10/08/2008

Lisboa Nostra...só há uma!



É de especial contentamento, notar, que a incompetência que a gestão de Lisboa tem demonstrado nas últimas décadas, não é mal generalizado. Em outras cidades do nosso país, fazem-se boas coisas...como “lá fora”. A Cidade do Porto, parece estar a ser governada por gente bem mais competente...e séria. E, isso é bom, muito bom mesmo!

Porque se a 300 km se consegue realizar uma boa politica de reabilitação das zonas históricas, não existe razão para o mesmo não acontecer em Lisboa. Acho mesmo que, os bons exemplos de DENTRO do país, serão sempre os melhores e, um atestado de incompetência para os “governantes” de Lisboa.

Resta-nos reivindicar uma só coisa: queremos uma gestão das zonas históricas de Lisboa, como as que se praticam em muitíssimas outras cidades da Europa. Quem não souber, ou não quiser aderir à mesma.....que se ponha imediatamente na rua.

15 comentários:

  1. Quem melhor sabe gerir o seu património senão o proprietário? Querem uma boa gestão? Privatizem e liberalizem.

    Senão estaremos a lamentar e à espera do tal bom gestor público, o D. Sebastião que há séculos n aparece. E o terreiro do paço a cair de podre.

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  2. Apoiado! Vamos deitar abaixo o castelo de s. jorge e fazer um arranha-céus.

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  3. O castelo de S Jorge já foi abaixo. Hoje resta uma imitação de muralha do tempo do estado novo. Sem valor imobiliário ou histórico. Por mim ia abaixo sim.

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  4. Caro Filipe,

    a maioria dos edifícios e monumentos que vê por toda a Europa sofreram obras em vários períodos da sua história e houve necessidade, em recuperações e restauros mais recentes - séc. XX - de lhes devolver uma traça mais parecida com a original. Não é por isso que deixam de ter menos valor.
    O palácio de Versailles é um bom exemplo disto: os lustres e os bonzes da famosa sala dos espelhos que chegaram até nós são de períodos mais modernos e durante a última intervenção de restauro pôs-se a descoberto partes de pinturas originais. Pensa que teria sido melhor caiar tudo de branco?

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  5. OK, então se eu me deslocar a Ambiose e esboçar algo ao jeito dos últimos quadros do Da Vinci, apesar de ser uma imitação grotesca daquilo que ele poderia ter pintado, passo a ter um património inestimável nas mãos?

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  6. ...mas recuperação não é imitição grotesca, amigo Filipe...

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  7. Recuperação não é imitação grotesca e certamente esse não é o caso do Castelo de São Jorge.
    Veja-se o que algumas construções novas fazem como uma numa avenida de Lisboa que colocou uma cópia (de gesso!?)da estátua clássica Vitória - hoje no Louvre - a encimar as entrada! Quer algo mais grotesco?!
    Veja-se, por outro lado, um bom exemplo de arquitectura moderna inspirada em períodos estilísticos anteriores que é o Museu Romano de Mérida. Veja-se, já que passámos a fronteira, a forma como os nossos vizinhos recuperam as suas cidades históricas, como as mantêm! Veja-se o urbanismo de Madrid! Tirem-se ilações; não podemos dizer que os espanhóis não têm sensibilidade económica de rentabilizar o seu património imobiliário! antes pelo contrário, esta foi uma obsessão constante nas últimas décadas e por tal eles foram particularmente afectados com a crise do subprime: porque têm um mercado imobiliário dinâmico.
    Recuperar e proteger não são incompatíveis, são praticados amiúde noutros países da Europa com economias mais dinâmicas do que as de Portugal.

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  8. Caro Filipe,

    tenho de dizer-lhe que estranho deveras o seu comentário sobre arrasar-se a colina do castelo uma vez que o monumento que lá está não seria mais do que uma reprodução. A minha estranheza vem sobretudo do facto de, analisando o que tem sido a sua posição ao longo das suas intervenções neste espaço, às quais tem todo o direito, constata-se que se tem sempre pautado por chamar a atenção para o aspecto da rentabilização do património edificado e quão incomportável é manter um prédio ou imóvel antigo em Lisboa com as rendas pagas tão baixas ou sem o destruir, aumentar para assim ter mais rendas. Não desconhece, com certeza, que o Castelo de São Jorge além de ser um dos ex-libris da cidade, é uma das imagens mais usadas para promover Lisboa e assim uma das maiores fontes de receitas turísticas.
    Presumo que o seu comentário tenha então sido meramente polémico e apaixonado, sem grande intenção de contribuir para a discussão de ideias. Ou não?

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  9. De forma alguma. Aquela porcaria devia ir abaixo. Para falso, construam algo de jeito.

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  10. Mas ainda lhe respondem?...

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  11. pois eu cá acho que o filipe devia ser empalado no obelisco da avenida da liberdade, logo ali nos restauradores.

    foi algo que ficámos de fazer aos filipes, e se não fizemos há séculos atrás, faça-se agora.

    mas mesmo assim subscrevo o que o filipe disse do castelo de são jorge: demolir, sim senhor, e fazer um igual ao da cinderela... ah. lisboa, a nova eurodisney... ó filipe, aquilo é que era rentabilizar, hein?

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  12. (...) já agora, ponham também a EPUL (sim, essa mesma, a tal que trata das águas de Lisboa ; ) a gerir o grande empreendimento dessa reconstituição 'kitsch', na senda milagrosa desses iluminados da concentração, como forma de redução das despesas no pessoal e alfinetes!? esquecendo que ela própria é a prova provada de desgovernação, não dando há muito conta do recado - que já é grande demais, para tragédia dos (jovens) compradores/cidadãos e, dos muitos fornecedores - a propósito, para quando a conclusão de Entrecampos? moral da história: olhar c/ mais humildade p/ as boas experiências (porque a proximidade, a responsibilização das equipas combina bem c/ pequenas organizações, ie, 'small is beautiful') e evitem-se as fórmulas demagógicas, irresponsáveis, invariavelmente simplistas, dos muitos políticos de pacotilha!

    AB

    PS: esta comparação entre Porto e Lisboa, ou Lisboa Porto, continua válida, faz todo o sentido...

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  13. Duvidam que a Disneylândia é mais rentável que o castelo de S. Jorge? Era uma boa ideia. Podiam construir um palácio mourisco ao estilo do Aladino, como recriação romântica daquilo que Lisboa teria sido nos séculos IX-X. Com atracções, montanha russa para a criançada e muitas pipocas.

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  14. isso mesmo, filipe, isso mesmo!
    bravo! ah, a visão deste jovem, não tem igual...

    até digo mais: recriação romântica? qual quê! vamos mas é todos viajar de tapete voador,ó filipe! que tal? esta também gosta não?

    e se é para rentabilizar, então TEM que se privatizar, claro! cobrar bilhetes que realmente valha a pena pagar, tipo na ordem das dezenas, que tal?

    e não é so para entrar no castelo, é para entrar em alfama! oh, qual quê! para entrar em Lisboa! sim, e os lisboetas podiam andar todos mascarados de antigos - os morenos de mouros, os louros de cruzados, os ciganos de ciganos (ó filipe, era da maneira que ganhavam dinheiro como deve ser, a trabalhar, a ler a sina, não é?), os negros de escravos, os judeus de judeus (fazia-se aquilo no rato à vontade, e quem estiver contra vai a grelhar no terreiro do paço! ena, que belas fotografias os turistas levavam para casa - e depois diziam aos amigos para vir a Lisboa!)... e por aí fora!

    era da maneira que esta raça de lisboetas fazia alguma coisa de jeito... e até nem era difícil, bastava-lhes passear e fazer de lisboetas... bravo, filipe!

    ó filipe, só as pipocas é que eu discordo... ok, algumas pipocas, mas também ameijoas do tejo, sardinhas e taínhas, febras, etc. e tal. tudo cultivado, caçado e pescado nos terrenos da câmara e nas águas do porto de lisboa, claro está, para rentabilizar o património público.

    é verdade, já que penso nisso...
    EH PÁ! E PORQUE É QUE A GENTE NÃO VENDE LISBOA TODA ÀS POSTAS? AÍ SIM, É QUE ESTÁVAMOS SALVOS! SIM, PORQUE VINHA A MÃO INVISÍVEL DO MERCADO... E PRONTO, não é filipe? é assim, não é?

    só uma coisinha... é que lisboa já está a ser vendida às postas, e a mão invisível, nada...

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  15. Exactamente. Quanto mais se deixa ao mercado (= ao livre arbítrio de cada um) a gestão do nosso dinheiro, mais teremos liberdade para melhor aplicar o tempo livre aproveitar a cidade. Neste momento, o espaço não está a ter o melhor uso. A regulamentação da câmara restringe a liberdade. Há que abrir os horizontes e deixar cair os complexos dos velhos do restelo. O mundo está diante de nós para usufruir. Laissez faire, laissez passer.

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