in Diário Digital (19/01/2007)
A secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, considerou hoje fundamental a revisão do acordo de empresa do Metropolitano de Lisboa para garantir a sua sustentabilidade social e financeira enquanto serviço público.
A posição de Ana Paula Vitorino foi assumida na Assembleia da República, num debate em que os deputados José Soeiro (PCP) e Mariana Aiveca (Bloco de Esquerda) acusaram o Governo de «ingerência directa» na gestão do Metropolitano de Lisboa.
No debate, as bancadas do PSD e do CDS-PP demarcaram-se das críticas da oposição de esquerda e centraram as suas preocupações na situação de instabilidade derivada das greves dos trabalhadores do Metropolitano de Lisboa.
De acordo com os dados do Governo, o Metropolitano de Lisboa regista um passivo acumulado de 3,3 mil milhões de euros e em 2005 apresentou um défice operacional de 100 milhões de euros, tendo suportado custos com pessoal na ordem dos 92 milhões de euros.
«O Governo pretende que sejam introduzidas regras rigorosas na empresa para garantir a sua sustentabilidade económica e social», afirmou a secretária de Estado, apontando depois que o Metropolitano de Lisboa tem «situações e regalias» que «divergem das restantes empresas de transportes na área metropolitana de Lisboa e em relação aos metros de Madrid e de Londres».
Neste contexto, Ana Paula Vitorino defendeu a proposta da gerência da empresa no sentido de reduzir o número de dias úteis de férias dos trabalhadores de 36 para 28,5 - «bem mais do que goza a generalidade dos trabalhadores» - assim como o aumento do período de condução dos maquinistas.
Neste momento, nas seis horas de trabalho, os maquinistas fazem três horas de condução e três horas de manobras - horário que a administração pretende mudar para quatro horas de condução e mais duas de manobras.
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