Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
17/01/2007
Incêndio na Rua dos Correeiros
Rossio, 18:00 horas: enquando estava a falar com uns amigos sobre o abandono e degradação dos imóveis da Baixa - observei um fumo espesso a subir os céus mesmo atrás do decadente Hotel Internacional. Atravessámos a praça a correr apenas para confirmar o nosso receio: mais um prédio da Baixa vítima de um incêndio!
Pelo caminho observámos a dificuldade que um dos carros de bombeiros teve para percorrer a Rua Augusta, entre o Rossio e a Rua de Santa Justa. Porquê? A Rua Augusta (assim como a Rua dos Correeiros) está atravancada de esplanadas de cafés e restaurantes que muitas vezes ocupam mais do que o espaço que lhes foi destinado por lei!
O incêndio que observámos estava a consumir as águas-furtadas do número 217-225 da Rua dos Correeiros -um imóvel localizado entre o prédio da Confeitaria Nacional e o Hotel Internacional. Felizmente os bombeiros já estavam no local.
A existência das iluminações de natal atravessadas na rua também não facilitou nada a operação dos bombeiros: os cabos onde se penduram as decorações de Natal dificultaram o acesso da escada dos bombeiros. Até por esta questão, do risco elevado de incêndios na Baixa e Chiado, se deveria rever a instalação de iluminações de natal nas ruas (que está a ganhar uma escala exagerada em Lisboa).
Podia ter sido o início de mais uma tragédia. Se o fogo tivesse ocorrido de madrugada, quando a Baixa se encontra deserta, teria muito provávelmente acontecido uma repetição do incêndio de 1989. Vai fazer em breve 20 anos sobre o incêndio do Chiado. Custa a acreditar, mas duas décadas depois, a Baixa pombalina continua sem os seus problemas resolvidos. É uma vergonha nacional.
Fernando Jorge
Ainda bem que não foi mais grave! Ainda bem!
ResponderEliminarGracinda