04/12/2017

Enquanto isso, comemorou-se a Restauração em Santa Helena desta forma:


Sem arqueólogos nem fiscais (era feriado), deitaram abaixo mais fachadas do palácio de Santa Helena, e como a obra tinha "licença especial", ficou tudo assim, as paredes onde estavam os azulejos, simplesmente, desapareceram, pelo que a voltarem (os azulejos) serão colocados em paredes fake, but who cares? No chão do pátio do Palácio ainda se pode observar no chão o que resta dos silos do tempo do Rei Dom Dinis, e que em parte já foi destruído pela obra, e que ainda vai ser destruído o restante com a construção do parque subterrâneo, com duas caves até ao piso -2, abaixo da cota soleira. Again, who cares?
(fotos de JS)

24 comentários:

  1. Nós por cá.

    ResponderEliminar
  2. Se alguém necessita de tópico para tese universitária aqui fica este com "case studies" inesgotáveis:

    "The portuguese methodology for the destruction of the built heritage"

    ResponderEliminar
  3. E a casa vai abaixo! Supostamente protegida, mas por quem?

    ResponderEliminar
  4. Que vergonha! Este assunto devia ser devidamente investigado, antes do facto estar consumado.

    ResponderEliminar
  5. O local é de excelência, disso não há dúvidas. Há muito oportunismo na área do licenciamento...

    ResponderEliminar
  6. Mas é disto é que os dos "vistos gold" gostam, pagam milhões! E os nossos arquitectos Pritzquers e afins sempre a encher os bolsos.

    ResponderEliminar
  7. Mandei e-mail à empresa que explora este projecto urbanístico. Responderam-me dizendo que demolirem as antigas cocheiras mas o resto foi preservado.

    ResponderEliminar
  8. Toda a gente sabe que um projecto antes de arrancar tem que ser Licenciado,passando por uma data de entidades.
    Quando intervém em Património, os cuidados ainda são maiores.
    Vejo muita gente que opinar, sem grande conhecimento de causa.
    Parecem tipicos treinadores de bancada que gritam para o banco sem conhecer como foi a semana de treinos da equipa....

    ResponderEliminar
  9. Anónimo da 1:17, investigado por quem???

    A culpa neste país morre sempre solteira. Se for gente graúda, então, nem é preciso dizer nada, exemplos não faltam!

    ResponderEliminar
  10. Nova maneira de preservar!

    ResponderEliminar

  11. Esquecido pelos media controlados, do séc. XXI !!

    Uma CML de esquerda ????

    ResponderEliminar
  12. Bela recuperação de um imóvel inventariado.
    Esta Câmara Municipal de Lisboa é a mais lesa património que há memória! Haja alguém que ponha termo a este descalabro.
    Haja vergonha! Sempre é preciso ter uma grande lata! Belo pelouro de urbanismo! E a oposição não diz nada? Neste processo há claros incumprimentos do PU e do PDM, são evidências que saltam à vista do senso comum. Não haverá técnicos sérios na Câmara Municipal de Lisboa? Este pelouro de urbanismo serve o nosso património de bandeja aos oportunistas e especuladores.

    ResponderEliminar
  13. Isto é demais! Não haja dúvida que o pelouro do urbanismo da CML está em boas mãos: Vereador Manuel Salgado e companhia Lda.

    ResponderEliminar
  14. Mais um caso em que os instrumentos de gestão territorial ficaram na gaveta. Completamente ultrapassados...

    ResponderEliminar
  15. Pedro Neves9:58 da manhã

    Isto é a chamada "Reabilitação Urbana", nem em Caracas se faria melhor!

    ResponderEliminar
  16. Belo embuste!

    ResponderEliminar
  17. Não havia mais nada para preservar? Apenas duas ou três fachadas, para enganar tolos.
    Mestres em reabilitação não haja dúvidas.

    ResponderEliminar
  18. Grandes especuladores imobiliários, verdadeiros ilusionistas com as regras dos instrumentos de gestão territorial. Verdadeiros malabaristas!

    ResponderEliminar
  19. Há aqui um erro urbanístico de fundo: Há um claro afastamento do que estava previsto no Plano de Urbanização em vigor - Equipamento. A obra em causa é uma obra de impacto relevante que consubstancia um clarissimo agravamento face ao uso original-Habitação unifamiliar. A operação urbanística licenciada consolida o uso habitacional, através de ampliação e transformação em condominio de luxo. Há agravamento do uso habitacional e um afastamento do previsto no plano que tinha este edificio na carta de equipamentos públicos.
    Ou seja, de acordo com o Plano de Urbanização em vigor, este edifício, pelas suas características de localização e não só, destinava-se a usufruto público. Não me parece que tenha sido esse o fim dado. Esta obra em curso,com a conivência do pelouro de urbanísmo da CML, lesa de forma clara o interesse público. Benéficia única eexclusivamente os interesses especulativos do promotor e pejudica também a silhueta da cidade.

    ResponderEliminar
  20. Clarissímo desvio do interesse público. Claro oportunismo imobiliário.
    Óbvia violação do Plano de Urbanização em vigor. E isto é uma evidência, sejam quais forem os malabarismos utilizados...Valerá a pena ver este lecenciamento à lupa, bem como a sua fundamentação...

    ResponderEliminar
  21. Caso a ampliação no logradouro, seja à custa de construções clandestinas, o caso parece-me ser ainda mais grave.
    Não tenho dúvidas que este licenciamento deve ser visto à lupa!

    ResponderEliminar
  22. O edifício era interessante.Resta quase nada, apenas salta à vista a localização excecional e a sua usurpação pelos especuladores imobiliários com a conivência do pelouro de urbanismo da Câmara Municipal, que há muito muito tempo, deixou de proteger e preservar o interesse público, como se impunha. Assim não! Não chega dizer que se cumpre o plano eficaz é preciso que se cumpra mesmo, sem este tipo de cedências aos especuladores imobiliários. Veja-se este licenciamento à lupa, são vários os incumprimentos que saltam à vista. Resta sabe porquê e para quê tanta cedência!

    ResponderEliminar
  23. Há um claro agravamento do peso do uso habitacional: quer seja pelo aumento do superfície de pavimento consignada a esse uso, quer seja, pelo aumento volumétrico, quer seja, pelo significativo aumento do número de frações habitacionais. Nenhum dos agravamentos enunciados era possível à luz do plano eficaz. Só seriam regulamentares dois caminhos: manutenção da situação original, sem qualquer tipo de agravamento (mera obra de restauro sem ampliação) ou transformação em equipamento público, como previsto no Plano de Urbanização eficaz. Não me parece que caminho seguido, tenha qualquer tipo de cabimento regulamentar. Esta operação urbanística pode ser anulada. Ainda que também possam ser referidas outras irregularidades, como sendo, o sistema de vistas do PDM ou a ampliação à custa de construções clandestinas...

    ResponderEliminar
  24. Ampliação à custa de construções clandestinas? No mínimo parece que este promotor não pagou a TRIU devida. Este licenciamento, teve o diferencial com a pré-existência reduzido artificialmente, para que não fosse cobrada a TRIU devida e para que o processo não fosse submetido a Sessão de Câmara. Afinal o Vereador Manuel Salgado pode ter decidido um processo para o qual na realidade não tinha competência. Este licenciamento deve ser visto à lupa, são demasiados erros num só processo. Erros que lesam o interesse público e indiciam um claro e intencional favorecimento de um particular.Sai também ferido o dever da equidade a que a CML está obrigada.
    É urgente ver este licenciamento à lupa, são de asjadas irregularidades juntas.

    ResponderEliminar