In Sol Online (25/9/2007)
Margarida Davim
«A Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados contesta a decisão da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária de alterar para 80 km/h o limite de velocidade na Avenina Marchal Spínola e pergunta: «O que mudou naquela via?»
Para a ACA-M (Associação dos Cidadãos Auto-Mobilizados), a decisão de alterar de 50 para 80 km/h o limite de velocidade na Avenida Marchal Spínola, em Lisboa, «carece de fundamentação técnica» e precisa de ser explicada.
Por isso, o grupo de cidadãos anunciou, esta terça-feira, em comunicado que enviou ao presidente da Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR) e ao ministro da Administração Interna um requerimento «exigindo ter acesso, com carácter de urgência, aos eventuais estudos e auditorias necessários para fundamentar a alteração da velocidade máxima de 50km para 80km em certas vias de Lisboa».
Os cidadãos lembram «a facilidade com que as autoridades políticas cedem a lobbies de interesses particulares», pondo em causa o estudo feito pelo Automóvel Club de Portugal (ACP) e entregue à Câmara de Lisboa, a propor o aumento dos limites de velocidade em algumas das vias controladas por radar. (...)
A associação dirigida por Manuel João Ramos – vereador na Câmara de Lisboa pelo movimento Cidadãos por Lisboa – acredita que colocar radares para resolver o problema do excesso de velocidade em Lisboa é como «usar pensos rápidos para curar tumores malignos», mas constata que desde que os «radares foram instalados, a sinistralidade grave baixou 78%» na capital.
Para esta associação, um limite de velocidade de 80 km/h pode aumentar o atropelamentos mortais na Avenida Marchal Spínola, pelo que pretende revogar a decisão tomada pela ANSR, porque «os radares podem chatear um bocadinho mas... salvam vidas».»
Só três achegas:
- O MJR vai perdoar-me, certamente, mas é preciso ultrapassar essa tendência crescente que existe em variadíssimos sectores da nossa sociedade em usar uma linguagem médica no que toca a Lisboa;
- Na Avenida Marechal Spínola (tem graça, só agora me apercebi que assim era... ) não creio que haja atravessamento de peões, pelo menos nunca ali vi nenhum (direi mesmo que é quase impossível abrir caminho para a avenida desde as bermas, sobretudo entre o viaduto por debaixo do Parque da Bela Vista e a praça/rotunda no fim da mesma) e atravessamentos mortais têm sido (ou foram) cá do outro lado, em plena Av.E.U.A. ... além de que a referida avenida não é a Avenida de Ceuta;
- A instalação de radares foi mal feita e mal divulgada, ontem e hoje, sem qualquer preparação ou preocupação, apenas tão só como uma maneira de a CML tentar obter receitas extraordinárias para si própria, o que, por sinal, nem consegue fazer, porque não existem mecanismos que assegurem o bom pagamento pelos multados.
Por isso, a instalação de radares vai ter que ser repensada, sobretudo em termos de localização e respectivos limites de velocidade. Mas isso sou eu a falar, claro.
Uma correcção: a colocação de radares só aconteceu assim para a vereadora poder fazer show-off num momento em que internamente e para o partido dela ela tinha de se afirmar. É que o Fontão de Carvalho estava a prazo e o Carmona também...
ResponderEliminarmuito bem paulo
ResponderEliminarnão sei onde foram buscar o fundamento para afirmar a taxa de diminuição de acidentes (fonte?) e qual o seu significado real (dimunuição de que acidentes? de feridos? mortos?). e depois há o common sense,que diz a qualquer pessoa bem formada que não se pode andar com as máquinas actuais a 40 ou 50 km em muitos dos locais com radares, gago coutinho incluida.
Senhores "Automobilizados", agradecia que refutassem ponto por ponto o meu comentário abaixo, pois ficaríamos todos a ganhar.
ResponderEliminarOs radares deveriam mudar simplesmente de sítio, para onde possam ser realmente mais úteis:
1.º) A saída da ponte 25 de Abril entre o viaduto Duarte Pacheco e o Aqueduto das Águas Livres é um local com curvas e contracurvas, o limite de velocidade é de 80 Km e deve ser controlado, porque há aí muitos acidentes. Colocava ali um radar;
2.º) Retirava o radar da Av. das Descobertas porque está junto ao semáforo, porque aí os veículos devem é parar ao sinal vermelho ou passar o mais rapidamente possível durante o amarelo se não for seguro parar;
3.º) Em vez de controlar a velocidade a meio da Radial da Buraca, optava por fazê-lo na rua paralela do outro lado da linha do comboio, na rua Conde de Almoster ou no preciso local do entroncamento com a 2.ª circular, regulado para 50 ou 60 Km. É aí o local dos frequentes acidentes. Qual foi a razão por se ter optado pela recta da radial? Não consigo saber qual o motivo de ter uma velocidade inferior à do IC19 (100Km);
4.º) No túnel do Campo Pequeno, em vez do radar estar colocado na recta, colocava-o nas saídas ou junto à saída para a Av. Gago Coutinho, por ser em curva e de seguida entroncar na referida Avenida;
5.º) No túnel da Amoreiras colocava o controlo de velocidade só na descida, mas regulado para 70 km ou regulado para 50 Km nas saídas em curva;
6.º) Em vez de colocar os radares na extensão da Avenida E.U.A.(sem casas por perto nem peões), colocava-os na parte antiga da mesma Avenida, considero que aí os 50 Km seria a regulação certa;
7.º) Uma coisa é circular-se nas vias centrais das Av. do Campo Grande ou na Av. República; outra é circular-se nas vias laterais à direita dessas Avenidas. Retirava os radares das vias centrais e colocava-os nas vias paralelas à direita em cada um dos sentidos, regulados para 50 Km (ou menos) - Assim acontece o paradoxo inevitável de se circular a 53 km ou hora nas vias centrais e ser-se automaticamente multado, enquanto que nas vias à direita poderá ir a 70 km, junto aos edifícios e aos peões, e não sofrer qualquer sanção (iguais às referidas no ponto seguinte;
8.º) As restantes vias não referidas: ou são troços de Avenidas sem casas a ladear ou são as vias principais de entrada e saída de Lisboa. Admitia nelas uma velocidade superior aos 50 Km, PARA LHE AUMENTAR A SEGURANÇA COLOCAVA BARREIRAS DE PROTECÇÃO PARA IMPEDIT OS PEÕES DE AS ATRAVESSAR FORA DOS LOCAIS PRÓPRIOS, NAS PASSAGENS AÉREAS OU SUBTERRÂNEAS E CONTINUAVA COM O ESFORÇO DE SUBSTITUIÇÃO DOS CRUZAMENTOS DE NÍVEL POR DESNIVELADOS
Zé da Burra o Alentejano