04/06/2008

Parque das Nações recebe campus da justiça a partir do Verão

In Público (4/6/2008)

~«Cerca de 2400 magistrados e funcionários da justiça dispersos por 21 tribunais e serviços começam no Verão a ocupar o novo campus da justiça de Lisboa, que custará mensalmente cerca de um milhão de euros em rendas.
O novo campus da justiça, ontem apresentado pelo ministro da Justiça, Alberto Costa, vai funcionar no Office Park, no Parque das Nações, e ocupará 36.200 m2, distribuídos por 11 edifícios, onde funcionarão tribunais, juízos, serviços do Ministério Público, conservatórias, direcções-gerais e institutos públicos. Para o ministro Alberto Costa, este campus da justiça "não é uma megalomania", mas sim "algo ajustado à nova realidade judiciária": "Tínhamos muitos problemas em Lisboa e com este projecto vamos ter uma solução europeia, moderna e com qualidade que nos permitirá fazer economias em vários planos."
O Estado quer poupar dinheiro com esta transferência, nomeadamente através de cerca de 90 mil euros mensais na factura energética. "Embora haja custos derivados da modernidade e da envergadura desta solução, haverá benefícios que serão largamente compensados pela qualidade dos serviços e novas condições de trabalho para os funcionários", realçou o governante. Serão instalados no campus da justiça, entre outros, o Tribunal Central de Instrução Criminal, Departamento de Investigação e Acção Penal, Varas Criminais, Juízos de Pequena Instância Criminal, Tribunal de Família e Menores, Tribunal Central Administrativo do Sul, Instituto dos Registos e do Notariado, Registo Predial e Registo Automóvel.
O novo campus vai ter 4000 lugares de estacionamento, disse fonte do Ministério da Justiça. Os lugares de estacionamento serão subterrâneos. O presidente da Junta de Freguesia de Santa Maria dos Olivais, Rosa do Egipto, e o presidente da Associação de Moradores e Comerciantes do Parque das Nações, José Moreno, consideraram positiva a instalação do equipamento no Parque das Nações, mas manifestaram alguma preocupação com um eventual agravamento das condições de mobilidade e estacionamento. Lusa»

Parece que a 'solução final' para os portugueses será um imenso campus, onde, durante 24h sobre 24h se possa concentrar tudo, tal qual uma loja de conveniência. Com jeito até dará para dormir. Enfim, 'planeamentos estratégicos'.

19 comentários:

  1. Para o mero utilizador da justiça, à partida, parece-me uma boa solução.

    Evitar calcorrear a cidade, encontrando, no mesmo sítio, vários serviços.

    ResponderEliminar
  2. Isto só dá vontade de rir.
    Falam tanto em eficiência energética, à noite vai ser um deserto bem policiado.
    O parque das nações é um verdadeiro case study do que não se deve fazer numa cidade. A acumulação de erros consecutivos, só vem reforçar a ideia.
    Que tristeza, ainda bem que o senhor vereador gosta de Lisboa imaginem se não gostasse.

    ResponderEliminar
  3. Ah ah tecnologias de informação e comunicação, desmaterealização, tele trabalho....
    Tretas!! Um hipermercado de justiça devidamente munido de estacionamentos à farta, depois falta fazer uma auto-estrada até à porta, o centro comercial da praxe para ficar tudo harmonizado....
    É o país que merecemos, tenho pena de quem comprou cada na expo a julgar que aquilo ia ser um modelo para toda a cidade.
    Comércio de rua não existe, carros é por todo o lado, chungaria à farta ao fim de semana....

    ResponderEliminar
  4. 2400 pessoas a dividir por 21 tribunais dá 114,28 por cada tribunal. Mas alguem acredita que existem 114 pessoas por tribunal?
    E quando houver julgamentos 4 a 8 por dia se contar com arguidos, testemunhas, e advogados para um ratio de 5 a 6 pessoas, tudo a querer estacionar.
    Vá deixem de nos enganar, serviram-se da ineficiencia da justica para alguns factorarem e pagarem as dividas da parque expo e os seus ordenados, agecia de emprego de exgovernantes...treta

    ResponderEliminar
  5. Realmente ainda não percebi porque se critica a instalação do campus da justiça no PDN....

    ResponderEliminar
  6. Parque das Nações um erro? Realmente há portugueses que merecem o país que têm.

    Se calhar era melhor instalar um campus de justiça no meio do Terreiro do Paço numa tenda e voltar a meter lixo, armas, bombas e napalme no Parque das Nações...

    ResponderEliminar
  7. Cara Beatriz Ferreira,
    Pode-me dizer:
    1. Que pretende o Estado fazer aos edifícios que são sua propriedade onde os serviços do MJ funcionam neste momento?
    2. Será melhor para Lisboa enquanto cidade centralizar os serviços ou dispersá-los?
    3. Em que medida se mede o sucesso do Parque das Nações?

    ResponderEliminar
  8. Ó Beatriz o país é que não merece os portugueses que tem.

    Como já percebeu só alguns portugueses que se servem do país é que lucram com este tipo de coisas, os outros pagam a factura.
    E garanto-lhe que já estão a ficar fartos. Lembro que por menos do que isto fez-se uma revolução, mas desta vez nao será corporativista como a anterior mas sim social.

    ResponderEliminar
  9. normalmente até concordo com este site, mas neste caso passaram-se e sem razão...já começam a disparam para todos lados....

    neste caso não ha mesmo argumentos de peso...desculpem la

    concentram-se serviços, popam-se arrendamentos, economias de escala, poupam-se deslocações etc...

    aumenta transito...ok..

    mas dinamiza o comercio da zona

    perdem outras zonas tudo bem...nao podem ganhar todos...

    aquela zona fica mais congestionada,..ok..mas foi feito estacionamento...enquanto a maioria dos tribunais nao tinha nenhum....zero...

    os outros edificios no centro da cidade nao serviam os tribunais nem os utilizadores...eram uma vergonha...só quem la trabalhava e os utilizava é que sabia o inferno que era.....vendam-nos para habitação, serviços ou hoteis...

    ResponderEliminar
  10. Não vejo nenhum comércio dinamizado no Parque das Nações para além do centro comercial do Tio Belmiro....
    Estacionamento??? mais carros no Parque das Nações?? Passa a se chamar então Parque de Estacionamento das Nações....
    O recinto da exposição destinado a fruição pedonal e lazer diminui a cada dia que passa com a voracidade de comercialização de tudo o que é espaço.
    Serviços de segurança, limpeza e mesmo casas de banho públicas são cada vez menos.
    O Parque é o exemplo de como se estragou uma ideia que no papel até era boa. Zonas verdes também são cada vez menos e mal e porcamente mantidas. Os restaurantes na zona a norte estão a cair de podres 10 anos depois e não estão harmonizados em termos de publicidade e mobiliário exterior... Parecem os restaurantes da costa da caparica no verão, cada um a pôr a música da barraca mais alto que o do lado...
    Exemplo o PN só se fôr de imbecilidade no planeamento urbano....

    ResponderEliminar
  11. lol...

    pois...o PDN é mesmo um inferno...do pior..é um bairro horrível...

    bom é viver na linha de sintra, na margem sul, em odivelas, ou em sacavém....

    com todos os defeitos (que até tem alguns) o PDN é um modelo para o resto...

    falem das coisas que estão mal mas nao exagerem...

    não é preciso ir do 8 ao 80...

    ResponderEliminar
  12. É questionável o investimento em arrendamentos, uma vez que se trata de uma despesa que se multiplica por vários anos. Por outro lado, caso se construísse de raiz seria necessário pedir empréstimos e iria dar no mesmo. Por outro lado, a cessasção dos vários arrendamentos pela cidade e a alienação de património, em termos contabiliísticos, é possívelmente, vantajosa.

    Por outro lado, a maioria dos tribunais estava instalada em prédios sem quaisque condições, pouco dignificantes, seja paa juízes, advojados, funcionários, cidadãos e de segurança. Era uma vergonha. Nesse aspecto, ganham todos.

    O facto de estarem todos no mesmo sítio e perto de serviços do Ministério da Justiça poupam tempo e dinheiro ao Estado e aos Cidadãos em deslocações. Isso é inegável e incontestável.

    Isto na perspectiva de movimentações entre serviços e no que toca a deslocações da cidade para o campus de transportes públicos (metro).

    Mas, o facto de estar num zona já congestionada, no que toca a transito automóvel terá de ser minimizado, obvimamente, porque complicará a movimentação de transportes públicos como autocarros.

    No que toca ao que aqui se fala de prejuizos para o Parque das Nações, parece-me que trará dinamização em termos comeciais, o que é incontestável. São milhares de novos postos de trabalho e visitantes.

    Para os habitantes, tudo depende de quem procura o movimento da cidade ou a calma da periferia...

    Quanto aos espaços verdes...nunca esteve previsto paa esta zona um espaço verdes...Também na verdade nunca este previsto um equipamento tão pesado como este.

    Na verdade, e com a chegada da estação TGV é tempo de pensar que o Parque das Nações não aguenta mais pressão do que a actual.

    É tempo de ocupar os actuais espaços com espaços verdes.

    O mundo não acaba nos limites do Parque.

    Ainda assim, as criticas aqui feitas são exageradas

    ResponderEliminar
  13. "E quando houver julgamentos 4 a 8 por dia se contar com arguidos, testemunhas, e advogados para um ratio de 5 a 6 pessoas, tudo a querer estacionar."

    Os edifícios têm 4.000 lugares de estacionamento

    ResponderEliminar
  14. nos outros tribunais não havia parques de estacionamentos..só uns míseros parquímetros...e agora é que reclamam....

    ResponderEliminar
  15. A decisão é errada não vale a pena discutir ou insistir, provoca desertificação urbana, e movimentos anormais numa malha urbana já de si congestionada e a longo prazo não serve os utentes.
    Os arruamentos do PDN não têm alternativas vão ficar completamente engarrafados quero ver como vão resolver.

    É mais preverso, lançar uma ideia num café, posteriormente fazer embarcar o país numa mega despesa, e depois alienar e subjugar uma cidade inteira a uma ilha que mais parece uma feira de vaidades.

    ResponderEliminar
  16. preferia ver tanta energia a discutir como resolver verdadeiros problemas como a linha de sintra.

    essas pessoas é precisam de ajuda e não quem mora no Parque das Nações.

    ResponderEliminar
  17. O Min. da Justiça anunciou esta medida como uma "poupança" nas rendas mensais das instalações, mas nunca explicou como,nem o que gasta e ainda menos o que continua a gastar,para além desta sumptuosa instalação,na inconcebível e engarrafada "urbanização" do desgraçado Parque das Nações.
    Afinal a Justiça,em Portugal,dependerá das instalações?...


    6-6-08 Lobo Villa

    ResponderEliminar
  18. Não depende das instalações, obviamente, mas é um primeiro passo...

    ResponderEliminar
  19. Alguma coisa a opor Sr Paulo? sabe que com esta concentração da Justiça vão ser criadas alternativas por ex de estacionamento, um novo complexo destinado a servir a população adjacente que tem grandes superficies comerciais etc??
    Lembra-se da zona expo há 15 anos atrás????? Provavelmente estava a escrever mal dessa zona... aluma sugestão construtiva que queira referir?

    ResponderEliminar