Lisboa está parada hà vários anos, mercê de sucessivas governações pautadas pelo “show-off”, incompetência, clientelismo, pelas guerrinhas internas, invejas, egoísmos, etc, etc, etc.
A presidência de Santana Lopes foi desastrosa, digna de um qualquer governante do terceito mundo, em que nada se fez, a não ser propagandear até à exaustão, fazendo acreditar que algo se fazia. E o que se fez foi um completo chorrilho de inutilidades, caras, diga-se, que endividaram ainda mais a edilidade.
Desses tempos, resta apenas um túnel, ainda incompleto e sem utilidade, algumas piscinas muncipais que mais parecem armazéns de bananas e que daqui a poucos anos têm de ser demolidas, um contrato milionário com uma empresa para trocar de semana a semana as flores da Avenida da Liberdade e a limpeza de fachadas de meia dúzia de ruas, com os prédios a ruir por dentro.
Claro, acentuou-se a entrega da cidade à construção selvagem, permitindo-se o arrasar dos últimos exemplares de construção antiga, permitindo-se lotear os últimos espaços livres com construção duvidosa.
E mais nada!
O actual presidente, apesar de ter ganho sem esforço, já que concorria contra alguém bem pior, cujo “modus operandi” está bem patente na sua total negligência perante trabalho de vereador, ainda conseguiu disfarçar a sua incompetência, mas agora não há margem para dúvidas.
Manteve a linha de rumo, ou seja, nenhuma.
A cidade continua sem política de transportes: o eixo Cais-Sodré-Chiado-Campolide, tem linha de electrico mas há vários anos que nenhum lá passa; esburaca-se o centro antigo para parques automóveis, quando nem sequer há espaço para eles circularem, não existem parques no limite da cidade; autoriza-se o estacionamento em cima dos passeios; constroem-se tuneis radiais em vez de circulares; autorizam-se loteamentos para espaços definidos para outros usos.
A cidade continua sem política de habitação: continua a deixar-se cair o centro antigo; continua-se a deixar construir qualquer coisa, em qualquer lado, com qualquer volumetria, com qualquer impacto, sem qualquer qualidade, sob a capa de preencher os requisito mínimos de legalidade; deixam-se cair planos por meras guerrinhas menores; constrói-se a ritmo secular habitação para jovens, de pior qualidade que qualquer bairro social.
A cidade continua sem política de ambiente: avenidas sem árvores, jardins sem manutenção, ocupação de ultimos espaços livres com construção, loteamento de espaços de cheia ou de cursos de água, transformam-se avenidas em auto-estradas; vendem-se quintas e palácios a construtores, dizendo, com desplante, que vão ser preservadas.
A recente ocupação do parque periférico/oeste recorda-me vários exemplos:
a) Os sucessivos espaços livres de telheiras, supostamente para jardins, ocupados por construção;
b) O parque periférico entre Carriche, Carnide e Odivelas, transformado em campo de golfe e semeado de condomínios particulares;
c) As quintas Históricas do Paço do Lumiar vendidas para condomínios fechados;
d) O abandono dos Jardins Históricos;
e) O abate de árvores nas avenidas centrais e muitas delas sem qualquer árvore;
f) O abandono da ideia do corredor verde entre Monsanto e o Parque Eduardo VII;
g) O desrespeito dos corredores verdes naturais de Lisboa, através da construção em zonas de escorrência pluvial e zonas húmidas
A cidade continua sem política cultural, dando nome apenas ao que vai aparecendo, obscuro ou de iniciativa privada, deixando cair acontecimentos de renome, sem a mínima vontade de mudar.
Lisboa está morta, moribunda, entregue ao saque e nem as restrições orçamentais justificam a incompetência quase criminosa de tão imoral.
Eleições já, em Lisboa, porque mais fundo que este buraco, só mesmo o vácuo.
Já nada separa Lisboa de qualquer cidade média africana, londe de qualquer padrão europeu.
A miséria em que está o Jardim da Alegria é exemplo disto!
ResponderEliminarQUAL JARDIM? QUAL ALEGRIA?
ResponderEliminare os jardim do Principe Real, cheio de relvados pelados e cepos de árvores; e os barracões e garagens que atravancam os logradouros dos quarteirões das avenidas novas; e...; e...
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