Há coisas do diabo. Anda-se agora a procurar que a instalação de arte pública seja pautada por uma Comissão de Estética de Lisboa, e eis o que alguém foi desencantar algures (e teve a amabilidade de me enviar, o que agradeço), nos confins dos tempos, logo ali por meados dos anos 30, ou seja, em plena implantação do fascismo também na CML... Não é pois coisa nova. As preocupações de hoje é que são outras, mas o problema e a via de o encarar já vêm de longe. (Por exemplo: a foto que inseri, da Casa dos Bicos, é de 1940)
Eis então a descoberta:
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Conselho de Estética Citadina
«O Conselho de Estética Citadina, criado por proposta de 20 de Dezembro de 1933, funciona consultivamente junto do Pelouro dos Serviços Culturais e tem por fim emitir parecer sobre os problemas gerais de estética urbana e sobre as questões relacionadas com as transformações a realizar na cidade de Lisboa, de forma a evitar quaisquer atentados à arte, à tradição ou à história da capital.
A deliberação camarária de 4 de Abril de 1935 alterou a constituição do Conselho no que diz respeito aos seus vogais natos, estabelecendo que êstes seriam: o Presidente de Câmara que serviria de Presidente, os Vereadores dos Pelouros de Urbanização e dos Serviços Culturais, e o Chefe do Conselho de Arquitectura da Câmara, que serviria de secretário.»
Texto extraído no Anuário da Câmara Municipal de Lisboa, nº 1, Ano I, 1935, pp. 241-242
«O Conselho de Estética Citadina, criado por proposta de 20 de Dezembro de 1933, funciona consultivamente junto do Pelouro dos Serviços Culturais e tem por fim emitir parecer sobre os problemas gerais de estética urbana e sobre as questões relacionadas com as transformações a realizar na cidade de Lisboa, de forma a evitar quaisquer atentados à arte, à tradição ou à história da capital.
A deliberação camarária de 4 de Abril de 1935 alterou a constituição do Conselho no que diz respeito aos seus vogais natos, estabelecendo que êstes seriam: o Presidente de Câmara que serviria de Presidente, os Vereadores dos Pelouros de Urbanização e dos Serviços Culturais, e o Chefe do Conselho de Arquitectura da Câmara, que serviria de secretário.»
Texto extraído no Anuário da Câmara Municipal de Lisboa, nº 1, Ano I, 1935, pp. 241-242
Ver [aqui], lado a lado a velha com a nova.
ResponderEliminarSe antes de comentar questões sérias de, por exemplo, arquitectura houvesse a preocupação de adquirir competência para tal a questão seria sabida. O mesmo acontecendo com o destino dado à comissão. Quanto ao projecto da nova será necessário ponderar. Ou então comentamos no melhor espírito da comissão.
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