24/11/2006

Comunicado proj. APL/Cais do Sodré




No seguimento da recente aprovação pela Srª Vereadora do Urbanismo do projecto da APL para as sedes da Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Droga e da Toxicodependência, vimos pelo presente RECORDAR o que ESTE projecto (fotografias em anexo) significa efectivamente para Lisboa, ou seja,

• É um sério revés na política da última década e meia de facilitação do acesso público à frente ribeirinha. Ao assinar de cruz este projecto, a CML abdica das suas obrigações e das suas responsabilidades enquanto garante da qualidade de vida dos lisboetas;

• São dois mamarrachos em plena frente ribeirinha, dissonantes em relação à zona do Cais do Sodré, à semelhança, aliás, do que foi feito no novo terminal fluvial, que de interface tem muito pouco, mas de mamarracho tem tudo;

(acresce que a APL nem irá manter o velho relógio que marca a Hora Legal, indo substituí-lo por um digital, justificando-se como o facto da manutenção ser cara!!);

• É um obstáculo grave ao sistema de vistas previsto no PDM, designadamente de e para a colina de São Francisco (numa altura em que todos falam da "Baixa-Chiado", é sintomática esta abdicação dos mesmos em relação à APL);

• Tem impacte garantido a nível de trânsito e poluição na zona, pela vinda de mais de 500 funcionários para as referidas agências; e nenhum estudo ambiental ou de tráfego foi feito nesse sentido;

• E é um atentado gravíssimo às zonas verdes da área, tendo-se verificado já. o abate de elevado número de árvores, naquilo que é mais um episódio da política do facto consumado!

A CML, ao abdicar da "luta", comete um erro urbanístico grave, cultural e ambiental. Volta a não ter visão de longo prazo. E apenas avaliza o que a APL pretende: o arrendamento dos espaços durante 25 anos, por cerca de 185.000 Euros/ano.

Achamos grave!


Paulo Ferrero, Luís Pedro Correia, Júlio Amorim e Catarina Diaz (Fórum Cidadania Lx)
João Pinto Soares (Associação Lisboa Verde)
Carlos Moura (Quercus)

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