- Já que a Associação Comercial do Porto se prepara para patrocinar um estudo sobre o aeroporto de Lisboa, sugiro à congénere lisboeta que se pronuncie sobre o modelo de gestão do aeroporto de Pedras Rubras apresentado por aquela associação.
- João Moutinho, Comandante da TAP, e Pós-graduado em Transporte Aéreo, Aeroportos e Navegação Aérea, publicou há uns anos umas notas sobre a operação Portela + Alverca. Essas notas (que parece não terem custado os 500.000 euros que custou o estudo da TIS/CIP) estão disponíveis aqui.
- Seria útil que todos os candidatos à presidência da CML se pronunciassem sobre o destino a dar aos terrenos da Portela, caso se confirme a saída do aeroporto.
- Por fim, alguém sabe de quem são os terrenos da Portela? É que - diz-se - que os mesmos foram doados ao Estado para construção do aeroporto, o que pode significar que, saindo o aeroporto, aquilo volta para mãos privadas...
Um blogue do Movimento Fórum Cidadania Lisboa, que se destina a aplaudir, apupar, acusar, propor e dissertar sobre tudo quanto se passe de bom e de mau na nossa capital, tendo como única preocupação uma Lisboa pelos lisboetas e para os lisboetas. Prometemos não gastar um cêntimo do erário público em campanhas, nem dizer mal por dizer. Lisboa tem mais uma voz. Junte-se a nós!
Os terrenos actualmente ocupados pelo aeroporto da Portela pertencem, na sua maioria, à Câmara Municipal de Lisboa, embora essa seja um questão que, ao que sei, é objecto de litígio em tribunal.
ResponderEliminarUma parte menor (10 a 15%?) dos terrenos pertence a privados.
E os terrenos tornaram-se camarários como? Compra e Venda, Doação, etc?
ResponderEliminarÉ que se a doação foi condicionada à construção do aeroporto (doação modal), caso a CML queira fazer lá outra coisa, a propriedade reverte para o doador.
Por outro lado, desconhecia essa fatia de 10 a 15% de propriedade privada.
Penso que um dos proprietários privados é o Dr. Roquette (ex presidente do Sporting).
ResponderEliminarNão sei, mas presumo, que os terrenos camarários tenham resultado de expropriação a privados, modelo muito em voga durante o consulado do Duarte Pacheco (cfr Vítor Matias Ferreira, "Lisboa: de Capital do Império a Centro da Metrópole").
Se bem me lembro, inclusive, essa figura da reversão existe mas é a favor da CML, ou seja, quando o Estado não precisar dos terrenos para uso aeroportuário.
Agora, uma questão MUITO INTERESSANTE é ver que não é preciso ter terrenos no aeroporto para beneficiar com a sua saída.
Repare: todos os terrenos localizados ob o cone de aproximação ao aeroporto estão sujeitos a limitações de altura. Estou a falar de terrenos localizados dentro e fora do Concelho (também em Loures, etc.).
Imagine os milhões de metros quadrados de construção a mais que poderão ser feitos em altura nesses terrenos depois de o aeroporto sair... Disto ninguém fala eh eh eh
Mais uma coisa: a saída do aeroporto pode ajudar - e muito - à venda da Alta de Lisboa, que como toda a gente sabe está a correr muito mal. Ter um aeroporto ao lado não ajuda muito...
ResponderEliminarNunca me tinha apercebido da questão urbanística resultante do desaparecimento do cone de aproximação das pistas do aeroporto... Mas é verdade!
ResponderEliminarÉ verdade, é...
ResponderEliminarPegue numa planta de Lisboa, desenhe os cones de aproximação às pistas em ambos os topos, e fica com uma ideia, só em Lisboa...
Mais simples, pode ver na planta do PDM onde é que há restrições devidas ao aeroporto... é muita fruta, milhões de metros quadrados de contrução que passa a ser possível...
Podem fazer espaço verde à vontade nas pistas, que não é por aí que o gato vais às filhozes...