O plano prevê ainda a instalação de "uma esquadra do séc. XXI" e do "Espaço Liberdade e Segurança" no piso térreo da ala oriental do MAI e a desocupação dos dois torreões da Praça do Comércio (nascente e poente) e o seu aproveitamento para "actividades de criatividade, inovação e excelência".
Ainda para o Terreiro do Paço, está prevista a recuperação das fachadas, a instalação de espaços comerciais e culturais no piso térreo e uma ligação pública do Pátio da Galé à Ribeira das Naus.
(...)O plano da Frente Tejo propõe a construção e exploração de um equipamento cultural na área da Doca da Marinha e a criação de condições para a estadia de embarcações emblemáticas.
(...)
Para o Cais do Sodré está prevista a construção de um parque de estacionamento e de uma nova ligação por elevador entre o Largo do Corpo Santo e o impasse à Rua dos Braganças/Rua Victor Cordon.
Já na zona do Terreiro do Trigo/Santa Apolónia, o documento indica que deverão ser encontradas soluções para reduzir o trânsito de atravessamento entre o Cais do Sodré e o Campo das Cebolas.
A criação de um percurso pedonal e de bicicletas contínuo ao longo da frente do rio da baixa pombalina está igualmente prevista.
Noticia completa aqui
Para quem se deu ao trabalho de ler o Diário da Républica: a obra é de uma extensão brutal e é para estar terminada a tempo das comemorações dos 100 da implantação República, ou seja, 5 de Outubro de 2010.
ResponderEliminarE tudo isto por 145M€.
Se continuar, sou Velho do Restelo, portanto...
Não. Para quem se deu ao trabalho de ler bem o Diário da Républica,
ResponderEliminarO que lá diz, é que se pretende ter o projecto terminado. Não se pretende ter a obra nem terminada nem começada. Apenas se vai apresentar o projecto!
Por acaso, na notícia vinda a público e aqui indicada, no seu último parágrafo, o que é dito é que e passo a citar, "Toda esta intervenção, que será gerida pela sociedade Frente Tejo, liderada por José Miguel Júdice, deverá ser alvo de estudos urbanísticos a elaborar pela Parque Expo e estar concluída (a intervenção, presumo eu), em 2010."
ResponderEliminarEste grande investimento, parece englobado na tentativa governamental de dinamização da economia, atravês da aposta na realização de grandes obras públicas, sustentadas por parcerias público-privadas-comunitárias, o que per si, não me parece de todo errado. Não sendo no entanto, a minha área de conhecimento, por aqui me fico relativamente a este aspecto.
No que concerne ao projecto em si, ou melhor, ao documento estratégico de intervenção, não lhe encontro, para já e apôs análise em diagonal do documento, nada com que possa discordar abertamente, salvo no que respeita á construção do novo Museu dos Coches. E porquê?
Porque entendo que Lisboa necessita de um grande museu nacional, com capacidade de internacionalização e portanto, gerador das cinergias necessárias para atrair turismo em massa de qualidade, como acontece com os grandes museus das capitais do mundo.
A concentração num só museu, dos espólios espalhados pelos vários mini-museus (coches incluido), permitiria a concentração de meios humanos, financeiros, fisicos e logísticos, que facilitaria uma gestão mais racional e funcional desse grande museu.
Inclusivamente, facilitaria a aquisição de peças novas e melhores, pela possibilidade que haveria de trocar ou vender outras de inferior qualidade, como aliás é hábito nos grandes museus mundiais.
Tenho assim para mim, que a conclusão do Palácio Nacional da Ajuda, no seu projecto inicial, seria a forma de corporizar esta ideia, dado possuir área suficiente para tal e conjugando a parte museulógica com a função palaciana, o que se traduziria numa mais valia.
É a minha opinião pessoal, claro está...
De facto Sr arq.M.Silva esta não é a sua área de conhecimento,nem nenhuma outra que fuja á sua dama,que é claramente o Palácio da Ajuda,continuando a "desviar" o diálogo da área de maior especulação arquitectónica actual,que é a Frente Ribeirinha.Pela qual todos os arquitectos deveriam lutar...(!) E isso não é bom para o já pouco prestígio que resta aos arquitectos.Por estas e outras que eles já nem são chamados.
ResponderEliminarChama-se aqui um "escritório de advogados",Júdice e Cª e não arquitectos,porquanto,após a errática terciarização total da Baixa(culpa grande dos ditos),agora trata-se de terciarizar os MONUMENTOS,os Torreões do Terreiro do Paço,entre outros.Trata-se de,depois de vender os anéis, de vender os dêdos!E para isso chama-se um agiota hoteleiro,para vender os Torreões para hotéis...(disto não fala,nem a Ordem os Arquitectos...).
É o grande SAQUE que está a começar na Ribeirinha Lisboa!!!
Ainda que trémula,tenho a vaga esperança de que o PR chumbe a entrega da Ribeirinha á CML...
16-5-08 LObo Villa
Ainda ao Sr arq. M da Silva:
ResponderEliminarDepois e áparte da Ribeirinha :as "concentrações" opulentas de palácios absolutistas(á Louis XIV,depois á Ajuda)) ou de hospitais (á Sta Maria,á Hitler,melhor,á Speer),toda esta mastodôncia nazi-estado-novista,está fora da multifacetada especulação neo-liberal em vigor.
O que "eles querem" é mais um museu aqui,uma ponte acoli, sempre a dispersar e a betonar,e nunca a concentrar,e,sobretudo nunca a poupar,porque para "eles",no poleiro,"no gastar é que está o ganho",nas luvas,nas comissões,nos favores,nas auto-estradas-lembre-se ao menos da exemplar SOMAGUE...
16-5-08 Lobo Villa
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderEliminarSr. Lobo Villa, não leu o Diário da República pois não?
ResponderEliminarA sociedade de Advogados do Sr Miguel Judice não se chama "E c.ª" e não está ligada à Sociedade que gere a esta reabilitação.
E recordo-lhe que mais um pouco as suas palavras roçam a difamação, o que é crime.
Aproveito para lembar que este Blog tem regras de conduta.
ainda assim tenho alguma dificuldade em descortinar o que pretende dizer no meio de tão desenfreado arrazoado...
sr Lobo Villa, daquilo que escreveu no 2ºParágrafo do seu último comentário (porque o que escreveu para trás é quase incompreensível de tão incoerente que é), depreendo que não está assim tão longe daquilo que eu defendo. Também eu entendo que a concentração de meios é a melhor opção e por isso...Lá vem o Palácio Nacional da Ajuda.
ResponderEliminarTorno a lembrar-lhe, que o novo museu dos coches e o remate da fachada poente do Palácio, estão inseridos no projecto global da frente ribeirinha, pelo que esta ideia vem muito a propósito, aqui; agora os motivos pelos quais, sempre que se fala no assunto, o sr.fica tão incoerentemente apoquentado, isso já não sei...
Os Srs.arq.M.Silva e o Sr. Daniel queixam-se de não entenderem o que eu escrevo,mas não se explicam.
ResponderEliminarEu penso que entendem muito bem,simplesmente não gostam da "forma", ou não concordam,mas podiam dizê-lo !Quanto ao "conteúdo" do que digo,nem uma palavra.Falo da Ribeirinha.
O Sr arq. entendeu tão bem que primeiro troca o que eu disse,depois concorda comigo e por fim diz que sou incoerente...claro está,voltando á mastodôncia da Ajuda.
Sobre o "saque" da Ribeirinha nem uma palavra.Que em poucos meses já tem 7 "iniciativas".
Debate sim,ataques nâo.
17-5-08 Lobo Villa
Debates sim ataques não? Sr Lobo Villa, pois é precisamente isso que eu acho; dar ideias e por isso,... lancei a ideia do Palácio Nacional da Ajuda, como o grande museu nacional, e potencializador de energias que possibilitassem a sua internacionalização.
ResponderEliminarQuanto ao sr., que passa a vida em ataques incoerentes que por vezes roçam o ataque pessoal e a calúnia, deveria contribuir com algumas ideias também, nem que as mesmas sejam diferentes ou contrárias, porque é disso que precisamos por aqui, para enriquecer o debate.
"(...)N�o h� dia que passe que n�o veja o eng.� S�crates a inaugurar ou a lan�ar a primeira pedra de qualquer coisa. E encolho-me de terror perante esta saraivada de pedras, que ora ajuda a roubar mais frente de rio a Lisboa, ora entrega mais uma praia a um empreendimento tur�stico absolutamente necess�rio para o "desenvolvimento", ora lan�a mais uma obra p�blica in�til e fara�nica destinada a aliviar-me ainda mais do meu dinheiro para o dar a quem n�o precisa. Vivo no terror dos sonhos, dos projectos, das iniciativas de governantes, autarcas e s�bios de v�rias especialidades. Apetece dizer: "Parem l� um pouco, ao menos para pensar no que andam a fazer!"
ResponderEliminarAl�m de mais, j� n�o percebo muito bem o que justifica tanto frenesim. J� temos tudo o que s�o vias de transporte concessionado para as pr�ximas gera�es: auto-estradas, pontes, portos, aeroportos (s� falta o comboio, mas os privados n�o s�o parvos, vejam l� se eles querem ficar com o neg�cio prometidamente ruinoso do TGV!). J� temos tudo o que � essencial privatizado (s� falta a �gua e palpita-me que n�o tarda a� mais esse 'imperativo nacional'). � verdade que ainda faltam alguns Parques Naturais, Redes Natura e REN por urbanizar, mas � por falta de clientes, n�o por falta de vontade de quem governa. J� faltou mais para chegarmos ao ponto em que os governos j� n�o ter�o mais nada para distribuir. Talvez ent�o se queiram ocupar dos hospitais, das escolas, dos tribunais. Valha-nos essa esperan�a."
M Sousa Tavares no Expresso
Faço minhas as palavras de Miguel Sousa Tavares aqui transcritas por este ilustre anónimo!!
ResponderEliminarTalvez os zelosos Daniel e arq.Silva venham ameaçá-lo também de "difamação" e de "calúnia"...
Perdi a paciência para os vossos salazarentos "respeitinhos".
Passar bem.
20-5-08 Lobo Villa
Completamente de acordo com o Miguel Sousa Tavares, que eu aliás transcrevi para o meu blog, por entender que refere o essêncial sobre o panorama português, com o habitual descernimento e coerência que lhe são habituais; obrigado anónimo 10:55 por apresentar este texto que, pelos vistos, tem várias interpretações.
ResponderEliminarÉ pena haver quem, por ausência de opiniões, fácilmente se colam áquilo que lhes soa a intelectualidade, querendo assim pularem para um patamar que, doutra forma, lhes seria inantigível.
Escrever como o MST não é para quem quer é para quem pode. Mesmo que não se concorde.
ResponderEliminarE eu não concordo com ele a maior parte das vezes mas faço-lhe vénia ao excelente português: gramática correcta, ideias claras e texto coerente.
No caso concreto, até nem concordo com tudo.