PÚBLICO 17.03.2007, Inês Boaventura
O Fórum Cidadania Lisboa já recebeu 87 participações para a campanha lançada há cerca de duas semanas com o objectivo de identificar os edifícios e espaços públicos mais deprimentes da capital. A falta de condições do canil municipal, a sujidade do Bairro Alto e o abandono do Parque Mayer foram alguns dos exemplos recorrentes. A campanha Lisboa Deprimente pretende levar os lisboetas a identificar "novos ou velhos lugares e edificações que estão descontextualizadas da sua envolvente, que deixaram de ter manutenção, que nunca foram "confortáveis" nem cumpriram a sua função, ou que simplesmente são erros de planeamento", como explicam os autores da iniciativa. Entre as 87 participações recebidas pelo Fórum Cidadania Lisboa, através do seu sítio na Internet, são várias as que referem o canil da Câmara Municipal de Lisboa, em Monsanto. Um dos participantes diz que a situação no local "é digna de um filme de terror" e que os animais "são mantidos em condições insuportáveis", enquanto outro afirma que se trata de um "espaço de tortura e morte lenta". O Martim Moniz, o Pátio D. Fradique, no Castelo, o Parque Mayer e o Bairro Alto, com a sua sujidade, "prédios degradados, falta de estacionamento e toxicodependentes caídos na sarjeta", foram outros dos exemplos de uma Lisboa deprimente apontados várias vezes pelos cibernautas. Da lista divulgada pelo Fórum Cidadania Lisboa constam também o "caos urbanístico e arquitectónico" do Instituto Superior Técnico, os edifícios "adulterados pelas marquises" um pouco por toda a cidade, o campo de tiro de Monsanto e a passadeira vermelha entre Alcântara-Mar a Alcântara-Terra.
Foto: Tribunal de Instrução Criminal, Rua Gomes Freire, 18 (Campo dos Mártires da Pátria)
Espero que a divulgação desta campanha seja útil a todos os lisboetas e que com ela aprendam a ser mais exigentes a bem da CIDADANIA! E que a CML compreenda que há muito a fazer na manutenção dos espaços públicos, na conservação dos imóveis, na dignidade daqueles que dormem nas ruas de Lisboa... Há vida para além da demolição e da construção!
ResponderEliminarArtur Oliveira