Estive a ouvir a entrevista de Sá Fernandes à TSF, e apesar de não concordar com partido que o apoia estou em total acordo com o candidato, é o único que apresenta um programa humanista e civilizacional, um urbanismo sustentavel que projecta a cidade de Lisboa para o século XXI.
Resalvo algumas ideais fundamentais para a recuperação da Cidade de Lisboa.
1º-Cotas Habitacionais - Fundamental, é intoleravel o que se tem vindo a fazer na cidade de Lisboa, é necessário maior equidade social, não se pode dividir a cidade entre ricos e pobres.
2º- Ligação Xabregas-Algés- Electrico rápido na frente riberinha.
3º- Não ao Terminal de Cruzeiros e outros projectos da APL- A APL tem demonstrado uma total incapacidade de gestão e prejudicado o natural desenvolvimento da frente rio de Lisboa com projectos irreversíveis, (e não chega dizer que a culpa é da CML) a saber a Agência Europeia para a Segurança Marítima e Observatório Europeu para a Toxicodependência. O interface do Cais do Sodré prejudicou definitivamente a possibilidade e necessidade de reestruturação da Avenida 24 de Julho, de forma a transformá-la numa via local.
Atenção pois o Terminal de Cruzeiros já se encontra em construção ou trabalhos preparatórios.
4º- Não ao Projecto da Baixa-Chiado- Este plano contem diversos projectos que não resolvem os problemas da Baixa, a saber: A "Circular das Colinas", que pretende realizar vários túneis em zonas sensíveis; a ideia de "Centro Comercial" em algumas ruas na Baixa (muito grave); "Terminal de Cruzeiros" irá bloquear a frente rio histórica.
Acrescentava outras ideias:
-Aumento e avanço da via marginal de 10 metros sobre o rio em frente ao Terreiro do Paço, arranjo urbano da Praça do Comércio, em termos de vias, de mobiliário urbano, iluminação. alteração da localização da saída do Metro, e ou demolição do murete desta saída que prejudica/bloqueia a vista das arcadas. Recuperação da espectacularidade do Terreiro do Paço, os espaços urbanos do Arsenal da Marinha e Campo das Cebolas estão a competir com a praça.
Estacionamento publico na Doca da Aporvela, Jardim do Tabaco e transformação da Doca da Marinha em marina internacional.
-Instalação de interface de Santa Apolónia idêntico (Metro-Refer-Transtejo) ao do Cais do Sodré em Santa Apolónia, e libertação da estação Sulsudoeste para outra função junto ao Terreiro do Paço.
-Densificação da Cidade e programa de recuperação urbana do Vale de Marvila, terminar com a terminologia Chelas. Programar a demolição das habitações sociais num prazo de 30 anos, programa a desenvolver em conjunto com as cotas habitacionais. Instalação de um Interface em Olaias de ligação, Metro-Refer (linha de cintura interna)-ligação margem sul/aeroporto através da terceira travesia.
-Alterações ao trânsito, dificultar e provocar cruzamentos de forma disuadora do trafego em Lisboa, retirar e alterar os volumosos porticos de informação do tipo autoestrada.
-Promover e ajudar o Comercio de Rua, taxar os comerciantes que se instalam em centros comerciais e que no fundo não contribuem para uma saudável vida citadina.
-Transformar espaços de verdes urbanos em parques e jardins
Proponho ainda a colocação no Terreiro do Paço, na esquina Noroeste, de um busto ao Grande Buíça.
ResponderEliminarRidícula a proposta de taxar os comerciantes que optem pelos centros comerciais. Onde isto já vai... É imposto por tudo e por nada.
ResponderEliminarSe os consumidores preferem centros comerciais ao comércio tradicional, que hão-de fazer os lojistas?
Concordo com as restantes propostas. Só não vejo onde há capital para tudo isso... Mas parece que isso não passa de um pormenor.
vasco3148.cs@gmail.com
Caro Vasco
ResponderEliminarNos anos 90 as empresas de franchising pediram um relatorio para instalação das suas lojas em Madrid e Lisboa. Respeitante a Lisboa considerava que a melhor solução era em centros comerciais.
Esta tendencia é grave pois desertifica as ruas. Se reparar na zona da expo não existe praticamente comercio nas ruas, e o unico sentido é o polo cc Vasco da Gama/estação, as ruas ficam desertas. O centro comercial é no fundo uma mini-rede urbana, ruas pedonais (no melhor conceito de urbanismo dito tradicional)chegam ao fim do dia e toca de fechar a porta. O passeio nas ruas é importante, e a dinâmica de loja/montra é fundamental, deverá tambem concordar que os verdadeiros herois da Baixa são os lojistas, é certo com rendas baixas mas não será por culpa deles.
Relembro que em 2005 fecharam milhares de mercearias no país, julgo eu 35.000, temos que considerar que deste comercio dependiam várias familias, que tiveram de se subjugar aos supermercados e hipermercados. a titulo de exemplo não existe nenhum Corte Ingles em espanha como o que temos em Lisboa, concentrou tudo numa area que não estava preparada, nem em termos viarios, nem urbanos. E contra este tipo de mega estruturas e salvaguardar do comercio tradicional em vez de monopolios. A destribuição da riqueza e oportunidades é fundamental para maior equidade social, é disto que falo o bom planeamento e desenho urbano evita este tipo de situações.
só faltava agora a vaca cornélia vir apoiar o sá fernandes
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