1. No seguimento do sentimento de insatisfação de quem habita, trabalha e visita Lisboa e acha que é possível melhor o estado de coisas do nosso ambiente, do nosso património, da nossa habitação, dos nosso transportes, etc., foi criado Sábado passado, dia 29 de Janeiro, o movimento/plataforma/federação "Forum Cidadania Lisboa".
2. O "Forum Cidadania Lisboa" é um espaço livre e aberto a todos que nele se queiram exprimir, individual ou colectivamente. É um espaço de apoio e defesa de causas. De organização de debates, e de acções de protesto. De denúncia de casos, e, acima de tudo, de proposta de soluções.
3. O interface entre "Forum Cidadania Lisboa" e os cidadãos faz-se através do blogue "Cidadania Lx" e do sítio "Cidadania Lx". Aí convergirão informações, contributos e denúncias, e serão divulgados iniciativas e debates. A médio prazo, será equacionada a possibilidade de colocar no ar uma rádio local.
4. Foram apontados os seguintes casos de intervenção imediata do "Forum Cidadania Lisboa":
a) Suspensão imediata da construção de condomínio privado no Convento dos Inglesinhos, propondo a recuperação da traça original e a sua recuperação como centro cultural de todo o Bairro Alto. Propõe-se a sua transformação em escola-museu de artes e ofícios, em regime de semi-internato para alunos (ex. encadernação, dourarão, olaria, latoaria, marcenaria, carpintaria, artes cénicas, estudos olisiponenses, etc.) e fruição pública dosjardins que ainda restam. A igreja de São Pedro e São Paulo, classificada pela DGEMN, deverá ser espaço cultural. Por outro lado, há que garantir o cumprimento da Lei, devendo por isso ser respeitada (o que não acontece neste momento) a não execução de qualquer obra enquanto decorrer a Providência Cautelar, interposta oportunamente.
b) Mobilidade em Lisboa (ex. em relação ao "Túnel do Marquês" foi pedida a conclusão imediata do desnivelamento da Joaquim António Aguiar e a conclusão da obra no final da Rua Castilho (nunca passando pela Rotunda do Marquês; foi pedida a criação de uma zona exclusiva para circulação automóvel na Baixa da cidade, etc.)
c) Evitar a especulação imobiliária nos terrenos da Feira Popular, promovendo ali um espaço verde, no seguimento do corredor verde proveniente do Jardim do Campo Grande. Há cimento armado a mais em Lisboa, e espaços verdes a menos.
d) Denunciar a construção de um edifício, pela Embaixada da China, na Lapa, onde mais uma vez se atenta contra o patrimónin e desrespeita Lei; num edifício protegido pelo Ippar, está a construir-se um complexo em plenos jardins. Ontem foi a Embaixada Britânica, hoje é a Embaixada da China. Amanhã será qual?
e) Finalmente, sobre a “Petição da Casa de Almeida Garrett”, que decorre em http://www.petitiononline.com/casaag/petition.html , a mesma irá ser entregue à CML, ao Ippar e ao Instituto Camões, no próximo dia 4 de Fevereio, 6ª Feira, data em que fará 206 anos que nasceu Garrett.
PF
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
31/01/2005
28/01/2005
Vergonha no Bairro Alto, ou para que serve uma Providência Cautelar?
Segundo os promotores do abaixo-assinado pela preservação do Convento dos Inglesinhos, deu já entrada no tribunal um pedido de providência cautelar, o que é uma boa notícia.
Mas, enquanto se aguarda pelo início do julgamento as obras de demolição continuam à socapa, com demolições e camiões a retirar entulho. Só os jardins parecem escapar à raiva do camartelo.
VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA!
Para que serve uma providência cautelar?
Para que serve os moradores terem juntado 900 € para as custas do tribunal?
Para que serve o empenho gratuito de advogados?
PF
Mas, enquanto se aguarda pelo início do julgamento as obras de demolição continuam à socapa, com demolições e camiões a retirar entulho. Só os jardins parecem escapar à raiva do camartelo.
VERGONHA! VERGONHA! VERGONHA!
Para que serve uma providência cautelar?
Para que serve os moradores terem juntado 900 € para as custas do tribunal?
Para que serve o empenho gratuito de advogados?
PF
27/01/2005
Reunião de Cidadania por Lisboa, Sábado, dia 29, às 16h, na Livraria Ler Devagar
E se todos os moradores de Lisboa se unissem de modo a que os seus problemas e as sugestões dos lisboetas para os resolver fossem reunidas e sistematizadas de forma a que, pela justeza de argumentos e pela qualidade das propostas, quem de direito tivesse que os solucionar em sintonia com os moradores de Lisboa de forma salutar e continuada?
Que Lisboa é esta em que vivemos? Em que há uma sistemática violação do PDM; em que o estacionamento anárquico subsiste sem que a Polícia ou a EMEL o resolvam; em que o cidadão teima em andar de carro quando podia andar a pé ou de transporte público; em que há um prédio de habitação que cai todas as semanas para dar lugar a um novinho de escritórios; em que o património cultural é dizimado pela força da especulação imobiliária; em que o ar que respiramos é cada vez mais poluído; em que o ruído é insuportável; em que a loja do nosso bairro fecha para dar lugar a mais um balcão de banco; em que o lisboeta passa cada vez mais tempo do seu dia-a-dia no centro comercial mais próximo; em que é uma miragem o poder voltar a tomar-se banho no Tejo, etc., etc..
Pensamos, pois, ser urgente definir linhas de rumo concretas para a resolução dos problemas de Lisboa, que são muitos e que estão em cada esquina, no dia-a-dia de quem a visita, de quem nela vive e trabalha. E que essas linhas sirvam de pacto, de compromisso entre eleitor e eleito, ou melhor, entre quem vive Lisboa e quem a governa.
Mais, queremos denunciar o que está mal. Quem permitiu que estivesse mal? Mas queremos apontar soluções. De forma aberta, clara e participada. Democrática. A cor partidária fica à porta. Lisboa é quem conta. Queremos participar no nosso dia-a-dia.
Nesse sentido, e no âmbito do Fórum Lisboa, vimos convidá-lo(a) a assistir a uma reunião alargada a realizar no próximo Sábado, dia 29 de Janeiro, pelas 16 horas, na Livraria Ler Devagar, no Bairro Alto, com vista à discussão do melhor modo de dar continuidade a este propósito, sabendo que sem o empenho dos moradores (individuais, associações e outros) nada será conseguido.
CONTAMOS CONSIGO!
PF
Que Lisboa é esta em que vivemos? Em que há uma sistemática violação do PDM; em que o estacionamento anárquico subsiste sem que a Polícia ou a EMEL o resolvam; em que o cidadão teima em andar de carro quando podia andar a pé ou de transporte público; em que há um prédio de habitação que cai todas as semanas para dar lugar a um novinho de escritórios; em que o património cultural é dizimado pela força da especulação imobiliária; em que o ar que respiramos é cada vez mais poluído; em que o ruído é insuportável; em que a loja do nosso bairro fecha para dar lugar a mais um balcão de banco; em que o lisboeta passa cada vez mais tempo do seu dia-a-dia no centro comercial mais próximo; em que é uma miragem o poder voltar a tomar-se banho no Tejo, etc., etc..
Pensamos, pois, ser urgente definir linhas de rumo concretas para a resolução dos problemas de Lisboa, que são muitos e que estão em cada esquina, no dia-a-dia de quem a visita, de quem nela vive e trabalha. E que essas linhas sirvam de pacto, de compromisso entre eleitor e eleito, ou melhor, entre quem vive Lisboa e quem a governa.
Mais, queremos denunciar o que está mal. Quem permitiu que estivesse mal? Mas queremos apontar soluções. De forma aberta, clara e participada. Democrática. A cor partidária fica à porta. Lisboa é quem conta. Queremos participar no nosso dia-a-dia.
Nesse sentido, e no âmbito do Fórum Lisboa, vimos convidá-lo(a) a assistir a uma reunião alargada a realizar no próximo Sábado, dia 29 de Janeiro, pelas 16 horas, na Livraria Ler Devagar, no Bairro Alto, com vista à discussão do melhor modo de dar continuidade a este propósito, sabendo que sem o empenho dos moradores (individuais, associações e outros) nada será conseguido.
CONTAMOS CONSIGO!
PF
25/01/2005
P.Mayer, que mais dizer?
Sete anos é o prazo previsto para a construção dos equipamentos culturais do futuro Parque Mayer, orçados em 117,5 milhões de euros, segundo a proposta que amanhã será discutida em sessão plenária do executivo camarário. A proposta, do presidente da autarquia, Carmona Rodrigues, prevê uma permuta dos terrenos da Bragaparques no Parque Mayer pelos terrenos municipais de Entrecampos.
Que dizer de mais este episódio da novela "Parque Mayer"?
Bom só duas ou três coisas:
1. Tudo se mantém como dantes, ou seja, no plano das ideias. Nada é definitivo, após 4x 8 meses prometidos pelo Dr.Santana Lopes.
2. A reabilitação do Parque Mayer parece girar cada vez mais à volta de um negócio, centrado nos terrenos da Feira Popular. Há muito que deixou de ser um objectivo estratégico de rejuvenescimento da zona da Avenida, ou de recuperação de um espaço cultural.
2. Insiste-se na tecla do "projecto de Gehry", quando o que o famoso arquitecto tem é um conjunto de desenhos a partir de ideias. Longe, longe de qualquer projecto.
3. Sete anos é muito tempo (ainda por cima logo "7", a conta da mentira) ... que serão 14x 8 meses prometidos, a juntar às decadas de abandono daquele espaço, por entre mil e uma promessas, mais ou menos quantificadas. Até quando.
Que mais dizer?
PF
Que dizer de mais este episódio da novela "Parque Mayer"?
Bom só duas ou três coisas:
1. Tudo se mantém como dantes, ou seja, no plano das ideias. Nada é definitivo, após 4x 8 meses prometidos pelo Dr.Santana Lopes.
2. A reabilitação do Parque Mayer parece girar cada vez mais à volta de um negócio, centrado nos terrenos da Feira Popular. Há muito que deixou de ser um objectivo estratégico de rejuvenescimento da zona da Avenida, ou de recuperação de um espaço cultural.
2. Insiste-se na tecla do "projecto de Gehry", quando o que o famoso arquitecto tem é um conjunto de desenhos a partir de ideias. Longe, longe de qualquer projecto.
3. Sete anos é muito tempo (ainda por cima logo "7", a conta da mentira) ... que serão 14x 8 meses prometidos, a juntar às decadas de abandono daquele espaço, por entre mil e uma promessas, mais ou menos quantificadas. Até quando.
Que mais dizer?
PF
20/01/2005
Ambientalistas Contra Travessia Rodoviária Algés-Trafaria
Não é só a Liga para a Protecção da Natureza a estar "contra tudo o que faculte a entrada de mais viaturas individuais em Lisboa", eu também estou. Se se quiser avançar com a ponte rodoviária em Algés então façam-se as coisas bem feitas, e não como foi feito com o malfadado túnel do Marquês. Antes de avançarem com adjudicações e sub-contratações, mandem executar um estudo de impacte ambiental, de cujas premissas e conclusões todos os cidadãos possam ter conhecimento profundo. Prove-se também qual será a mais-valia que uma ponte naquele sítio (ainda por cima rodoviária) terá para Lisboa e Portugal. Assuma-se a violação dos planos de ordenamento para aquela área. Esclareçam-nos sobre quem vai ganhar com a obra, e quem vai perder. Mostrem-nos, virtualmente, como ficará aquele troço do Tejo, já de si estragado pelos silos para cereais (na margem Sul) e pela mal amanhada frente ribeirinha de Algés (desde o envergonhado Bugio, por ex.). Digam-nos também o porquê de mais uma portagem (não chega estarmos a pagar a da primeira ponte, que nos foi prometido - aquando da sua inauguração - deixar de o ser quando estivesse paga a ponte?) no Tejo? Só depois disso explicadinho, tintim por tintim, então sim venha a ponte. Mas não nos dêem mais um "facto consumado", que depois se arrependem.
PF
PF
Cidade ministerial nascerá no vale de Chelas até 2011?!!
A deslocalização dos ministérios do Terreiro do Paço para Chelas, na zona oriental da cidade (freguesia de Marvila), foi ontem anunciada no âmbito da apresentação da futura Cidade Administrativa. De acordo com José Luís Arnault, ministro das Cidades, Administração Local, Habitação e Desenvolvimento Regional, a expectativa é a de que "dentro de seis anos (em 2011) os ministérios estejam todos reinstalados". Esta notícia vale o que vale em tempo de campanha(s). Para mim vale zero; mais, é um disparate completo. Desde o local (vale de Chelas, freguesia de Marvila), à data (2011), começando pelo próprio conteúdo (cidade ministerial).
Pois se é certo que há demasiados ministérios ocupando demasiados palácios, demasiados locais turísticos, etc., também é verdade que não sendo eles a fazê-lo será difícil arranjar outros ocupantes que não "hotéis de charme", o que já aborrece - não só porque o que aparece tem muito pouco charme, como as negociatas por detrás dessas "deslocalizações" costumam ser chorudas.
Uma coisa é desanuviar o Terreiro do Paço de carga burocrática e administrativa (contra-senso?) que o sufoca e degrada, outra coisa seria arrasar com o vale de Chelas. Seria um repasto para o sector da construção civil (de cujas contribuições muitas campanhas dependem quase integralmente...), reconheço, mas colidiria com a mais-valia que ainda existe naquele espaço desanuviado, como alertam cabeças sábias como a do "nosso" Arqº Ribeiro Telles. Uma "cidade ministerial" antes fosse uma cidade da "Lego", Senhor Ministro, mas não é.
Por outro lado, a data de 2011 é, no mínimo, "naïf". Construir prédios (que é disso que se trata, Senhor Ministro, e não de "uma componente habitacional e de serviços que contribuirá para a sua requalificação social" ... alguém me faz crer que a Expo não é somente um negócio de construção civil?); deslocalizar milhares de funcionários, serviços e nomenclaturas; dotar o local de transportes, comércio e serviços de apoio aos deslocalizados e apostar em 2011 é pura ficção-científica, mais adequada a Fialho de Almeida do que a Verne, "quand même". Por isso, no caso de ser uma notícia "a valer" eu apostaria antes para 2111, mais ao jeito de Aldiss, por exemplo.
E que dizer da afirmação do sr. Pedro Neves (assessor do ministro das Cidades) que "com esta operação, Chelas, agora cidade/dormitório seria palco da criação de 22 mil postos de trabalho e da chegada de mais 31.500 residentes"? Bom, a ser verdadeira e testada a aritmética, eu diria que outras partes de Lisboa perderiam 22 mil postos de trabalho e veriam partir mais de 31.500 residentes.
Senhor Ministro, apesar de toda a boa vontade e espírito de missão que apraz registar, mormente o esforço de "engenharia financeira" (um tipo de engenharia para que o português parece especialmente dotado e fadado) que serviria de suporte a essa mega-operação, aconselho-o a ver a lição de Jacques Tati, que é "Playtime", e a deixar o vale de Chelas em paz, na pacatez que ainda tem.
PF
Pois se é certo que há demasiados ministérios ocupando demasiados palácios, demasiados locais turísticos, etc., também é verdade que não sendo eles a fazê-lo será difícil arranjar outros ocupantes que não "hotéis de charme", o que já aborrece - não só porque o que aparece tem muito pouco charme, como as negociatas por detrás dessas "deslocalizações" costumam ser chorudas.
Uma coisa é desanuviar o Terreiro do Paço de carga burocrática e administrativa (contra-senso?) que o sufoca e degrada, outra coisa seria arrasar com o vale de Chelas. Seria um repasto para o sector da construção civil (de cujas contribuições muitas campanhas dependem quase integralmente...), reconheço, mas colidiria com a mais-valia que ainda existe naquele espaço desanuviado, como alertam cabeças sábias como a do "nosso" Arqº Ribeiro Telles. Uma "cidade ministerial" antes fosse uma cidade da "Lego", Senhor Ministro, mas não é.
Por outro lado, a data de 2011 é, no mínimo, "naïf". Construir prédios (que é disso que se trata, Senhor Ministro, e não de "uma componente habitacional e de serviços que contribuirá para a sua requalificação social" ... alguém me faz crer que a Expo não é somente um negócio de construção civil?); deslocalizar milhares de funcionários, serviços e nomenclaturas; dotar o local de transportes, comércio e serviços de apoio aos deslocalizados e apostar em 2011 é pura ficção-científica, mais adequada a Fialho de Almeida do que a Verne, "quand même". Por isso, no caso de ser uma notícia "a valer" eu apostaria antes para 2111, mais ao jeito de Aldiss, por exemplo.
E que dizer da afirmação do sr. Pedro Neves (assessor do ministro das Cidades) que "com esta operação, Chelas, agora cidade/dormitório seria palco da criação de 22 mil postos de trabalho e da chegada de mais 31.500 residentes"? Bom, a ser verdadeira e testada a aritmética, eu diria que outras partes de Lisboa perderiam 22 mil postos de trabalho e veriam partir mais de 31.500 residentes.
Senhor Ministro, apesar de toda a boa vontade e espírito de missão que apraz registar, mormente o esforço de "engenharia financeira" (um tipo de engenharia para que o português parece especialmente dotado e fadado) que serviria de suporte a essa mega-operação, aconselho-o a ver a lição de Jacques Tati, que é "Playtime", e a deixar o vale de Chelas em paz, na pacatez que ainda tem.
PF
19/01/2005
Acerca do S.O.S. do pároco da Ig.Stº Antº Campolide
Há a registar este esclarecimento oportuno da senhora directora municipal da Conservação e Reabilitação Urbanna, da CML, Mafalda de Magalhães Barros, sobre "a quem cabe o quê". Esperamos, agora, que às boas intenções se sigam as acções (boas).
Ao mesmo tempo que urge saber muito mais sobre a Igreja de Santo António de Campolide (por ex. que o IPPAR classificou como imóvel de interesse público a “Capela anexa do antigo edifício de Colégio de Campolide da Companhia de Jesus, com acesso pela Travessa Estêvão Pinto, em Lisboa”, actualmente Igreja de Santo António de Campolide, tendo sido a homologação publicada em Diário da República de 30 de Novembro de 1993, série I B, pelo Decreto nº 45 / 93). Mas o importante, mesmo, é vermos o seu estado actual, bastando para tal entrar por aqui, no portal do Centro Nacional de Cultura, que se assume cada vez mais como roteiro obrigatório para quem se interessa por Lisboa.
PF
Ao mesmo tempo que urge saber muito mais sobre a Igreja de Santo António de Campolide (por ex. que o IPPAR classificou como imóvel de interesse público a “Capela anexa do antigo edifício de Colégio de Campolide da Companhia de Jesus, com acesso pela Travessa Estêvão Pinto, em Lisboa”, actualmente Igreja de Santo António de Campolide, tendo sido a homologação publicada em Diário da República de 30 de Novembro de 1993, série I B, pelo Decreto nº 45 / 93). Mas o importante, mesmo, é vermos o seu estado actual, bastando para tal entrar por aqui, no portal do Centro Nacional de Cultura, que se assume cada vez mais como roteiro obrigatório para quem se interessa por Lisboa.
PF
18/01/2005
Inaugurado jardim que substitui habitação social
O presidente da Câmara de Lisboa inaugurou ontem o jardim da Bela Flor, em Campolide, junto ao Viaduto Duarte Pacheco, cuja conclusão fora anunciada para Fevereiro mas só se concretizou seis meses depois. A segunda fase da empreitada vai contemplar iluminação pública, percursos pedonais, um parque infantil, um polidesportido e o arranjo paisagístico da encosta. É de notícias assim que eu gosto. Claro que o "Jardim" tem que ser mesmo um jardim; não confundir com paliteiro e parque infantil fruti-color. Claro que a habitação social tem que dar lugar a uma outra, de melhor qualidade e para os mesmos destinatários. Mas cumpridas estas premissas, então é mesmo destas notícias que eu gosto.
PF
PF
17/01/2005
Pároco Lança SOS por Igreja de Stº Antº Campolide
Isto é o paradigma de cidadania que queríamos ver alargado a todos os lisboetas. Infelizmente assim não é. Infelizmente, também, quem de direito é prolixo em fazer ouvidos moucos, ou, pior, ouvidos de mercador, isto é, prometer ajudar e não cumprir. Vamos fazer força por que desta vez haja quem resolva mais este caso de abandono do nosso património!!!
PF
PF
13/01/2005
Carmona Rodrigues defende: «Transportes públicos de Lisboa são dos melhores da Europa».
Sinceramente, Sr.Presidente, eu, que ando todos os dias nos transportes públicos de Lisboa, ainda não me tinha apercebido desse facto! Passo a explicar:
Saturei de andar de táxi. Fartei-me de ser mal conduzido pelos senhores taxistas (sim, paga o justo pelo pecador), fartei-me das suas manobras perigosas, das travagens bruscas, dos insultos e das suas má criações constantes, em especial daqueles que ficam no Aeroporto da Portela, em caça de espera a algum turista ou regressado incauto. Fartei-me da falta de troco. Das "avarias" nos taxímetros. E da relutância em nos darem factura (devidamente preenchida). Das taxas inventadas e por inventar. Enfim, só ando de táxi em caso de extremíssima necessidade. A sua única vantagem é serem tantos (cada vez mais), infelizmente.
Passao ao autocarro. Começo por dizer que são poucos, e os que há estão quase sempre cheios. Raramente andam "à tabela" (é comum ver-se 2-3 carreiras em simultâneo... parece que ninguém planeia nada a não ser fechar carreiras onde o número de passageiros não "justifica o esforço financeiro"). Andam aos solavancos e os amortecedores já foram. Detesto o recado patibular "é favor chegar à rectaguarda" (embora reconheça que os senhores condutores de hoje nada têm que ver com os seus predecessores de há 10 anos, por ex., em termos de educação, competência e simpatia). Reconheço que os autocarros estão no bom caminho, mas ainda falta muito para lá chegarem, Sr.Presidente.
E depois, Sr.Presidente, os autocarros e os táxis de Lisboa devem ser dos mais poluentes da Europa. Desaconselho-o vivamente a respirar o CO que "uns dos melhores transportes da Europa" debitam diariamente sem que nenhuma inspecção-geral-obrigatória (IPO, curioso nao é?) nos valha ... mesmo que o gás emitido seja do melhor (e em maior quantidade) que se produza na Europa (a dos membros fundadores da UE, imagino).
O meio de transporte que mais utilizo é o metropolitano, porque é o mais seguro, o menos poluente e o que chega mais rapidamente aos meus destinos, embora ainda haja muitos destinos que humilhantemente ainda se mantêm desenhados no papel, como sejam o Aeroporto, a Ajuda, Alcântara, o Beato, Campo de Ourique ... talvez se considere estas zonas como sendo de "lisboetas de 2ª", não sei. Apesar destas vantagens, o nosso Metro tem muitas coisas más, mal feitas e reincidentes. Incompreensivelmente, a expansão do Metro é feita a conta-gotas com os custos que isso acarreta, a nível orçamental e à superfície. O tempo de espera entre comboios é enorme na maior parte do tempo, o que é ridiculo numa linha irrisória como a nossa. As composições são pesadonas, os interiores mal concebidos. O sistema de escadas-rolantes é diminuto, e é rara a semana em que as escadas que existem funcionam sem avariar. Os elevadores interiores são exíguos e estão sempre sujos. Os elevadores até à superfície são mamarrachos completamente desnecessários, que urge demolir. A maior dos bilheteiros (pessoas) foi substituída por máquinas que, regra geral ostentam uma folhinha A4 dizendo "avariada". O sistema de portadas (falsamente apelidadas de torniquetes) continua ineficaz, pelo que julgo que foi dinheiro deitado à rua. Ultimamente, foi instalado um sistema de projecção de pseudo-notícias de um pseudo-canal informativo que, além de inestético e de afectar gravemente os tímpanos dos utentes (ou serão clientes?) é apenas mais uma receita publicitária. Neste momento, contudo, é de saudar o lançamento do pequeno jornal informativo, grátis, ficando os utentes assim ao nível do que é feito desde há décadas noutros congéneres europeus. Tal como os autocarros, o Metro vai no bom sentido, com altos e baixos, mas é de longe o melhor meio de transporte de Lisboa.
Finalmente, o meu transporte preferido, o eléctrico (falo do eléctrico tradicional, não daquelas lagartas monstruosas que Ferreira do Amaral importou...). Não ando nele como queria, nem quando queria. Infelizmente. Não ando porque a sua mobilidade é continuamente posta em causa pelo carro mal estacionado, pela obra que bloqueia o carril, e porque há poucos carros-eléctricos a circular. E porque as linhas que me poderiam valer foram encerradas, embora se mantenham no mesmo sítio as respectivas calhes ... à espera não sei do quê. Mas quando ando num eléctrico, ou quando os vejo passar, é um prazer que me invade; julgo que tenho qualidade de vida.
PF
Saturei de andar de táxi. Fartei-me de ser mal conduzido pelos senhores taxistas (sim, paga o justo pelo pecador), fartei-me das suas manobras perigosas, das travagens bruscas, dos insultos e das suas má criações constantes, em especial daqueles que ficam no Aeroporto da Portela, em caça de espera a algum turista ou regressado incauto. Fartei-me da falta de troco. Das "avarias" nos taxímetros. E da relutância em nos darem factura (devidamente preenchida). Das taxas inventadas e por inventar. Enfim, só ando de táxi em caso de extremíssima necessidade. A sua única vantagem é serem tantos (cada vez mais), infelizmente.
Passao ao autocarro. Começo por dizer que são poucos, e os que há estão quase sempre cheios. Raramente andam "à tabela" (é comum ver-se 2-3 carreiras em simultâneo... parece que ninguém planeia nada a não ser fechar carreiras onde o número de passageiros não "justifica o esforço financeiro"). Andam aos solavancos e os amortecedores já foram. Detesto o recado patibular "é favor chegar à rectaguarda" (embora reconheça que os senhores condutores de hoje nada têm que ver com os seus predecessores de há 10 anos, por ex., em termos de educação, competência e simpatia). Reconheço que os autocarros estão no bom caminho, mas ainda falta muito para lá chegarem, Sr.Presidente.
E depois, Sr.Presidente, os autocarros e os táxis de Lisboa devem ser dos mais poluentes da Europa. Desaconselho-o vivamente a respirar o CO que "uns dos melhores transportes da Europa" debitam diariamente sem que nenhuma inspecção-geral-obrigatória (IPO, curioso nao é?) nos valha ... mesmo que o gás emitido seja do melhor (e em maior quantidade) que se produza na Europa (a dos membros fundadores da UE, imagino).
O meio de transporte que mais utilizo é o metropolitano, porque é o mais seguro, o menos poluente e o que chega mais rapidamente aos meus destinos, embora ainda haja muitos destinos que humilhantemente ainda se mantêm desenhados no papel, como sejam o Aeroporto, a Ajuda, Alcântara, o Beato, Campo de Ourique ... talvez se considere estas zonas como sendo de "lisboetas de 2ª", não sei. Apesar destas vantagens, o nosso Metro tem muitas coisas más, mal feitas e reincidentes. Incompreensivelmente, a expansão do Metro é feita a conta-gotas com os custos que isso acarreta, a nível orçamental e à superfície. O tempo de espera entre comboios é enorme na maior parte do tempo, o que é ridiculo numa linha irrisória como a nossa. As composições são pesadonas, os interiores mal concebidos. O sistema de escadas-rolantes é diminuto, e é rara a semana em que as escadas que existem funcionam sem avariar. Os elevadores interiores são exíguos e estão sempre sujos. Os elevadores até à superfície são mamarrachos completamente desnecessários, que urge demolir. A maior dos bilheteiros (pessoas) foi substituída por máquinas que, regra geral ostentam uma folhinha A4 dizendo "avariada". O sistema de portadas (falsamente apelidadas de torniquetes) continua ineficaz, pelo que julgo que foi dinheiro deitado à rua. Ultimamente, foi instalado um sistema de projecção de pseudo-notícias de um pseudo-canal informativo que, além de inestético e de afectar gravemente os tímpanos dos utentes (ou serão clientes?) é apenas mais uma receita publicitária. Neste momento, contudo, é de saudar o lançamento do pequeno jornal informativo, grátis, ficando os utentes assim ao nível do que é feito desde há décadas noutros congéneres europeus. Tal como os autocarros, o Metro vai no bom sentido, com altos e baixos, mas é de longe o melhor meio de transporte de Lisboa.
Finalmente, o meu transporte preferido, o eléctrico (falo do eléctrico tradicional, não daquelas lagartas monstruosas que Ferreira do Amaral importou...). Não ando nele como queria, nem quando queria. Infelizmente. Não ando porque a sua mobilidade é continuamente posta em causa pelo carro mal estacionado, pela obra que bloqueia o carril, e porque há poucos carros-eléctricos a circular. E porque as linhas que me poderiam valer foram encerradas, embora se mantenham no mesmo sítio as respectivas calhes ... à espera não sei do quê. Mas quando ando num eléctrico, ou quando os vejo passar, é um prazer que me invade; julgo que tenho qualidade de vida.
PF
12/01/2005
Capital precisa de voltar a ser densificada
Esta é a conclusão do "Diagnóstico Socio-urbanístico de Lisboa Reflexões da Geografia Urbana", divulgado pela autarquia e apresentado pelo geógrafo João Seixas, na Universidade Lusófona, no âmbito da III Quinzena Nacional de Geografia. Subscrevo inteiramente.
Mas essa é uma contastação de facto. O problema está em conseguir que as pessoas, novas e velhas, voltem a habitar Lisboa.
Será que, como alguns dizem, a solução reside na profusão de novoso parques subterrâneos? Ou passa por insuflar qualidade de vida nesta cidade? Fazer com as rendas voltem a ser acessíveis. As ruas limpas. O comércio e os serviços de qualidade. Os transportes rápidos e confiáveis. O estacionamento disciplinado. O ar respirável.
Mas também marquises abaixo. Antenas de tv fora dos telhados. Passeios sem serem esventrados corriqueiramente. Camuflagem dos aparelhos de ar-condicionado actualmente à vista de todos, pigando em tudo quanto é síto. Fiscalização de andaimes. Patrulhamento das ruas, com brigadas de polícia estrategicamente estacionadas. Criação de brigadas especiais de urgência médica, em "scooters" especiais para dar assistência às zonas onde as ruas são estreitas e os acessos difíceis (à semelhança do que há lá fora), etc., etc..
PF
Mas essa é uma contastação de facto. O problema está em conseguir que as pessoas, novas e velhas, voltem a habitar Lisboa.
Será que, como alguns dizem, a solução reside na profusão de novoso parques subterrâneos? Ou passa por insuflar qualidade de vida nesta cidade? Fazer com as rendas voltem a ser acessíveis. As ruas limpas. O comércio e os serviços de qualidade. Os transportes rápidos e confiáveis. O estacionamento disciplinado. O ar respirável.
Mas também marquises abaixo. Antenas de tv fora dos telhados. Passeios sem serem esventrados corriqueiramente. Camuflagem dos aparelhos de ar-condicionado actualmente à vista de todos, pigando em tudo quanto é síto. Fiscalização de andaimes. Patrulhamento das ruas, com brigadas de polícia estrategicamente estacionadas. Criação de brigadas especiais de urgência médica, em "scooters" especiais para dar assistência às zonas onde as ruas são estreitas e os acessos difíceis (à semelhança do que há lá fora), etc., etc..
PF
Nova lei anti-tabaco: entradas de leão, saídas de sendeiro
Segundo notícia do "Diário de Notícias" a "nova legislação do tabaco avança em versão suave ... O diploma será menos restritivo a proibição de fumar só se aplica a 'certos' locais públicos.". Os locais de trabalho e serviços públicos parecem ser a única consequência a sério de tudo isto. Nos outros sítios, como por exemplo, os restaurantes, a decisão de permitir ou proibir dependerá da vontade do dono. Quando foi anunciada a vontade do Governo, há uns quantos meses, pensei que seria desta. Já vi que afinal é mais uma "medida" para esquecer.
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11/01/2005
Túnel no Marquês: referendo volta à estaca zero
... A Assembleia Municipal de Lisboa decidiu devolver toda a documentação entregue neste órgão a 16 de Dezembro pela Plataforma pelo Referendo ao Túnel do Marquês logo após o Presidente da República ter anunciado a dissolução do Parlamento e a convocação de eleições legislativas para 20 de Fevereiro...A Quercus já garantiu que ainda esta semana vai remeter de novo a documentação, uma vez que o processo teve início antes da convocação das eleições. Nesta coisa do túnel há quem esteja de má vontade, quem esteja de boa vontade, quem esteja a cumprir a lei, quem esteja a utilizar a lei, quem tenha furado a lei, quem diga a verdade, quem a oculte, quem tenha sido surpreendido, quem tenha arriscado, quem tenha sofrido, quem tenha beneficiado, quem tenha, etc.. Com o Marquês de Pombal é que de certeza nada disto tinha acontecido, desde o princípio.
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Gato por lebre
A Polícia Judiciária recuperou uma imagem que representa o deus Krishna com Radha, sua esposa, que tinha sido roubada nos anos 90 ... Em Portugal são cometidos cerca de 150 furtos de obras de arte por ano, e a pena para os culpados pode ir até aos 8 anos de prisão ...Esta notícia não surpreende ninguém. Há muito que Lisboa e Portugal se tornaram rota e mercado apetecível para o roubo, contrabando e venda de objectos de arte, com destaque para a arte sacra e para artefactos hindú-portugueses. De tempos a tempos lá se descobre o paradeiro de uma obra. É preciso ter muito cuidado com o que se compra por aí, mesmo em lojas de porta aberta!
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Oh!, Expo, volta para trás
Marina da Expo vai trocar amarrações por construção. Mais espaço para construção e menos postos de amarração para os barcos é a proposta da Administração da Marina do Parque das Nações, situação que está a gerar indignação junto dos moradores e comerciantes da zona que contestam a «desvirtuação do projecto inicial» e o aumento de betão junto ao rio. Trata-se de mais um episódio da "repovoação" da zona da Expo. No final, tudo contabilizado, restará uma pála de um pavilhão de Portugal (que não tem espaço para ser museu, mas que insistem em meter o Rossio na Betesga), um Teatro Camões com défice bem superior a 3% ao ano (um bom teatro, mas completamente remetido a um gueto), a uma FIL de que só beneficiou a AIP e a um pavilhão Atlântico, que tanto leva a convenção da igreja Maná como o Masters de Ténis, o que não devia ser. Tudo o resto é habitação e escritórios. Ah, é verdade, ainda há para lá uns desacatos, e muito carro. Eu, há muito que é raro lá ir.
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10/01/2005
Mais 910 Casas para Jovens à Venda em Lisboa
Acho muito bem que sejam postas casas à venda para jovens nas Galinheiras e na Ameixoeira. Mas acontece que essas zonas já têm jovens a mais, inclusivamente pelas piores razões. Onde há jovens a menos é na Baixa, é na Ajuda, é em Belém, é nas Avenidas Novas. Ou melhor, aí já habitam cada vez menos bébés, crianças, jovens, adultos e idosos. E porque não hão-de os jovens arrendar casa? Por acaso a maior parte dos nossos pais, dos nossos avós vivia em casa própria?
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07/01/2005
Quando puderem, passem pela Buchholz
Uma amiga de Lisboa pediu-me para divulgar isto, "que vale a pena", diz. E eu concordo. É o seguinte:
"A Livraria Buchholz , lugar de referência do nosso (pequeno) universo cultural encontra-se em situação de pré-falência.
Agradece-se a todos quantos a frequentaram que a voltem a visitar, de vez em quando. Comprar um livro que não se encontra em mais lado nenhum pode, eventualmente, ajudar a reerguê-la...
A Buchholz é uma livraria com história. Foi fundada em 1943 pelo livreiro alemão Karl Buchholz, que deixou Berlim depois da sua galeria de arte e livraria terem sido destruídas pelos bombardeamentos. A actividade de Buchholz era incompatível com o regime de Berlim, nomeadamente a venda de autores considerados proscritos, como Thomas Mann. No entanto, a relação de Buchholz com o regime era algo dúbia pois tanto compactuava em manobras de propaganda alemã como salvava da fogueira obras de Picasso e Braque, condenadas pela fúria nazi.
No início, a livraria estava situada em Lisboa na Avenida da Liberdade e só em 1965 se instalou na rua Duque de Palmela. O interior foi projectado pelo próprio livreiro ao estilo das livrarias da sua terra natal. O espaço estende-se por três andares unidos por uma escada de caracol, com recantos e sofás que proporcionam uma intimidade dos leitores com os livros. A madeira das escadas, chão e estantes torna o espaço acolhedor e agradável.
Durante os anos 60, a tertúlia artística lisboeta - entre eles, Escada, Noronha da Costa, Eduardo Nery e Malangatana -, passou pela cave da Buchholz que funcionou como galeria até 1974.
Hoje, a galeria continua a ser uma referência cultural com um público fiel que preza o espaço de convívio que a livraria sugere. A selecção dos títulos é vasta e inclui várias áreas: artes, ciência, humanidades, literatura portuguesa e estrangeira, livros técnicos e infantis, na cave funciona uma secção de música clássica e etnográfica. Apesar de não ser especializada em nenhuma área, a secção dedicada à ciência política é frequentada por muitos políticos da nossa praça.
A Buchholz acolhe ainda eventos especiais como lançamentos de livros, sessões de leitura, e o "Domingo Especial" que são os saldos anuais da livraria, uma vez por ano, no último domingo de Novembro. Na Buchholz on-line - actualmente em remodelação - pode percorrer as estantes da
livraria sem sair de casa e ainda encomendar livros nacionais e alguns estrangeiros."
PF
"A Livraria Buchholz , lugar de referência do nosso (pequeno) universo cultural encontra-se em situação de pré-falência.
Agradece-se a todos quantos a frequentaram que a voltem a visitar, de vez em quando. Comprar um livro que não se encontra em mais lado nenhum pode, eventualmente, ajudar a reerguê-la...
A Buchholz é uma livraria com história. Foi fundada em 1943 pelo livreiro alemão Karl Buchholz, que deixou Berlim depois da sua galeria de arte e livraria terem sido destruídas pelos bombardeamentos. A actividade de Buchholz era incompatível com o regime de Berlim, nomeadamente a venda de autores considerados proscritos, como Thomas Mann. No entanto, a relação de Buchholz com o regime era algo dúbia pois tanto compactuava em manobras de propaganda alemã como salvava da fogueira obras de Picasso e Braque, condenadas pela fúria nazi.
No início, a livraria estava situada em Lisboa na Avenida da Liberdade e só em 1965 se instalou na rua Duque de Palmela. O interior foi projectado pelo próprio livreiro ao estilo das livrarias da sua terra natal. O espaço estende-se por três andares unidos por uma escada de caracol, com recantos e sofás que proporcionam uma intimidade dos leitores com os livros. A madeira das escadas, chão e estantes torna o espaço acolhedor e agradável.
Durante os anos 60, a tertúlia artística lisboeta - entre eles, Escada, Noronha da Costa, Eduardo Nery e Malangatana -, passou pela cave da Buchholz que funcionou como galeria até 1974.
Hoje, a galeria continua a ser uma referência cultural com um público fiel que preza o espaço de convívio que a livraria sugere. A selecção dos títulos é vasta e inclui várias áreas: artes, ciência, humanidades, literatura portuguesa e estrangeira, livros técnicos e infantis, na cave funciona uma secção de música clássica e etnográfica. Apesar de não ser especializada em nenhuma área, a secção dedicada à ciência política é frequentada por muitos políticos da nossa praça.
A Buchholz acolhe ainda eventos especiais como lançamentos de livros, sessões de leitura, e o "Domingo Especial" que são os saldos anuais da livraria, uma vez por ano, no último domingo de Novembro. Na Buchholz on-line - actualmente em remodelação - pode percorrer as estantes da
livraria sem sair de casa e ainda encomendar livros nacionais e alguns estrangeiros."
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06/01/2005
05/01/2005
O meu "Plano de Pormenor" para a Praça de Espanha
Foi ontem notícia, que a CML tem em mãos um plano de pormenor para a Praça de Espanha, e que inclui a Avenida José Malhoa, o "mercado" de rua (mais conhecido por "Mercado Krus Abecassis") e o terminal (?) de autocarros. Confesso que sempre que ouço falar em planos de pormenor fico à espera que me digam mais pormenores, como por exemplo quanto custa cada um, e quem é que ganha o quê. Mas adiante, a zona em causa é uma autêntica Babel de mau gosto, portanto, haja alguém que queira harmonizar aquilo, espero bem que não harmonize é o mau gosto... Mas como acho que também eu posso propôr um Plano de Pormenor à CML, ainda por cima inteiramente grátis, aqui vai o MEU plano, de que reservo os devidos direitos de autor, para evitar toda e qualquer tentativa de plágio, dada a proximidade de eleições. Chamo a atenção dos incautos para a extensão e para o pormenor (por vezes fastidioso) do meu plano. Aqui vai ele:
1. Colocação de um "outdoor" gigante em cada acesso à Praça de Espanha, com as fotografias de Carmona Rodrigues, Santana Lopes, João Soares, Jorge Sampaio, Krus Abecassis e Aquilino Ribeiro Machado. Por baixo, a frase. "Nestes últimos 31 anos, alguém fez mais por Lisboa do que nós?". A autorização das famílias está garantida, uma vez que todas elas ganharam com Lisboa, nem que seja notoriedade.
2. Elaboração de uma "exposição temporária" de fotografias alusivas ao que era a Praça há 30 anos exactos, e o que é agora. Como "recordar é viver", nada melhor do que pormenorizar a exposição com 2 pormenores sintomáticos da duas épocas: o assalto e vandalização à Embaixada de Espanha, em 75, e o vandalismo que costuma haver em termos de estacionamento selvagem, sempre que há recepções na mesma Embaixada. Nada tenho contra recepções, tive tudo contra o assalto "democrático". O gosto pelo pormenor está na possibilidade de possibilitar às pessoas que visitem a exposição, de jogar o jogo do "fura o cartão". Ganhará um par de corvos (devidamente engaiolados), quem conseguir "furar" o maior número de caras coincidentes nas fotos das duas ocasiões mencionadas.
3. Continuando em ritmo de feira, construção imediata, no centro da praça, da "nossa" Feira Popular. Comes e bebes, tiro aos pombos que costumam descansar à sombra e ao sol do Arco de São Bento, gincanas várias e pára-arranca por entre os carros mal estacionados e os semáforos "inteligentes", bancas dos diversos partidos concorrentes às próximas autárquicas colorizando o recinto com os respectivos néons, carripanas com videntes e demais oráculos, etc.
4. Imediata construção de um viaduto enterrado, com declive de 90%, e ponto de inflexão que prove por A+B que é possivel a qualquer automobilista com tolerância 100, entrar num túnel, descê-lo a pique e voltar a subi-lo quase na vertical, sem que nada lhe aconteça a não ser ir para os anjinhos. O túnel deverá ser construído junto ao viaduto de Edgar Cardoso, para assim se provar que a engenharia de hoje nada deve à do passado.
5. Abate imediato de todas as árvores que poluem vergonhosamente aquela praça. Placa central, faixas laterais e zonas circundantes devem ficar imediatamente saneadas de árvores, pois as que lá estão sofrem de doenças várias, perigosas, ameaçam os automóveis e fazem sombra no Verão. Serão devidamente subsituídas por exemplares de pau único, pré-secas na florista da moda, e sem qualquer raíz maior que 5cm, a fim de se evitarem problemas de infiltrações no ... Metro.
6. A nível de transportes públicos, deverá ser imediatamente lançado concurso intra-planetário para a construção de uma linha TGV entre a Praça de Espanha e a Avenida de Portugal, em Madrid, que é para permitir emigração imediata a quem quiser fugir do défice dos 3%.
7. Por fim ... e 7 é a conta da mentira ... dever-se-á erguer no actual "espaço liberto" do ex-Teatro Aberto (e porque já se respirou bastante desde a demolição do barracão...), o projecto emblemático de Siza Vieira. Não houve dinheiros privados, haja dinheiros públicos. As Torres de Alcântara terão assim o direito de figurar nos recordes do Guiness da "pato bravice mundial", e no topo da maior delas, a cereja de todo o bolo, de todo o meu Plano de Pormenor: um touro gigantesco da Osborne, assinalando que D.João V e os Meninos da Palhavã já eram ... Lisboa é só mais uma província de Espanha. Para quando a cidadania?
PF
1. Colocação de um "outdoor" gigante em cada acesso à Praça de Espanha, com as fotografias de Carmona Rodrigues, Santana Lopes, João Soares, Jorge Sampaio, Krus Abecassis e Aquilino Ribeiro Machado. Por baixo, a frase. "Nestes últimos 31 anos, alguém fez mais por Lisboa do que nós?". A autorização das famílias está garantida, uma vez que todas elas ganharam com Lisboa, nem que seja notoriedade.
2. Elaboração de uma "exposição temporária" de fotografias alusivas ao que era a Praça há 30 anos exactos, e o que é agora. Como "recordar é viver", nada melhor do que pormenorizar a exposição com 2 pormenores sintomáticos da duas épocas: o assalto e vandalização à Embaixada de Espanha, em 75, e o vandalismo que costuma haver em termos de estacionamento selvagem, sempre que há recepções na mesma Embaixada. Nada tenho contra recepções, tive tudo contra o assalto "democrático". O gosto pelo pormenor está na possibilidade de possibilitar às pessoas que visitem a exposição, de jogar o jogo do "fura o cartão". Ganhará um par de corvos (devidamente engaiolados), quem conseguir "furar" o maior número de caras coincidentes nas fotos das duas ocasiões mencionadas.
3. Continuando em ritmo de feira, construção imediata, no centro da praça, da "nossa" Feira Popular. Comes e bebes, tiro aos pombos que costumam descansar à sombra e ao sol do Arco de São Bento, gincanas várias e pára-arranca por entre os carros mal estacionados e os semáforos "inteligentes", bancas dos diversos partidos concorrentes às próximas autárquicas colorizando o recinto com os respectivos néons, carripanas com videntes e demais oráculos, etc.
4. Imediata construção de um viaduto enterrado, com declive de 90%, e ponto de inflexão que prove por A+B que é possivel a qualquer automobilista com tolerância 100, entrar num túnel, descê-lo a pique e voltar a subi-lo quase na vertical, sem que nada lhe aconteça a não ser ir para os anjinhos. O túnel deverá ser construído junto ao viaduto de Edgar Cardoso, para assim se provar que a engenharia de hoje nada deve à do passado.
5. Abate imediato de todas as árvores que poluem vergonhosamente aquela praça. Placa central, faixas laterais e zonas circundantes devem ficar imediatamente saneadas de árvores, pois as que lá estão sofrem de doenças várias, perigosas, ameaçam os automóveis e fazem sombra no Verão. Serão devidamente subsituídas por exemplares de pau único, pré-secas na florista da moda, e sem qualquer raíz maior que 5cm, a fim de se evitarem problemas de infiltrações no ... Metro.
6. A nível de transportes públicos, deverá ser imediatamente lançado concurso intra-planetário para a construção de uma linha TGV entre a Praça de Espanha e a Avenida de Portugal, em Madrid, que é para permitir emigração imediata a quem quiser fugir do défice dos 3%.
7. Por fim ... e 7 é a conta da mentira ... dever-se-á erguer no actual "espaço liberto" do ex-Teatro Aberto (e porque já se respirou bastante desde a demolição do barracão...), o projecto emblemático de Siza Vieira. Não houve dinheiros privados, haja dinheiros públicos. As Torres de Alcântara terão assim o direito de figurar nos recordes do Guiness da "pato bravice mundial", e no topo da maior delas, a cereja de todo o bolo, de todo o meu Plano de Pormenor: um touro gigantesco da Osborne, assinalando que D.João V e os Meninos da Palhavã já eram ... Lisboa é só mais uma província de Espanha. Para quando a cidadania?
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China, aí vão eles!
Viagem à China entretém AML. Após as infrutíferas intervenções que ocuparam o denominado PAOD - período antes da ordem de trabalhos - a Assembleia Municipal de Lisboa (AML) foi ontem palco de uma discussão algo insólita. Até bem perto das 21 horas esteve em foco a ida ou não de uma delagação da AML à China, na sequência do convite dirigido pelo presidente do município de Pequim. Uma vez que de Lisboa nada se exporta para a China, e a menos que os deputados municipais justifiquem a viagem para angariarem mais lojas de conveniência (?) chinesas para Lisboa e arredores (daquelas que têm invadido o nosso quotidiano ultimamente), compreendo perfeitamente que os assuntos de Lisboa tenham sido adiados pela urgência de discutir o convite da ida à China. É que, com sorte, os futuros premiados com a viagem poderão trazer de lá "souvenirs" únicos como estatuetas em terracota, tecidos raros e "Rolex" (mas há outras marcas, não desesperem...) ao preço da chuva, mais réplicas da Muralha (duvido que algum dos premiados saiba quem a fez, quando e para quê, mas isso não vem ao caso) para colocarem sobre o fogão de cozinha, e poderão sempre calcular a prova-dos-nove (assim haja quem a saiba fazer...) sobre a relação única chinês-bicicleta... quiçá, saberão tirar ilações para o nosso tráfego alfacinha.
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Câmara assume a gestão urbana dos terrenos da Expo
Parque Expo receberá da autarquia mais de 155 milhões de euros pelas benfeitorias realizadas na zona, após o evento mundial Dívida vai ser paga em prestações, até ao ano 2024. Trocado por miúdos, ou muito me engano ou isto significa que até 2024 vamos ter construção com fartura naquela zona que já foi lixeira, passou por paraíso e é hoje um inferno ... sim, porque o purgatório fechou para obras. Haja terrenos!
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Para que serve (serviu) a EMEL?
Município Tapa Buraco Financeiro da EMEL. Câmara de Lisboa pretende pagar a dívida de 14,7 milhões de euros (cerca de três milhões de contos) que tem para com a Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) até ao final de 2006, de acordo com uma proposta que hoje vai ser apresentada em reunião camarária. O montante em dívida acumulado refere-se aos anos de 2002 e 2003. Gostava que alguém me explicasse para que serve/serviu a EMEL? Para criar mil e um cargos, certamente. Para dar azo a mil e um negócios à volta de parques de estacionamento à superfície; à volta de parquímetros (ou serão parcómetros?); à volta das fábricas têxteis de faticocas verdes; "walkie takies" e bonés verdes, mais autocolantes, computadores e impressoras, certamente. Tudo isso é louvável mas o estacionamento, esse, continua a ser uma desgraça e completamente anárquico. Ninguém respeita os passeios, nem paga multas (salvo os que vêem as suas carripanas bloqueadas - aleluia!) e quanto às maquinetas, isso basta ir até às minhas traseiras para ver como estão todas vandalizadas, depois que foi alcatroado o piso e foram desenhados lugares de estacionamento ordenado ... para nada. E já lá vão 5 anos! É obra!
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Mais um episódio do folhetim "Parque Mayer":
Dúvidas de Deputados do PSD Sobre Parque Mayer Apanham Carmona Desprevenido. O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, foi ontem apanhado de surpresa pelas reticências manifestadas por dois deputados municipais do partido que o suporta, o PSD, relativamente ao negócio imobiliário destinado a recuperar o Parque Mayer. Gostava de saber o que pensam os actores, autores e encenadores que cairam no logro da "salvação do P.Mayer". Tozé Martinho, agora que é advogado, e candidato a deputado, peça a palavra!
PF
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04/01/2005
Ano Novo, Bairro Velho
Este ano de 2005 começa estranho. Muita festa para uns, algum luto e tempo de reflexão para outros.
Triste todo o ano, a nossa cidade, e os seus responsáveis, optaram pela festa. Muita música, muita luz e cor, muito fogo, muito dinheiro gasto em tristes espectáculos numa baixa em êxtase durante alguns minutos, como forma de compensar o deserto de vida que é durante todo o ano.
O Bairro Azul, no primeiro Domingo do ano, sem carros, sem trânsito e sem buzinas, por sinal o primeiro dos últimos meses, as ruas do Bairro encheram-se de lixo, em contentores, em sacos ou em saquinhos, junto às árvores, postes de iluminação ou parquímetros.
Faz-nos pensar que não é este o Bairro que nós queremos, e que muito trabalho teremos pela frente para vivermos em ruas com mais urbanidade.
O ano é novo e o Bairro, que já foi novo e já foi antigo, é agora velho.
O Bairro que nasceu em Lisboa, quando ainda não havia incubadoras, acarinhado pelos seus irmãos mais velhos, vive hoje triste, só e desamparado, e mal tratado pelos seus irmãos mais novos.
Os prédios estão a cair e as construções que foram autorizadas, sem qualquer lógica nem nexo, nos últimos anos na sua envolvente expõem o Bairro a um conjunto de pressões que fazem com que as ruas já só existam, um dia por semana, e quando os irmãos mais novos, não se importam de fechar a porta e nos deixam descansar no dia santo.
Espero que este seja o ano em que os munícipes desta cidade acordem, e chamem a si a responsabilidade que também é sua, de governar a sua rua e a sua cidade. A democracia e o exercício de cidadania não se esgotam na participação como eleitor. Chegou o tempo de cidadãos se organizarem para serem eleitos e fazer melhor do que os alvos das suas críticas.
Desejo a todos um feliz ano de 2005, na certeza porém, que muito trabalho teremos pela frente se quisermos viver num bairro mais digno.
PP
Triste todo o ano, a nossa cidade, e os seus responsáveis, optaram pela festa. Muita música, muita luz e cor, muito fogo, muito dinheiro gasto em tristes espectáculos numa baixa em êxtase durante alguns minutos, como forma de compensar o deserto de vida que é durante todo o ano.
O Bairro Azul, no primeiro Domingo do ano, sem carros, sem trânsito e sem buzinas, por sinal o primeiro dos últimos meses, as ruas do Bairro encheram-se de lixo, em contentores, em sacos ou em saquinhos, junto às árvores, postes de iluminação ou parquímetros.
Faz-nos pensar que não é este o Bairro que nós queremos, e que muito trabalho teremos pela frente para vivermos em ruas com mais urbanidade.
O ano é novo e o Bairro, que já foi novo e já foi antigo, é agora velho.
O Bairro que nasceu em Lisboa, quando ainda não havia incubadoras, acarinhado pelos seus irmãos mais velhos, vive hoje triste, só e desamparado, e mal tratado pelos seus irmãos mais novos.
Os prédios estão a cair e as construções que foram autorizadas, sem qualquer lógica nem nexo, nos últimos anos na sua envolvente expõem o Bairro a um conjunto de pressões que fazem com que as ruas já só existam, um dia por semana, e quando os irmãos mais novos, não se importam de fechar a porta e nos deixam descansar no dia santo.
Espero que este seja o ano em que os munícipes desta cidade acordem, e chamem a si a responsabilidade que também é sua, de governar a sua rua e a sua cidade. A democracia e o exercício de cidadania não se esgotam na participação como eleitor. Chegou o tempo de cidadãos se organizarem para serem eleitos e fazer melhor do que os alvos das suas críticas.
Desejo a todos um feliz ano de 2005, na certeza porém, que muito trabalho teremos pela frente se quisermos viver num bairro mais digno.
PP
Vêm aí mais árvores!!
Mas nem tudo é mau: Câmara anuncia plantação de 1700 árvores na cidade. Serão árvores mirradinhas ou já entradotas? De que espécie? Palmeiras? Onde serão plantadas? Qual a empresa que irá ganhar dinheiro com isso? Serão árvores novas para substituirem os milhares que se abatem todos os anos ao sabor de argumentos hipócritas e "inverdadeiros" (para usar uma terminologia tão em voga) como ... "os passarinhos não deixavam dormir os moradores", "as copas estavam muito altas, tapavam a luz às habitações", "as árvores em causa apresentavam problemas fitossanitários", ou "aquelas raízes davam cabo das condutas e deformavam os passeios", ou ainda "precisávamos de mais lugares de estacionamento em superfície". Eu, por mim, agradeço a notícia e a vinda de mais verde. Mas já notei que tinha mais espaços verdes à frente da minha porta: são milhares de folhinhas verdes, de ervas daninhas, que pontilham alegremente a calçada, junto ao prédio, à espera da Primavera, ou de um fiel amigo que as queira regar...
PF
PF
Novamente em perigo o "Sob a nudez forte da Verdade, o manto diáfano fantasia?"
Efectivamente, começa mal o ano para Lisboa. Começa mal porque se começa o ano falando de parques subterrâneos. Se por um lado ficamos contentes pelo Ippar ter chumbado o malfadado parque projectado para o Príncipe Real (!) - lembro os mais esquecidos que este projecto é da vereação anterior, e que previa(prevê) um parque em "L", ao longo do jardim, furando, furando e furando até cortar raízes de árvores seculares, furando até bater nas paredes da Mãe d'Água, furando até pôr em risco as fundações de alguns prédios emblemáticos daquela zona -, por outro aproxima-se o tempo de decisão sobre o parque projectado para o Largo Barão de Quintela, na rua do Alecrim, ainda resquício do acordo dos parques e da Igreja do Loreto (ele são os clubes de futebol, as igrejas ... qualquer dia sou eu a negociar a gestão de um parque subterrâneo, em contrapartida de alguma coisa...só que nessa altura propôr-me-ei esburacar a rua do Sr.Presidente da CML, seja ele qual for). Vozes indignadas protestam. Engraçada é a posição de Gonçalo Byrne, defendendo a necessidade de haver parques subterrâneos se se quiser ter habitação naquela zona. Mas quem disse que eu quero que haja habitação naquele largo? E quem é que o habita, o carro ou o cidadão?
PF
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Crente, pelo túnel?
"Continuando a sua campanha, o dr José Sá Fernandes parece determinado a impedir a construção do túnel do Marquês, não se conformando com a sentença do Supremo Tribunal Administrativo. Estranho num advogado, mas o mau perder e a falta de fair play nunca foram matéria escassa na nossa terra." Começa assim um artigo de opinião da autoria de José António Marques Correia. Artigo estimável e bem estruturado mas que não me convence. Um crente? Muito menos quando se tenta defender o túnel dizendo que ele pode vir a diminuir o volume de tráfego naquela zona em cerca de 19%!!! Mais, este artigo parece-me mais uma daquelas conhecidas encomendas para baralhar ainda mais as hostes. Em tempo de Reis Magos, parece sempre bem emitir-se umas quantas loas e hossanas.
PF
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03/01/2005
Não há festa nem festança ...
A Festa de Fim de Ano, em Lisboa, na Praça do Comércio, promovida pela Câmara Municipal de Lisboa irá ser o maior espectáculo musical e multimédia jamais realizado, que já se tornou uma referência entre pares.
Com o tema “Lisboa Volta a Brilhar”, além da música com Rui Veloso e João Pedro Pais e da luminotecnia, contará mais uma vez com o seu clímax no bater da meia-noite.>
Para não cair na repetição e perguntar: -que política é esta de cidade, onde não há dinheiro para coisas básicas como jardins ou limpeza das ruas, mas há sempre dinheiro para animação e festa rija?
Gostaria de dizer que, nesta passagem de ano complicada, não encontro na página da CML nenhuma medida ou expressão de solidariedade para com os povos afectados pelo marmoto da Ásia. Já que não devem saber quantas pessoas provenientes desta zona do globo habitam hoje a cidade de lisboa, e não se disponibilizam a ajudá-las, pelo menos façam uma declaração pública de solidariedade.
... onde não apareça a D. C(ML)onstança
Com o tema “Lisboa Volta a Brilhar”, além da música com Rui Veloso e João Pedro Pais e da luminotecnia, contará mais uma vez com o seu clímax no bater da meia-noite.>
Para não cair na repetição e perguntar: -que política é esta de cidade, onde não há dinheiro para coisas básicas como jardins ou limpeza das ruas, mas há sempre dinheiro para animação e festa rija?
Gostaria de dizer que, nesta passagem de ano complicada, não encontro na página da CML nenhuma medida ou expressão de solidariedade para com os povos afectados pelo marmoto da Ásia. Já que não devem saber quantas pessoas provenientes desta zona do globo habitam hoje a cidade de lisboa, e não se disponibilizam a ajudá-las, pelo menos façam uma declaração pública de solidariedade.
... onde não apareça a D. C(ML)onstança