...uma munícipe octagenária forçada a andar no meio da rua porque os passeios do seu bairro estão ocupados com viaturas automóveis.
A imagem retrata um problema quotidiano na Rua da Saudade, Freguesia de Santiago. Apesar de estar incluída na "zona de acesso condicionado da colina do Castelo", aqui o estacioamento ilegal reina sobre os direitos elementares dos peões. Mas não só os residentes sofrem. A Rua da Saudade é utilizada anualmente por milhares de turistas. É um dos percursos que liga a zona da Sé-Alfama ao bairro do Castelo. Lisboa, parece, não garante nem a segurança dos seus habitantes nem dos que nos visitam.
(foto enviada por uma munícipe que já fez vários apelos junto da CML e EMEL)
Como em Alfama, existe (algum) controlo de acesso à zona condicionada, mas não existe nenhuma fiscalização.
ResponderEliminarIsto é: não sendo morador, entro com o meu carro e tenho 30 minutos para fazer uma carga ou descarga, por exemplo. Agora, como não há fiscalização, se me apetecer, deixo lá o carro estacionado uma semana inteira!
Mas não há soluções fáceis. O número de lugares disponíveis nem chega para os próprios moradores. Muitos deles, em Alfama, estão revoltados com a EMEL, pois pensavam que íam ter estacionamento reservado à porta de casa. Pois...
A única solução (que terá de ser gradualmente "vendida" aos moradores) é a pedonalização total das zonas condicionadas de Alfama e Castelo/Santiago.
Pode ser que assim as pessoas fiquem com mais vontade de reivindicar melhores transportes públicos!
Exactamente. A solução é de facto a gradual pedonalização dos bairros históricos de Lisboa. Não faz sentido algum que, por exemplo, dentro do Bairro do Castelo estejam diáriamente estacionados cerca de 100 carros de moradores e comerciantes! Lisboa deve ser talvez a única cidade do país que ainda permite circulação e estacioanmento no seu Castelo. Alguém conhece outro caso em território nacional?
ResponderEliminarAlguém conhece outro caso em território nacional?
ResponderEliminarSim, Óbidos.
Esta é uma questão complexa. Como moro na Graça normalmente ia ao Castelo a pé. Mas com filhos bébés, respectivos carrinhos e adereços, tenho de optar por levar o carro o mais próximo possivel, que normalmente é a zona das Portas do Sol. Daí é ir com o carrinho pela estrada com empredrado irregular, pois não cabe no passeio, encosta acima até ao Castelo. Hão de experimentar...
ResponderEliminarO resultado é que no passado fim de semana, eu e a minha familia deviamos ser dos poucos portugueses no Castelo. Um espaço magnifico para ir com as crianças, mas que transformaram num espaço para turistas.
"(...)mas que transformaram num espaço para turistas"
ResponderEliminarPois... Os portugueses preferem os centros comerciais aos monumentos, preferem as montras à História. E os lisboetas não são excepção!
vasco3148.cs@gmail.com
que cena triste. revoltante. anos e anos de impunidade, anos e anos a fazer as pessoas acreditar que é possível todos possuirmos uma viatura automóvel (estacionada em frente à casa, evidentemente). o resultado encontra-se resumido nesta fotografia. somos uma sociedade doente.
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