24/07/2007

Trazer o carro ou a moto para o centro de Lisboa?

O ideal era ir de transporte público. Isso, sem dúvida. Mas para quem não tem essa opção por enquanto, por milhentos motivos? Se quiser trazer a moto? Para alguns pode até colocar-se a opção: trazer o carro ou a moto? Ok, trago a moto (a 1ª pessoa é apenas uma forma de escrever, uma hipótese teórica: não tenho nem nunca tive, mas amigos meus têm e colocam a questão). Trazem a moto. Mas... e depois? Estacionar onde? Quase não se pensa no assunto. Mas parece que valia a pena que se pensasse: segundo me dizem, as motos produzem muito menor poluição em número de unidades de CO2 emitidas. Para a mesma cilindrada, muito menos. Mas a maioria dos carros tem mais cilindrada do que a maioria das motos.
Vem isto a propósito do incentivo ao uso de moto: traga a sua moto para a cidade, deixe o carro em casa (se o tiver também).
A questão que surge é o estacionamento. Na Baixa, por exemplo, só existem dois pequenos parqueamentos autorizados, segundo me foi dito hoje: um na Rua do Crucifixo, outro na Rua do Sacramento (julgo que é aqui). Cada um destes locais tem apenas quatro lugares de moto. Uma ninharia.
Nos parques subterrâneos, os motociclistas não podem estacionar.
Um problema? Um problemas sério?
Já agora, saiba que uma moto de 1 000 cm3 paga de imposto de circulação mais de 100 €... Ou seja: muito mais do que um carro com a mesma cilindrada. Ao que sei, porque uma lei de há 30 anos declarava a moto um meio de transporte de luxo... Onde isso já vai.

9 comentários:

  1. Em Roma as motorizadas são aos milhares, e aí estamos a falar de 50-250 cm³.......algo útil para combater a poluição, e aumentar a mobilidade.


    JA

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  2. A propósito de mobilidade recomendo o blog menos1carro.blogs.sapo.pt
    A questão das motos já foi abordada ao de leve no blog, mas essencialmente são dadas sugestões para diminuir o espaço ocupado pelo automóvel nas cidades, as questões inerentes á sua utilizaçao, como reduzir a necessidade de o usar, etc...

    AC

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  3. De facto as motas (descontando as hipóteses, pé, bicicleta e transportes públicos) é claramente melhor para a cidade do que o automóvel.
    Mas não tanto pelas razões que indica (a diferença de poluição não é assim tão grande, e como um automóvel pode levar mais pessoas, a diferença pode mesmo desaparecer).
    As grande vantagens da mota são:
    - Não provocam trânsito (imagine-se Lisboa sem filas de trânsito!!)
    - Não ocupam uma enormidade de espaço urbanos (No espaço de um automóvel cabem umas 5 motas). O que permitiria libertar passeios para peões, esplanadas, jardins,etc...
    - Não matam como um automóvel (1/4 das vítimas de acidentes são peões)

    Têm é o problema do barulho...

    (p.s. já agora não faz sentido comparar uma mota de 1000cm3 com um carro de 1000cm3. A primeira é uma topo de gama, e o segundo é um franganote)

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  4. Obrigado, Menos Um Carro (MC)!
    A minha comparação tem só a ver com o facto de o imposto não ter qualquer relação com a emissão de CO2. aqui, agora, a minha preocupação vai para o Ambiente. Não me fiz entender...

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  5. Finalmente existe um lugar onde pode alugar uma Scooter em Lisboa.
    Sómente 25€ por dia!!!!
    Na SCOOTER MANIA Rua do Crucifixo, 17, Lisboa na Baixa.
    Faça a sua reserva 213467144
    Visite o nosso site:
    www.scooter-mania.pt

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  6. Já chegamos ao ponto em que a mais pequena diferença de emissão, é de considerar.......
    E uma motorizada de 125 cm³ que serve muito bem para circular numa cidade, gasta muito menos que um automóvel.
    O carro pode levar mais pessoal.....mas provavelmente 8 de cada 10 estrelas leva só uma pessoa lá dentro.

    JA

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  7. Relembrando...

    http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=284826

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  8. Hoje as motos não são já ruidosas e poluidoras como parece prevalecer em algumas mentes. As motos são de facto uma alternativa, pelas razões já apontadas, mas também porque se adaptam perfeitamente ao nosso clima e à nossa topografia.

    Tentei recentemente arranjar na zona do chiado um parque para deixar a mota durante a noite. Dos 4 parque que existem, apenas um - particular - aceita motas, mas não lhes reserva nunhum lugar específico, pelo que vi a minha mota ser derrubada por um carro e ficar diversas vezes impossibilitado de sair porque algum carro a tinha tapado sem me deixar espaço para saír do canto onde me deixaram estacionar. Os parques da Câmara, quer o da Cç. do Combro quer o do Lg. Camões não têm espaço para motas, e uma avença mensal custa tanto como um lugar de carro (e isto no dia em que houverem vagas)! O outro parque, tb privado, pura e simplesmente não aceita motas.

    Contactei a CML sobre este assunto e, como é hábito, responderam ao lado, que a EMEL estava a pensar criar um espaço para motas na rua da madalena! ao ar livre, leia-se!

    Roma, que visitei recentemente, é de facto um exemplo. Basta imaginar Lisboa com 1/5 de volume de veículos nas ruas... pelo menos no verão!

    Medidas não faltam. algumas delas, como já foi dito, estão aqui:

    http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=12&id_news=284826

    Se alguém se lembrar de acarinhar a causa talvez a cidade melhore... e isto também porque andar de mota sabe tão bem que torna-nos mais felizes! ;)

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  9. Esperemos que esta cidade num futuro muito próximo se dedique a resolver estes pequenos problemas.
    Tanto o uso da bicicleta, como o da moto ou motorizada, deveriam nos tempos que correm receber um muito maior incitamento por parte das autoridades. Tendo em conta que as soluções para tal, são bastante simples e já levam umas décadas largas noutras partes da Europa.

    JA

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