In Público (11/7/2007)
Maria Lopes
«Defensor acérrimo da solução "Portela+1" na polémica sobre a construção ou não de um novo aeroporto para servir a cidade de Lisboa, Telmo Correia defendeu ontem que devem ser realizados três estudos em simultâneo, abrangendo os mesmos critérios, que avalie as localizações na Ota, Montijo ou Alcochete. Os estudos devem ser feitos no prazo de seis meses, o mesmo que o CDS conseguiu fazer aprovar no Parlamento para a opção Alcochete.
Se na Ota a opção é construir um espaço que substitua o de Lisboa, já nos casos de Montijo e Alcochete, a solução seria conjugar um com a manutenção das operações na Portela. "É fundamental que se estudem as três hipóteses sob os mesmos parâmetros: custos, impacto económico (turismo), navegabilidade e segurança, e impacto ambiental", afirmou o candidato do CDS/PP ontem, numa reunião com a Associação Portuguesa de Pilotos de Linha Aérea (APPLA).
Lembrando que o investimento previsto é de 3,1 mil milhões de euros (sem derrapagens), que a capacidade da Portela se esgotará com 18 milhões de passageiros, em 2013, e que a Ota só está prevista para 2017, a ""Portela+1" é a solução mais racional: com menos custos e mais rápida". O "+1" seria "um aeroporto médio de apoio, exclusivo para o espaço Schengen, de voos de médio curso e low-cost. Em dois ou três anos podíamos ter um aeroporto para ajudar a Portela e reaproveitar os trabalhadores absorvidos da Portugália", resumiu. E adiantou que fazer da Portela um jardim, como afirmou António Costa, "é pura demagogia e resposta de quem não tem propostas sérias".
Ainda sem posição tomada sobre o assunto, Carlos Morgadinho, vice-presidente da APPLA, disse que os pilotos, apesar de nunca terem sido ouvidos em qualquer estudo, estão a reunir informação sobre o assunto. "A manter-se este ritmo, a Portela esgota-se facilmente até 2013 e depois teremos um largo período a laborar em limite de saturação até à nova solução", lamentou. »
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