In Público (19/1/2007)
"A recente saída de Aníbal Cabeça para uma empresa do grupo Espírito Santo constitui a terceira baixa em poucos meses entre os dirigentes do grupo EPUL, envolvido num escândalo em que avultam as suspeitas de má gestão e favorecimento de interesses privados. Antes de Aníbal Cabaça, um antigo jornalista que estava na EPUL deste o Verão de 2003, já tinha saído do conselho de administração da empresa-mãe Luísa Amado.
Quando se foi embora, incapaz de lidar com a pressão de estar à frente de uma instituição sob suspeita, esta última pediu à EPUL para levar consigo o carro de serviço cujos encargos passaria a pagar. O conselho de administração negou-lhe essa pretensão. Nessa altura, já o principal responsável por uma subsidiária da EPUL, Manuel Agrellos, havia também abandonado a empresa. Esta subsidiária, a Imohífen, pagou elevadas comissões imobiliárias a uma empresa privada aparentemente sem justificação plausível.
Responsável pela EPUL Jovem, Aníbal Cabeça passou a gestor de projectos da Espart, empresa do grupo Espírito Santo, à frente da qual está um antigo dirigente da EPUL. Um facto que Aníbal Cabeça considera "mera coincidência", uma vez que a sua passagem pela EPUL é muito posterior à do primeiro. Segundo o responsável da EPUL Jovem, a sua saída relaciona-se com o facto de a empresa municipal ir agora entrar numa "nova etapa da sua vida", pelo que "faz sentido que quem estava na etapa anterior saia agora".
Divergências entre os três elementos que permanecem no conselho de administração da EPUL poderão levar a pelo menos mais uma demissão. A.H.
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