Sob o signo de Tália. «Uma escola de bom gosto» desde 1836/46
Uma ideia de Passos Manuel, o setembrista, que pôs Almeida Garrett à frente do programa global de construção e concretização da ideia. Lodi projectou-o. Ali tinha havido um palácio que fora sede da Inquisição mas ardera durante um incêndio nesse mesmo ano de 36. Mas da construção à inauguração foram 10 anos, durante os quais o teatro nacional funcionou na Rua dos Condes, no edifício que depois viria a ser o Cinema Condes.
É um imóvel de interesse público. Começou por ter na designação o nome da Rainha que hoje tem outra vez. Mas os republicanos rebaptizaram-no: por uns tempos ostentou o nome de Almeida Garrett.
É o Teatro Nacional D. Maria II.
Uma ideia de Passos Manuel, o setembrista, que pôs Almeida Garrett à frente do programa global de construção e concretização da ideia. Lodi projectou-o. Ali tinha havido um palácio que fora sede da Inquisição mas ardera durante um incêndio nesse mesmo ano de 36. Mas da construção à inauguração foram 10 anos, durante os quais o teatro nacional funcionou na Rua dos Condes, no edifício que depois viria a ser o Cinema Condes.
É um imóvel de interesse público. Começou por ter na designação o nome da Rainha que hoje tem outra vez. Mas os republicanos rebaptizaram-no: por uns tempos ostentou o nome de Almeida Garrett.
É o Teatro Nacional D. Maria II.
«Localização: Praça D. Pedro IV (Rossio). Autoria do projecto: Fortunato Lodi. Data: 1846. Edificio neoclássico destacando-se, na fachada principal, o pórtico com seis colunas jónicas. O frontão com tímpano é encimado por 3 figuras: Gil Vicente, Tália (deusa da comédia) e Melpomene (deusa da tragédia).
Integrado nas festividades do aniversário da Rainha Dona Maria II, o teatro inaugura em Abril de 1846 com a peça Álvaro Gonçalves, «O magriço e os Doze de Inglaterra», um original de Jacinto Heliodoro de Faria Aguiar de Loureiro.
Após a implantação do regime republicano, o teatro verá o seu nome, temporariamente alterado para Teatro Nacional Almeida Garrett.
Em 1964 o interior é completamente destruído por um incêndio. Reabre ao publico em 1978 com a apresentação do «Auto da Geração Humana» (atribuído a Gil Vicente) e, «O Alfageme de Santarém, de Almeida Garrett».
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«Na fachada principal salienta-se um pórtico com seis colunas jónicas, oriundas do convento de São Francisco da Cidade, um friso decorativo e um frontão com tímpano esculpido. A fachada apresenta nas extremidades grupos de quatro pilastras e no topo do edifício está a estátua de Gil Vicente, o pai do teatro português.
O edifício é considerado um exemplar da arquitectura civil cultural, de estilo neoclássico e foi construído no século XIX. Sofreu ao longo dos tempos diversas intervenções, uma delas foi feita no século XX, para recuperar o interior do teatro que tinha ardido com um grave incêndio em 1964. (Imóvel de Interesse Público)».
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«O Teatro Nacional abriu as suas portas a 13 de Abril de 1846, durante as comemorações do 27º aniversário de Maria II (1819-1853), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Na inauguração, foi apresentado o drama histórico em cinco actos O Magriço e os Doze de Inglaterra, original de Jacinto Aguiar de Loureiro.
Mas a história do Teatro Nacional de Dona Maria II, começou dez anos antes da sua inauguração. Na sequência da revolução de 9 de Setembro de 1836, Passos Manuel assume a direcção do Governo e uma das medidas que tomou nesse mesmo ano foi encarregar, por portaria régia, o escritor e político Almeida Garrett de pensar o teatro português em termos globais e incumbi-lo de apresentar "sem perda de tempo, um plano para a fundação e organização de um teatro nacional, o qual, sendo uma escola de bom gosto, contribua para a civilização e aperfeiçoamento moral da nação portuguesa". Por esse mesmo decreto, Almeida Garrett ficou encarregue de criar a Inspecção-Geral dos Teatros e Espectáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, instituir prémios de dramaturgia, regular direitos autorais e edificar um Teatro Nacional "em que decentemente se pudessem representar os dramas nacionais".
O ambiente Romântico que se vive nesta altura em toda a Europa determina a urgência em encontrar um modelo e um repertório dramatúrgicos nacionais, assumido que era que da afirmação de uma “arte nacional” dependia uma melhor e mais exacta definição da própria nação. Ou seja, o aparecimento de um teatro (e de um repertório) nacional era uma questão não só cultural como, sobretudo, política e assumida como um assunto estreitamente ligado à própria independência da nação.
Entre 1836, data da criação legal do teatro, à sua inauguração, em 1846, funcionou um provisório teatro nacional no Teatro da Rua dos Condes (mais tarde transformado em cinema Condes).
O local escolhido para instalar o definitivo Teatro Nacional foram os escombros do palácio dos Estaús, antiga sede da Inquisição e que, também em 1836, tinha sido destruído por um incêndio.
A escolha de um arquitecto italiano, Fortunato Lodi, para projectar e executar o Teatro Nacional não foi isenta de críticas e só em 1842, Almeida Garrett consegue dar início às obras.
Durante um largo período de tempo o Teatro Nacional foi gerido por sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro que permaneceu no teatro de 1929 a 1964.
Em 1964 o Teatro Nacional foi “palco” de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores. O edifício que hoje conhecemos, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só em 1978 reabriu as suas portas.
Em Março de 2004, o TNDM II foi transformado em sociedade anónima de capitais públicos, passando a denominar-se TNDM II, S.A. – gerido por administração própria e sujeito à superintendência e tutela dos Ministros das Finanças e da Cultura».
Fontes: Revelar LX, site do TNDM II, Lifecooler
Integrado nas festividades do aniversário da Rainha Dona Maria II, o teatro inaugura em Abril de 1846 com a peça Álvaro Gonçalves, «O magriço e os Doze de Inglaterra», um original de Jacinto Heliodoro de Faria Aguiar de Loureiro.
Após a implantação do regime republicano, o teatro verá o seu nome, temporariamente alterado para Teatro Nacional Almeida Garrett.
Em 1964 o interior é completamente destruído por um incêndio. Reabre ao publico em 1978 com a apresentação do «Auto da Geração Humana» (atribuído a Gil Vicente) e, «O Alfageme de Santarém, de Almeida Garrett».
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«Na fachada principal salienta-se um pórtico com seis colunas jónicas, oriundas do convento de São Francisco da Cidade, um friso decorativo e um frontão com tímpano esculpido. A fachada apresenta nas extremidades grupos de quatro pilastras e no topo do edifício está a estátua de Gil Vicente, o pai do teatro português.
O edifício é considerado um exemplar da arquitectura civil cultural, de estilo neoclássico e foi construído no século XIX. Sofreu ao longo dos tempos diversas intervenções, uma delas foi feita no século XX, para recuperar o interior do teatro que tinha ardido com um grave incêndio em 1964. (Imóvel de Interesse Público)».
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«O Teatro Nacional abriu as suas portas a 13 de Abril de 1846, durante as comemorações do 27º aniversário de Maria II (1819-1853), passando por isso a exibir o seu nome na designação oficial. Na inauguração, foi apresentado o drama histórico em cinco actos O Magriço e os Doze de Inglaterra, original de Jacinto Aguiar de Loureiro.
Mas a história do Teatro Nacional de Dona Maria II, começou dez anos antes da sua inauguração. Na sequência da revolução de 9 de Setembro de 1836, Passos Manuel assume a direcção do Governo e uma das medidas que tomou nesse mesmo ano foi encarregar, por portaria régia, o escritor e político Almeida Garrett de pensar o teatro português em termos globais e incumbi-lo de apresentar "sem perda de tempo, um plano para a fundação e organização de um teatro nacional, o qual, sendo uma escola de bom gosto, contribua para a civilização e aperfeiçoamento moral da nação portuguesa". Por esse mesmo decreto, Almeida Garrett ficou encarregue de criar a Inspecção-Geral dos Teatros e Espectáculos Nacionais e o Conservatório Geral de Arte Dramática, instituir prémios de dramaturgia, regular direitos autorais e edificar um Teatro Nacional "em que decentemente se pudessem representar os dramas nacionais".
O ambiente Romântico que se vive nesta altura em toda a Europa determina a urgência em encontrar um modelo e um repertório dramatúrgicos nacionais, assumido que era que da afirmação de uma “arte nacional” dependia uma melhor e mais exacta definição da própria nação. Ou seja, o aparecimento de um teatro (e de um repertório) nacional era uma questão não só cultural como, sobretudo, política e assumida como um assunto estreitamente ligado à própria independência da nação.
Entre 1836, data da criação legal do teatro, à sua inauguração, em 1846, funcionou um provisório teatro nacional no Teatro da Rua dos Condes (mais tarde transformado em cinema Condes).
O local escolhido para instalar o definitivo Teatro Nacional foram os escombros do palácio dos Estaús, antiga sede da Inquisição e que, também em 1836, tinha sido destruído por um incêndio.
A escolha de um arquitecto italiano, Fortunato Lodi, para projectar e executar o Teatro Nacional não foi isenta de críticas e só em 1842, Almeida Garrett consegue dar início às obras.
Durante um largo período de tempo o Teatro Nacional foi gerido por sociedades de artistas que, por concurso, se habilitavam à sua gestão. A gestão mais duradoura foi a de Amélia Rey Colaço / Robles Monteiro que permaneceu no teatro de 1929 a 1964.
Em 1964 o Teatro Nacional foi “palco” de um brutal incêndio que apenas poupou as paredes exteriores. O edifício que hoje conhecemos, e que respeita o original estilo neoclássico, foi totalmente reconstruído e só em 1978 reabriu as suas portas.
Em Março de 2004, o TNDM II foi transformado em sociedade anónima de capitais públicos, passando a denominar-se TNDM II, S.A. – gerido por administração própria e sujeito à superintendência e tutela dos Ministros das Finanças e da Cultura».
Fontes: Revelar LX, site do TNDM II, Lifecooler
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