “de jardim não tem nada”. Entre outros aspectos, este cidadão criticou o estacionamento “por todo o lado, inclusivamente no jardim” e o facto de a junta permitir a instalação no local de “carrinhas de comes e bebes”.

A petição foi saudada por alguns eleitos da assembleia municipal, mas não caiu bem ao presidente da Junta de Freguesia da Estrela, que confessou tê-la recebido com “enorme espanto e alguma indignação”. Na sua intervenção, Luís Newton frisou que há cerca de um ano apresentou à população e à câmara um projecto para requalificar o jardim, que não avançou porque alguns moradores se opuseram.

“Como se atrevem a escrever que a junta nada tem feito?”, perguntou repetidas vezes, garantindo aos presentes que “a junta não desistiu do Jardim de Santos”.

Ao PÚBLICO, Luís Newton explicou que o projecto de que falou, e em cujo financiamento os proprietários dos bares da zona de Santos já se tinham comprometido a participar, incluía a criação de uma vedação em torno do jardim e a instalação de um parque infantil no seu interior. O autarca garante que essa proposta foi “bloqueada” por “um conjunto de moradores”, acrescentando que com isso se perdeu um ano e “uma oportunidade de ouro”.

Aquilo que está agora em cima da mesa é uma intervenção no Largo de Santos, no âmbito do programa camarário Uma Praça em Cada Bairro. De acordo com aquilo que foi transmitido esta terça-feira, essa intervenção deverá ter início até Março, prevendo-se que esteja concluída no fim do ano.

Segundo Luís Newton esse projecto recupera a ideia do parque infantil, bem como a da vedação, além de permitir um alargamento das zonas pedonais e a instalação de um quiosque. A proposta que está em cima da mesa é que o jardim passe a estar encerrado entre as 23h e as 7 ou 8 da manhã, num horário que o autarca do PSD admite que possa ser diferente consoante a estação do ano.

“Nesta situação não tenho outra solução. Preciso de defender o jardim das investidas nocturnas”, diz o presidente da junta, sublinhando que “não é possível manter um jardim que todas as noites é violentamente dizimado”. “Entre encerrar e o estado actual, escolho encerrar”, acrescenta, admitindo se todos tivessem “uma atitude cívica” isto não seria necessário.

Quanto às carrinhas que vendem comidas e bebidas, e cuja actividade é licenciada pela junta, Luís Newton diz que elas trazem “calma” ao espaço, funcionando como “elemento dissuasor” de determinado tipo de comportamentos por quem sai à noite na zona

...

Humm, uma solução à magiar, colocar arame farpado a impedir os refugiados. Vedação do quê? Uma rede de capoeira como a CML colocou nos geo-monumentos? Uma vedação à anos 10 do século XX, que é de quando data o jardim? Uma vedação modernaça em ferro? Uma vedação em sebe alta? Pois... Mas como entre o querer e o ir vai uma grande distância, aguardemos.

26/01/2016

Ex-edifício dos CTT


Chegado por e-mail:

«Boa tarde,

A CML continua a espantar-me. Como é que isto é possível? Será que não existe um plano de promenor? O antigo edifício dos CTT, pintado de cinzento e com a cobertura modificada, tem agora no seu topo estas belíssimas máquinas de ar-condicionado da LG. Vivemos numa república das bananas.

Cumprimentos

Samuel Rodrigues»

25/01/2016

Postais da Praça do Comércio

 Flores de Plástico...
 Museu da Cerveja?!
Monumento Nacional?!

Nova demolição: Avenida Almirante Reis 35 / Regueirão dos Anjos 2 a 18


Exmo. Vereador do Urbanismo
Arquitecto Manuel Salgado


Vimos chamar a vossa atenção para a demolição a decorrer desde Dezembro de 2015 do imóvel sito na Avenida Almirante Reis 35 / Regueirão dos Anjos 2 a 18, onde existiu a Pensão Castromira (ver imagem do Arquivo Municipal Fotografico).

Observamos, com indignação, que apesar de se ter anunciado "obras de ampliação e adaptação" do existente para o converter em unidade hoteleira de 3 estrelas, se está afinal a demolir integralmente o edifício, tendo sido já desaparecido 3 pisos, conforme mostram as imagens de ontem e que anexamos.

Lamentamos que se continue a destruir o património arquitectonico da cidade, e mais uma vez debaixo do argumento da actividade turística, quando o alojamento para o "Turista" deveria fazer bandeira das boas práticas de reabilitação do património da cidade a quem afinal deve tudo.

Assim, e dado que no passado recente, e nesta mesma avenida, já denunciámos demolições ilegais (ex: edifício de gaveto com a Praça João do Rio), solicitamos ao Pelouro do Urbanismo que informe os cidadãos se de facto aprovou mais esta demolição integral ou se estamos perante um acto de vandalismo cultural e de desrespeito à Câmara Municipal de Lisboa.

Com os nossos melhores cumprimentos,

​Paulo Ferrero, Fernando Jorge e Luís Marques da Silva​

Lisboa, 5 de Janeiro de 2016

Imagem de Arquivo: Pensão-Castromira-1968_Av.Almirante Reis_Goulart_João Hermes Cordeiro.jpg

...

Resposta do Sr. Vereador Arq. Manuel Salgado:

Enquanto isso, digamos adeus a mais outro LES:


Enquanto isso, mais um Lisboa Entre-Séculos com certidão de óbito passada, imagino que por despacho sem ir a reunião de CML. Aos poucos vais tudo, "maldita" construção de finais do XIX, princípios do XX: http://www.imovirtual.com/…/edificio-localizado-na…/4719682/). Obrigado pelo alerta, Alexandre Marques da Cruz!

Lá vem mais zinco e pvc para a Baixa...


Lá vem mais zinco e pvc para a Baixa: http://www.portadafrente.com/s…/product/bela-da-rainha-32069 ... claro que o que lá estava era quase zero... mas, que diabo, podia ser menos plastificado, não? Unesco? LOL. (fonte: Martim Galamba)

22/01/2016

Esta árvore-monumento do Jardim da Parada vai ser podada no dia 22 Fevereiro e teme-se o pior!


Taxodium distichum (L.) Richards . Lisboa -Jardim da Parada
Árvore classificada de interesse público em 1947 .
Dimensões segundo Ernesto Goes em Árvores Monumentais de Portugal: 5.60m P.A.P., 27m. Altura, 24m. de diâmetro de copa.

Foto e ficha: Blog de Cheiros

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Diz quem sabe que já em 1947 esta árvore tinha um porte imenso. É evidente que não se deve podar esta árvore. Além do mais, nesta época do ano a árvore tem sempre muitos ramos aparentemente secos, e os amigos da serra eléctrica podem pensar que os ramos estão a morrer e aproveitar para cortar.

Srs. MORADORES: OPONHAM-SE à poda desta árvore centenária e ex-libris de Campo de Ourique. Se a destruírem, será um crime patrimonial sem tamanho.

21/01/2016

Demolindo Lisboa: Rua da Madalena 135-137


















"Luxo Barato à moda Lusitana", a quanto obrigas. "Reabilitação à moda de Lisboa" a quanto obrigas... Fotos: verão de 2015

Onde está a Torre da Péla?


In O Corvo (21.1.2016) Texto: Isabel Braga
Fotografia: Paula Ferreira

«Na encosta poente do Martim Moniz, à Rua do Arco da Graça, fica a única das sete dezenas de torres da muralha fernandina que ainda permanece de pé. Mas ninguém dá por ela, perdida no meio da urbanização da EPUL recentemente ali construída. O Corvo recorda a história desta peculiar construção.

A Torre da Péla, parte integrante da chamada Cerca Nova ou Cerca Fernandina e a única torre que resta das mais de setenta que faziam parte desse sistema defensivo da cidade de Lisboa construído no último quartel do século XIV, passa quase despercebida na encosta ocidental do Largo do Martim Moniz.

É que, quase encostada à torre, está a parede de um prédio de uma urbanização da EPUL, 130 apartamentos divididos por cinco blocos, cuja construção, autorizada no tempo em que João Soares era presidente da Câmara Municipal de Lisboa, se arrastou desde 2003, num processo controverso e acidentado, que incluíu a falência do empreiteiro e várias alterações ao projecto.

Aparentemente, não foi respeitada qualquer zona de protecção em volta da Torre da Péla – que, no caso dos monumentos nacionais, é de 50 metros. Neste caso, haveria ainda que respeitar uma zona especial de protecção de 180 metros, contada a partir da primeira, em que construção tem que ser vistoriada e o projecto aprovado pela Direcção-Geral do Património Cultural.

O problema será, também, burocrático, uma vez que a Torre da Péla não está classificada como Monumento Nacional. Pelo menos, não aparece inscrita na lista dos monumentos nacionais de Lisboa, apesar de ser o vestígio mais avultado da muralha mandada construir pelo rei Dom Fernando depois de a antiga cerca moura ou cerca velha se ter revelado inútil para proteger os novos bairros que, em meados do século XIV, tinham já surgido na capital, fora desse perímetro. [...]»

...

Como assim, a Cerca Fernandina não é, ela toda, MN?

Lá vai mais um, ainda sem nada aprovado, é assim este país :-(


Então, estão já a estropiar um prédio, aparentemente, pombalino, na Rua Cruz da Carreira, 28-30, juntinho juntinho ao Conjunto de Interesse Público do antigo Hospital Miguel Bombarda, aliás, em plena Zona Especial de Protecção; estropiando já o logradouro, com aumento significativo da cércea, e estão a fazê-lo sem projecto ainda aprovado na CML... a qual, aliás, não se entende como pode vir a aprovar tal coisa...?! Que país é este?

Fotos: Ass. Port. Arte Outsider

...

Entretanto, novos desenvolvimentos e... nada há a fazer, pois as inefáveis CML e comissão de apreciação trataram este caso "com chapa 5" mais uma vez, foi tudo aprovado e deferido com demolição do interior para construção de 6 fogos (1 T1 e 5 T2) com pseudo-manutenção da fachada que, conforme alçados abaixo, é como se fosse demolida. O projecto deu entrada em 10/02/2015. Em 28/04/2015 foi Aprovado. Em 03/12/2015 foi Deferido. RIP.