In Jornal de Notícias (14/12/2006)
Gina Pereira
"Público está em força no Chiado, mas os comerciantes tardam em aderir ao alargamento dos horários
Bater-se pela conclusão das obras de recuperação do Chiado e continuar a apostar na dinamização e promoção nacional e internacional desta zona de Lisboa é uma das promessas da Associação de Valorização do Chiado (AVC), cujos corpos gerentes foram reeleitos, no final do mês passado. Vítor Silva, presidente da Direcção há sete anos, garante que este será o seu "último mandato" e acredita que, até 2008, será possível passar dos actuais 120 para mais de 200 associados, continuando a assegurar a mediação entre as várias entidades que operam na zona .
Nascida após o violento incêndio que destruiu o Chiado, em Agosto de 1988, a AVC começou por ter como missão "ajudar a recuperar da tragédia". E, passados tantos anos, o presidente da direcção lamenta que o trabalho de recuperação ainda não esteja concluído. "Já lá vão 18 anos. Queremos a obra acabada, até porque esteve aqui um arquitecto 15 anos a ser remunerado", disse, ao JN, Vítor Silva, aproveitando para lançar o "repto" a Siza Vieira para que termine a obra.
De acordo com este responsável, ficaram por requalificar dois pátios interiores, um dos quais iria permitir ligar a Rua Garrett ao Convento do Carmo, através de uma escadaria que "ficou por fazer". Também a Rua Nova do Almada ficou à margem da requalificação e, no entender de Vítor Silva, "deveria ter sido pensada de outra forma". Em seu entender, uma das hipóteses para dinamizar esta rua seria a instalação de um cinema, equipamento que não existe na Baixa ou no Chiado.
"É uma lacuna. Temos várias expressões de arte e não temos a Sétima Arte", lamentou Vítor Silva, explicando que já apresentaram a ideia à Câmara e à Unidade de Projecto da Baixa/Chiado. Outra das reivindicações é que o prometido elevador do Metropolitano, que irá desembocar na Rua Ivens e está previsto desde a abertura da estação, entre em funcionamento, o que iria permitir o acesso de cidadãos em cadeiras de roda ou com carrinhos de bebés. Também a Rua do Carmo é uma das preocupações da AVC, que gostava de ver retomada a circulação automóvel na zona.
Totalmente de acordo e um agradecimento a Vítor Silva pela dinâmica e, já agora, pelas suas lojas ... sendo que, já agora, também, gostava que repusesse a «Gardénia» tal qual era antes de lhe fazer obras.
Totalmente em desacordo com o levantamento de circulação automóvel no Carmo. Aliás, a circulação automóvel deveria ser ainda mais restritiva, Calçada do Carmo e Largo Bordalo Pinheiro, incluídos. Tal qual o eléctrico deveria ser retomado, saindo do Elevador de Sta.Justa e continuando colina acima. Tudo o mais é pura patetice.
PF
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