In Público (24/4/2008)
Catarina Prelhaz
«Recomendação de "Os Verdes" foi aprovada por unanimidade, mas a livre fruição do jardim divide assembleia municipal
Se o estudo de impacte ambiental reuniu o apoio de todos os partidos, o mesmo não aconteceu relativamente à fruição livre do Botânico. Com a abstenção do PS e do BE, a assembleia aprovou a recomendação de "Os Verdes" para que a câmara "não permita a abertura desmesurada do Botânico ao público" como prevêem alguns projectos apresentados no concurso de ideias para o Parque Mayer, museus e zona envolvente.
a "Os Verdes" recomendaram e a Assembleia Municipal de Lisboa aprovou por unanimidade: o Jardim Botânico só pode ser reabilitado com um estudo de impacte ambiental. Para as forças políticas com assento na assembleia (PSD, PCP, Bloco de Esquerda, CDS-PP e Partido Ecológico "Os Verdes"), o executivo camarário encabeçado por António Costa (PS) deve exigir uma avaliação das consequências que uma intervenção poderá ter para aquele espaço, considerado juntamente com os Museus da Politécnica o "pólo histórico-científico mais importante da cidade".
De acordo com a recomendação aprovada terça-feira, para além de um estudo de impacte ambiental, a câmara deverá simultaneamente proceder a "um levantamento de todas as potencialidades do jardim e dos pontos fracos do que ainda falta fazer, para que o Jardim Botânico possa ser um jardim de futuro em termos de investigação, educação para a cidadania e protecção do espólio existente".
Palacete Ribeiro da Cunha
Paredes meias com o Jardim Botânico, o palacete neomourisco Ribeiro da Cunha, adquirido pela empresa norte-americana Eastbanc para ser transformado em hotel, continua a ser motivo de preocupação. Para o movimento cívico Fórum Cidadania Lisboa, os investidores têm de apostar na preservação do logradouro daquele edifício do Príncipe Real, sob pena de Lisboa ver desaparecer o seu "último conjunto neo-romântico "casa-jardim" intacto" e uma peça-chave de dois conjuntos patrimoniais em vias de classificação como monumento nacional: o Jardim Botânico e a Mãe de Água/Príncipe Real.
O projecto da Eastbanc de fazer do Príncipe Real uma zona hoteleira de excepção "é uma boa ideia", mas há outras soluções para a rentabilidade dopalacete que poderão manter intacto "o seu imenso e valioso logradouro", como torná-lo numa zona de recepções e de suites de luxo, em apoio a imóveis vizinhos, defende o Fórum Cidadania Lisboa. "Dado o número considerável de prédios e palacetes que tem adquirido na zona, não será difícil encontrar forma de fazer o hotel do Palacete Ribeiro da Cunha como uma e apenas uma das componentes do conjunto hoteleiro".
Segundo a Eastbanc, o palacete só é rentável se for transformado em hotel, admitindo recorrer ao jardim daquele imóvel e logradouros vizinhos para instalar cerca de 42 quartos (para preservar o património, o edifício do palacete apenas poderá albergar oito quartos) em piso térreo, de forma a minimizar o seu impacto visual. Contudo, o projecto da Eastbanc para o palacete apenas avançará depois de aprovado o plano de pormenor para o Parque Mayer e zona envolvente.»
Greening the Ivory Tower:
ResponderEliminarNorth American colleges and universities are integrating environmental practices into design education in innovative ways.
And you who have it already at the level of excellence - Jardim Botânico da Faculdade de Ciências - are trying to destroy it!
For Garcia de Orta's sake and for the benefit of the international scientific community keep Jardim Botânico alive!
The World needs it.
Não sei foi realmente Bill Gates,o anterior autor mas repito-o, "for Garcia de Orta´s sake...keep Jardim Botânico alive!"
ResponderEliminarCosta sabe-o mas não se pronuncia claramente,pois há o Eastbanc...
Mas podia brincar a Pilates chamando pessoas a sério como os Profs. Catarino ou Galopim de Carvalho ou Ribeiro Telles e "desculpar-se" com eles,confiando discretamente neles,como quem-não-quer a coisa,e desconfiando dos vampirosos arquitectos-vedeta-á Byrne,como "quem-quer",não querendo,claro.Até teria apoios,como se vê de Bill Gates.
É um assunto delicado mas grandioso!
O cerne desta polémica está na ocupação dos logradouros com betão,algo que esteve proibido no Regulamento do PDM e que pelos vistos já não estará,mas deveria estar-continuar.
Alguém me explica isto?
Agradeço.
24-408 Lobo Villa